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A ascensão e queda do banco MHB #nasdaq100

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  - David o dia nem começou e você já vem com notícia ruim? Quem quebrou não conheço esse banco! Calma você está muito estressado. Minha ideia hoje é buscar explicar de forma simples como funciona o risco num banco, com esse objetivo criei uma “historinha”. Eu moro em Higienópolis praticamente toda minha vida e conheço bem o bairro, a maioria é composta de pessoas mais velhas que por princípio são mais conservadores. Racional : O Mosca já existe há quase 12 anos, está prestes a completar 700 mil visitas e com um track record dos últimos 6 anos invejáveis de retorno > 30% a.a., comandado por um experiente profissional do mercado financeiro, será que poderia abrir um banco? Com a queda dos juros da SELIC iniciada em 2014 chegando a um ponto mínimo de 2% a.a. na pandemia. Com esse cenário o Mosca poderia abrir um banco captar os recursos dos velhinhos do bairro e aplicar de maneira segura aplicando esses recursos captados em títulos do governo com taxa fixa - LTN. Foi então que

Quebra de bancos é bom para a inflação? #ouro #gold

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  Depois de ler e refletir sobre a decisão do Fed ontem de subir os juros em 25 pontos e manter um tom mais neutro quanto a novas altas, diferentemente do que Powell enfatizou em sua aparição no Congresso, e considerando que essa mudança foi originada pela quebra de dois bancos nos EUA e sua reverberação ao redor do mundo batendo na Suíça semana passada, fiquei com a impressão de que queda de banco é bom para controle da inflação — pois, o que mudou desde então para que alterasse as altas de juros como previsto? Se fosse uma quebra clássica, onde boa parte dos depositantes perde seu capital, posso até imaginar uma retração importante no consumo, mas do jeito que as autoridades americanas e também suíças estão tratando desses casos, colocando o governo como avalista, não tem por que haver mudança por parte do público. Naturalmente essas quebras irão gerar uma demissão de funcionários desses estabelecimentos mas, com o mercado de trabalho tão apertado, não devem ter muito esforço par

Minha-mãe-mandou-escolher-essa-daqui #Ibovespa

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  Quando vocês estiverem lendo este post, já saberemos o que o Fed decidiu. Fiquei pensando se esses comentários sobre a decisão não ficariam obsoletos, mas acredito que não, pois irão notar que cada decisão tem sua argumentação e sua eliminação pode ter impacto no futuro. Segundo Robert Amstrong do Financial Times o Fed tem (tinha) as seguintes alternativas:  Um aumento de taxa de 50bp. Duas semanas atrás, este era o favorito disparado. A maioria agora acha que isso é muito agressivo.  Um aumento de 25bp. Essa é a visão de consenso atual e representaria uma divisão entre estabilizar o sistema financeiro e deter a inflação.  Pausa. As taxas já são restritivas e há outra reunião do Fed em cinco semanas. Uma abordagem de esperar para ver impediria o banco central de aumentar as tensões bancárias existentes.  Um corte de 25bp. O argumento para isso, feito por Aichi Amemiya do Nomura, depende de a estabilidade financeira ser a preocupação dominante da política monetária. Como

Bancos: on sale! #SP500

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  Eu não costumo investir valores importantes em empresas especificas, meu princípio é de preservar liquidez e não procurar uma barbada. Está a razão que não tenho no meu portfolio fundo e sim ETFs de ações. Mas isso não significa que fico alheio ao que acontece nas empresas. Um fato que observo sistematicamente e nunca parei para pensar é como os analistas sempre classificam as ações de banco como baratas, essa situação faz com que você se questione se não valeria comprar, afinal, todos eles concordam. Do ponto de vista técnico raramente notei oportunidades de mais longo prazo, na grande maioria eventualmente indicam pequenos movimentos de alta. Será que existe algo errado estruturalmente? Robert Armstrong abriu meus olhos com matéria publicada no Financial Times. As últimas semanas serviram para lembrar a todos que não é fácil ser acionista de um banco. Sim, os acionistas do Credit Suisse conseguiram alguma coisa, o que é melhor do que nada que seus detentores de títulos AT1 rece

CoCo bond: valor literal! #usdbrl

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Não existe risco zero embora os i nvestidores querem acreditar nessa ilusão. Eu mesmo quando estava no BFB dizia “se você quer risco zero compre o CDB do UBS”. Mordi minha língua. Em 2009 esse mesmo banco que está comprando o Credit Suiise passou por grandes apuros e por pouco não quebrou. A parir de então mudei para “nem no UBS é risco zero!” Lógico que com minha experiencia eu sei que tudo tem risco, mas as vezes algo que parece tão seguro pode sucumbir, afinal dentro de um banco não temos a menor ideia o que a alta administração pode fazer. Neste final de semana me encontrei socialmente com um alto executivo do Bradesco e na brincadeira perguntei: - Pensei que vocês estavam preparando o Cheque para a compra do CS. - É muito dinheiro. Na verdade o problema não são os U$ 3,0 bi mas sim o que deve ter dentro do balanço. Nunca vi uma transação de tamanho vulto em bancos ser fechada em 2 dias. Imagino as cláusulas que existem para salvaguardar as possíveis surpresas dos livro

Sequelas financeiras #nasdaq100

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  Sequelas na saúde ocorrem quando um tratamento de choque é adotado na busca de cura de uma doença. Mesmo não sendo médico é fácil de imaginar que os remédios usados no intuito de manter vivo o corpo causa problemas em outros órgãos. Na economia não é diferente, o que em economia se denomina de depressão secundaria. Para entender esse conceito, que é bastante simples, a história econômica do século XIX pode ser útil nessa compreensão. Em meados do século XIX, houve um boom de desenvolvimento nas economias industrializadas com a construção de uma nova infraestrutura. O EUA, por exemplo, construiu uma vasta rede ferroviária que cobre o país. Em apenas oito anos, entre 1865 e 1873, os EUA adicionaram 50.000 km de ferrovias, dobrando o tamanho da rede. Isso exigia enormes quantias de aço, com ainda mais aço necessário para construir as siderúrgicas necessárias para fazer o aço, e assim por diante. O boom foi fenomenal. Em 1873, entretanto, todas as ferrovias viáveis haviam sido constr

Banco: Um negócio (muito) arriscado II # eurusd

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  No início do Mosca , quando os posts eram bem mais simples em termos de estrutura — mas não em conteúdo —, publiquei o post --- Banco: um negócio ----, isso foi em agosto de 2011. Nele expliquei de forma simples como um banco pode quebrar, e a palavra-chave é “alavancagem”. Como qualquer negócio que usa esse mecanismo, não pode acntecer uma corrida sobre seu passivo, ou seja, o dinheiro captado dos clientes ou do mercado. Não tenha dúvida de que, se os ativos apresentarem problemas de solvência ou liquidez e isso se propagar pelos clientes, começará uma corrida bancária, e a partir daí esse banco pode começar a ficar inviável. Os motivos vou explanar com a situação do Credit Suisse, mais ao final do post. Com suas ações beirando o default e valendo menos de CHF $2,00 o banco pediu ajuda ao governo suíço, que colocou à disposição uma linha de crédito de CHF $ 54 bilhões, aproximadamente 10% de seus ativos. Por ser um banco cuja área “boa” é a gestão de patrimônio de clientes, ond