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Profissionais amadores # ouro # gold

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  Quem é velho leitor do Mosca sabe que não recomendo o investimento em fundos de maneira geral. A verdade é que eu deveria fazer uma divisão quando falo do mercado brasileiro. Pois bem, eu o classificaria em três grandes grupos: fundos de renda fixa, fundos de ações e multimercados. Aos fundos de renda fixa tenho menos aversão, diria que sou neutro; o que se deve observar é o retorno, o gestor e as condições de resgate. Meu problema maior é com os outros dois. Vamos começar pelos multimercados. Quando estava participando de alguns cursos de mestrado na FEA, eu e outra aluna, Marina Braga, elaboramos um trabalho acadêmico abrangendo a indústria de fundos multimercados no período de 2005 a 2015. A ideia desse trabalho era identificar se uma carteira composta dos sete melhores fundos apresentava desempenho consistente. O número de sete fundos é uma recomendação de outro trabalho acadêmico indicando ser essa a quantidade “ótima” para esse fim. A regra era a seguinte: em períodos de 3,6,

O resgate #Ibovespa

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  Alguns dados da economia americana apontam para uma forte desaceleração. Eu costumo dizer que taxa de juro não leva desaforo— pode demorar, mas seus efeitos serão sentidos. Um dos setores mais afetados é o da residência, pois sendo dependente de financiamento em prazos longos o valor da prestação se eleva significativamente. A tabela a seguir calcula a elevação da prestação em função da alta de juros (considerando um imóvel de $ 100.000). O nível mais baixo foi de aproximadamente 3% e agora beira os 7% a.a. Como podem notar, a alta na prestação é da ordem de 60%, e isso limita os potenciais compradores. As pesquisas das vendas de imóveis já estão sentindo o golpe. Da espetacular alta que ocorreu logo depois da Covid, onde a injeção de recursos por conta da Covid a taxa de juros muito baixas, despencou e voltou aos níveis mínimos históricos. Observado de hoje, tudo indica que uma recessão parece ficar cada dia mais provável. O maior problema hoje em dia é que esse é o cenário unís

Quem quer ser milionário (no mínimo!) #SP500

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  O apresentador Luciano Huck substituiu Fausto Silva no programa da Globo cujo nome já diz tudo: Domingão. O programa era chato antes e ficou mais chato ainda, a qualidade de Luciano não combina com esse tipo de programa — seguramente Marcos Mion seria uma opção melhor. Um dos quadros atuais, Quem quer ser um milionário? foi baseado num filme indiano, embora versões semelhantes ao programa brasileiro tenham ido ao ar em diversos países. Eu poderia lançar uma série exclusiva e talvez oferecer um prêmio bem superior ao milhão, seja qual for a moeda. A pergunta seria: Quando o mercado acionário vai atingir a mínima? Tenho observado que inúmeras matérias versam sobre essa questão. Vou buscar colocar hoje algumas versões sobre esse tema e como encaro esse assunto. Farah Elbahawy publicou na Bloomberg um artigo baseado nos resultados divulgados pelo Bank of America. O sentimento sobre as ações e o crescimento global entre os gestores de fundos pesquisados pelo Bank of America Corp.

O medo predomina #usdbrl

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  Como já comentado anteriormente, hoje o post foi elaborado com a contribuição de Alberto Dwek. Não adiantam argumentos quando a emoção está envolvida; é ela que dita nossas ações em momentos de euforia ou medo. Podem notar que, na maioria das vezes em que tomamos alguma decisão nessas condições, quando estas cessam percebemos que nossa decisão provavelmente seria diferente. Muito pior: quando uma perda financeira está envolvida, esta tem impacto duas vezes superior ao ganho. Um bom exemplo de situação extrema está numa história do escritor Stephen King, de quem sou fã desde seu primeiro livro. Um dos melhores filmes baseados em suas obras é sem dúvida “Um Sonho de Liberdade”, em que um banqueiro é injustamente condenado à prisão perpétua. No conto de King, lá pelas tantas, o pobre ex-banqueiro explica a seu melhor amigo o motivo de uma de suas decisões mais cruciais (não vou dar spoiler, assistam ao filme). “Só tem na verdade dois tipos de pessoa quando o problema fica sério. Dig

Extra para o fim de semana #nasdaq100

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  Hoje em dia qualquer motivo é razão para apostar na queda da bolsa nos mercados internacionais. O emprego não caiu? Vende bolsa. Os estoques estão altos? Vende bolsa. O petróleo subiu? Vende bolsa. A inflação foi alta? Vende bolsa. Ontem não podia ser diferente: com a publicação da inflação do mês de setembro mostrando sinais de que não vai ser fácil cair, o SP500 reagiu imediatamente com queda, mas deu uma reviravolta e acabou subindo no final— durante o dia, a oscilação entre a mínima e a máxima foi superior a 5%. Antes de dar meus motivos — li muito poucas razões no noticiário, já que o evento foge à lógica —, vou contar uma passagem da minha vida profissional. Quando eu estava na Planibanc, meu colega responsável pela área da bolsa de valores, Emir Capez, era o que se chamava de macaco velho. Tendo vivido os anos 70, quando a bolsa subiu de forma pujante, foi um dos únicos que ficou com posição vendida – nem existia na época mecanismos para tanto, mas conseguiu alugar ações.