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Ad Nauseam # SP500

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  Em 1999 fui contratado pelo Deustche Bank para ser o responsável pela área de fundos. A equipe era composta de 20 profissionais entre administradores de fundo e gerentes de relacionamento. Muitos desses profissionais continuam no mercado de trabalho em cargos e instituições de renome atestando sua capacidade. Acontece que o banco possuía apenas uma agência que de agência não tinha nada, pois era um banco de andar como se costuma chamar, além de não pode oferecer produtos mais arriscados pelo próprio perfil de seus clientes — elaboramos uma propaganda para aumentar a base de clientes, é a chamada era: o banco de mão forte. Não dava para ter fundos como os que existiam na Linear! As taxas de administração, fonte principal de receita desse negócio, já estavam em queda. Certo dia, depois de algum tempo aprimorando esse negócio, sentado na minha sala, fiz uma conta simples e cheguei à conclusão que nunca geraria lucro, mesmo crescendo ficaria enxugando gelo. A concorrência com os banc

CEO é sempre torcedor #usdbrl

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  Falando em torcida, nem a maior do mundo tira o Santos da degola. Venho alertando que não haveria outro caminho que o rebaixamento. Ao assistir ao jogo contra o Internacional lembrei do famigerado jogo do Brasil contra a Alemanha onde já no primeiro tempo torcia para acabar logo. Ontem foi igual, triste ver a que ponto chegou e não entendo como o Presidente não renuncia, será que não enxerga que está tudo dando errado, ou será que existem outros benefícios? Qual o objetivo do   CEO de uma companhia americana, sua remuneração ou a dos acionistas? Normalmente o ego desses executivos não permite assumir erros quando os resultados não foram como esperados. Nessas situações é melhor culpar os “outros” como se isso fizesse os analistas a desconsiderar a falta. John Authers traz um estudo acadêmico que mostra qual o impacto nas previsões dos analistas dependendo do argumento dado. A humildade tem suas vantagens As pessoas gostam quando você assume a responsabilidade e admite seus erro

A cartilha de crise não funciona? # Nasdaq 100

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  Certa vez, quando estava no Banco Tendencia do megainvestidor – da época, Leo Kryss, meu colega sugeriu a compra de prata sem que houvesse razão aparente, embora existisse uma crise se desenvolvendo naquele momento. Seu argumento era que os juros americanos deveriam cair, pois são considerados safe haven – Porto Seguro , e como consequência a prata subiria. Não entendi a relação, mas como era novo nesse mundo de “especulação” resolvi aguardar. Os juros caíram, mas a prata ao invés de subir caiu! A cartilha de investimento em momentos de crise aponta para a reação de 4 mercados da seguinte forma: petróleo subir (se é uma guerra que envolve produtores), juros americanos caírem, yen se valorizar e com menos intensidade alta do ouro em alguns casos. Não tem erro! Será que não? A guerra no Oriente Médio vai completar 2 semanas amanhã sem que se possa ter qualquer ideia de seu desfecho. A única certeza são acúmulo de destruição e mortes. Em relação aos mercados, a cartilha não está fun

Sempre tem um ganhador #eurusd

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  Toda crise gera oportunidades independentemente da razão. Como investidor, e desde que não viole algo que você não aceite, fique aberto para essas ocasiões. No post  http://acertarnamosca.india-o-emergente-que-esta-dando-certo relatei a posição vantajosa desse país e como o Brasil, quero dizer o Lula, optou pela associação errada escolhendo a China como seu parceiro. Agora Robert Armstrong expõe no Financial Times seus motivos para focar nesse país. A guerra em Gaza aprofundou o padrão de polarização global que se tornou dolorosamente aparente com a invasão da Ucrânia. Quando o presidente Joe Biden chegou a Israel ontem, Vladimir Putin apareceu em Pequim. Cada vez mais, China, Rússia e Irã parecem um bloco autoritário que existe em tensão com os Estados Unidos, as democracias ocidentais e seus aliados. O país mais importante entre esses polos é a Índia. O primeiro-ministro Narendra Modi é frequentemente contado entre os homens fortes nacionalistas do mundo, mas ele lidera a maio

A busca de um culpado 3.0 #IBOVESPA

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  Eu notei que já usei esse título no passado razão de denominá-lo com 3.0. Segundo Nietzsche sempre é necessário encontrar uma razão que explique uma situação ou movimento considerado extremo e nada melhor que os juros americanos para encaixar nessa categoria. A taxa de juros americanas não param de subir, ontem com a divulgação das vendas no varejo muito acima das expectativas em 0,7% para setembro quando o esperado era de 0,3%, colocou mais lenha na fogueira. Em termos reais o quadro é um pouco diferente pois vem se mantendo constante desde 2021. Porém, as pessoas e os mercados pensam no nominal. Os americanos já deveriam estar ficando sem dinheiro para gastar. Parece que ainda há mais poupanças excedentárias em circulação, apesar da pesquisa do Fed sugerir que estas se esgotaram após o primeiro trimestre. É difícil acreditar agora que os gastos discricionários, excluindo restaurantes (uma categoria nascida durante a pandemia), regressaram ao nível de março de 2021, a última v

Desta vez é diferente #SP500

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Sempre que um movimento ocorre de forma diferente que a do passado se busca algum argumento. Surge uma pergunta de forma irônica: Será agora diferente? Normalmente o analista busca mostrar que mais dia menos dia vai tender como antes surgindo assim uma oportunidade. Os leitores do Mosca sabem que as ações americanas tiveram desempenho distintos desde que atingiram a mínima exatamente há um ano. As 7 maiores por capitalização subiram mais que o restante do SP500, pior ainda quando a comparação se faz com as small caps – empresas menores expressas no índice Russell 2000. Isabelle Lee busca essa explicação na Bloomberg. Algo está confundindo muitos em Wall Street. Por que o baixo desempenho das ações de pequena capitalização é tão severo, mesmo com o mercado se recuperando? Tradicionalmente, as small caps registram ganhos descomunais em períodos de força, já que os investidores ficam mais agressivos e despejam dinheiro em ações "high beta", com desempenho amplificado na alta.