O céu é o limite
Os dados relativos ao desemprego nos USA foram melhores do que
o esperado, criou-se 236.000 empregos e a taxa de desemprego caiu para 7,7%.
Além destes dados outras medições também foram positivas. Abaixo os dois gráficos relativos a estes números.
Não é necessário ser nenhum grande
economista para concluir que está havendo uma recuperação mais consistente.
A reação do mercado foi, "agora vai", e como
ultimamente já estava positiva, reforçou a tendência de alta das bolsas. Os
analistas que estavam pessimistas, onde eu me incluo, tiveram que sair correndo
para justificar suas recomendações: ..." Deixe o mínimo possível em ações,
pois esta alta é semelhante a do último crash" ..." Quanto mais a bolsa
sobe, pior será o crash"..." As vezes as pessoas esquecem que o
mercado de ações não é a economia"... e por aí vai. Quando eu trabalhava
na Planibanc um dos sócios, e ex-ministro, tinha uma frase que se encaixa bem a
situação.
Água de morro abaixo,
fogo de morro acima e mulher quando quer fazer sexo, ninguém segura!
Admito que é uma expressão machista, mas não dá para
substituir a mulher pelo homem ficaria sem graça, então que me desculpem as
mulheres, mas é isto que está acontecendo hoje, a busca por retorno é enorme, ninguém segura.
Vejam alguns destaques recentes: 1) A Cosan, uma empresa brasileira, que
segundo meu ex-chefe, daria crédito zero se ainda estivesse no banco, fez
uma oferta no exterior para captar US$ 400 milhões por dez anos e recebeu
ofertas, num total de US$ 9,0 Bilhões!; 2) As empresas de capital aberto
americanas, que estão lotadas de caixa, fizeram ofertas recorde de recompra de
suas ações ; 3) As taxas de juros dos títulos longos do Club Med, que há 6
meses atrás era o maior mico, vem caindo consistentemente.
Os investidores se cansaram de ganhar zero afinal já faz 5
anos, resolveram arriscar qualquer coisa, mas não querem mais perder poder
aquisitivo. Eu já comentei uma passagem da minha vida profissional, onde por falta de opção
acabei comprando CDB's de um banco
grande na época, que estava precisando de caixa. Passado alguns meses, começou
a correr um boato que haveria intervenções em 3 bancos com as inicias "ABC"
(no nosso, caso era o do meio). Fizemos uma reunião de diretoria, e decidimos
sair fora da posição. O detalhe é que o único comprador era ele mesmo e vocês podem
imaginar como foram gentis na taxa!
Depois deste evento eu jurei que nunca mais iria investir em um ativo que eu
não confiasse, mas fosse a única alternativa.
Existem momentos que o importante não é qual a taxa de
retorno, mas sim o retorno do capital!
Vejam a seguir o SP500, no post SP500-acompanhamento-no-radar, eu tinha uma expectativa
de uma pequena retração para em seguida buscar novas altas, porém, foi buscar
novas altas sem pestanejar. Embora o Dow Jones bateu seu recorde histórico esta
semana o SP500 ainda não, mas eu não dou muita importância para este fato, a
não ser que a bolsa começasse a cair já, pois caso contrário é só uma questão de tempo.
David, até onde pode
ir?
Nossa, você está tão sumido, pensei que tinha desistido de
ler o mosca! Hahahah....
Desde o inicio do ano venho repetindo que a onda B é
terrível, sedutora, e a cada nova alta trás novos investidores que resolvem
jogar a toalha e acompanhar a boiada, e é o que vem acontecendo.
Com relação a sua pergunta, seriam muitas alternativas com
valores bem diferentes, afinal estamos numa correção. A razão que eu não quero comprar bolsa, pode
até ser teimosia, mas minha avaliação de risco x retorno é ruim, pois está
maldita onda pode a qualquer momento, ou melhor, quando você menos espera, tomar
um tombo.
O SP500 fechou a 1.551, com alta de 0,45%; o real a R$ 1,9435, com queda de 0,87%; o euro 1,3001 com queda de 0,79% e o ouro a US$ 1.578, sem variação.
Fique ligado!
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