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IA: A questão da década #IBOVESPA

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  No post  what-the-f@ck comentei sobre a projeção da Goldman Sachs, que indicava um retorno baixo de 3% para as ações. Nesse mesmo post, acrescentei o retorno absurdo das Sete Magníficas, que já ocorre há 20 anos e se acelerou nos últimos tempos. Será que essa discrepância pode continuar? Acredito que pode ser resumida em uma frase: a IA será uma revolução ou mais um brinquedinho para pessoas físicas (e jurídicas) responderem dúvidas diversas? O Chat GPT tem me ajudado concretamente na elaboração dos posts diários, e, sem dúvida, me tornei viciado nessa ferramenta. Você pode perguntar as coisas mais díspares e obterá uma resposta. Mas, se a Microsoft depender do Mosca para pagar seus investimentos, vai ficar no prejuízo. Pela minha experiência, é necessário que as empresas treinem seus funcionários no uso dessa ferramenta para que ela se torne verdadeiramente operacional. Um grande defensor dessa ideia é o CEO da Nvidia, Jensen Huang. Nesta semana, ele se reuniu com milh...

Quando o ganho depende de sorte #S&P500

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  O assunto da vez, a duas semanas das eleições americanas, é como cada candidato irá impactar a economia dos EUA. Uma coisa parece certa: independentemente de quem vencer, o déficit aumentará, levando a dívida americana a níveis extremamente elevados. Mas, nesse quesito, os americanos não estão sozinhos, como mostra o gráfico abaixo, elaborado pela Bloomberg, apontando um movimento global — com exceção da Alemanha — nessa direção. Será que os governos perderam o medo e se lançaram no caminho mais fácil de cumprir suas promessas? Sabendo quem será o vencedor, é possível traçar uma estratégia para os investimentos? Inicialmente, para responder essa pergunta, a publicação de Joe Wiggins em seu site Behavioural Investment aborda os fatores comportamentais em eventos. Qual eleição presidencial moderna dos EUA teve o impacto mais significativo nos retornos de longo prazo das classes de ativos? Não faço ideia, mas vou, com confiança, lhe dizer como os mercados financeiros reagir...

What the f@ck! USDBRL

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  Existem alguns termos em inglês que são de difícil tradução, como o calão What the f@ck ?. Talvez a melhor tradução seria “que p@rra é essa?”. Deixarei para o final o motivo da escolha desse título hoje. Com o fim do ano se aproximando, as projeções para o futuro começam a surgir. A maioria faz referência a 2025, e poucos se arriscam a prazos mais longos. Os analistas têm errado bastante, como mostro periodicamente aqui. Hoje, foi a vez do Goldman Sachs fazer uma chamada marcante: “A década dos grandes ganhos do S&P 500 acabou”. Sagarika Jaisinghani comentou na Bloomberg. As ações dos EUA provavelmente não sustentarão o desempenho acima da média da última década, à medida que os investidores se voltam para outros ativos, incluindo títulos, em busca de melhores retornos, afirmaram estrategistas do Goldman Sachs Group Inc. O índice S&P 500 deve registrar um retorno nominal total anualizado de apenas 3% nos próximos 10 anos, de acordo com uma análise de estrategistas, ...

Investindo com Prozac no bolso #nasdaq100 #NVDA

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  Correr risco é inerente na área de investimentos. Não existe risco zero, não existe! Certa vez, numa conversa com um cliente “esperto”, que queria comprar um CDB do Banco Francês e Brasileiro com taxa de banco de terceira linha. Como tesoureiro do banco, não me faltavam recursos, pois, um banco estrangeiro dava naquela data um conforto maior ao investidor — na sua percepção, a matriz não deixaria o banco quebrar, por pior que fosse seu problema. Voltando a esse cliente e depois de muita insistência dele ­— e eu quase perder a paciência — eu disse: você quer taxa de Banco Auxiliar (esse banco quebrou em 1985) com um risco de Citibank? Importante frisar que naquela época o Citibank era considerado tão seguro quanto os títulos do tesouro americano —o banco só não quebrou em 2008 porque o Fed não deixou, e até hoje sofre consequências, nunca mais voltou a ser o mesmo. Falando em CDB, vou aproveitar para expor uma ideia sobre o FGC – Fundo Garantidor de Credito, criado em 1995 pel...

Volatilidade na gôndola #EURUSD

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  No início da minha carreira eu me envolvi no mercado imobiliário. Uma situação bizarra aconteceu comigo quando fui ao lançamento de um prédio da Construtora Rossi – nem sei se ainda existe. Naquela época, eu acompanhava de perto e investia com a Construtora Tecnisa, cujo principal executivo, Meyer Nigri, eu era muito próximo. Por indicação dele, fui ver o porquê de tanto sucesso daquele lançamento. Minha intenção inicial era entender melhor a razão de tamanha demanda. Ao entrar no estande, havia um enorme painel com os apartamentos e muita gente em volta. Em questão de segundos, os corretores gritavam: "Apartamento 202 vendido!" e outro: "Apartamento 801 vendido!". Um funcionário ia marcando no painel o que restava. Peguei o primeiro corretor à minha frente, olhei o painel para selecionar uma unidade e disse: "Pode bloquear o apartamento 1102". Só depois fui ver a planta, o projeto e o preço. Alguns meses depois, fui negociar a devolução, pois achei qu...

China: Apagão do estímulo #IBOVESPA

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  Antes de entrar no assunto de hoje, gostaria de divulgar que, a partir de hoje, o post publicado todas as quartas-feiras estará disponível para os assinantes do Investidor em Valor, que recentemente publicou uma entrevista comigo  entrevista-david-gotlib . Espero que esses novos leitores gostem do conteúdo. O objetivo do Investidor em Valor é educar pequenos investidores. A cidade de São Paulo está novamente sem luz em milhares de residências devido às fortes chuvas da semana passada. Esse transtorno, às vésperas das eleições, está fornecendo munição para o candidato Guilherme Boulos atacar o atual prefeito, Ricardo Nunes. Tudo indica que a Enel não fez sua lição de casa e deixou de investir em medidas preventivas. No último debate, após sofrer ataques de Boulos – que, diga-se de passagem, não faz ideia do que é administrar uma cidade do porte de São Paulo –, Nunes respondeu: "Boulos, você nunca trabalhou". Ingenuamente, em minha opinião, a resposta veio no horário pol...

Play! #S&P500

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  Desde o início do Mosca, venho insistentemente alertando que a Europa não tem solução. Imagino que os leitores já devem estar de saco cheio dessa minha obstinação. Entendo, mas o que eu posso fazer? Deixar de publicar sobre uma parte tão importante do mundo desenvolvido? Não faz sentido. Não acredito que os europeus desconheçam que a implementação da moeda única inviabilizou a política econômica. "One size fits all" não funciona quando você tem países “esbeltos” como a Alemanha e países “obesos” como a Itália. A Espanha melhorou bastante nos últimos anos, e a França, por sua vez, começa a se aproximar dos piores. Os outros menores ainda ficam no espectro. Quando o euro se valoriza, veste bem a Alemanha e aperta a Itália; já com o euro desvalorizado, veste a Itália, mas fica largo para a Alemanha. No passado, a taxa de câmbio fazia o trabalho sujo para a Itália. Com uma produtividade baixa, vocês devem lembram que os títulos em lira italiana tinham que oferecer juros ele...