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Metade dos americanos só sobrevivem #IBOVESPA

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  O presidente Trump foi eleito, parte, por um grupo de americanos que já representa metade deles. A política monetária adotada pelos bancos centrais, inclusive o Fed, levou ao enriquecimento dos mais ricos e, como contrapartida, ao empobrecimento do restante. Os motivos, de forma simplificada, se resumem a: juros baixos induziram a valorização dos ativos — isso já distanciou esses grupos —, enquanto os salários não subiram. Simples assim. O Mosca vem alertando sobre esse problema desde 2011, quando surgiram as manifestações dos “99ers”. Como essa insatisfação não é instantânea, foi se sedimentando no tempo e, como uma panela de pressão, em algum momento entra em ebulição. Alexandre Tanzi publicou na Bloomberg os dados mais recentes da riqueza dos americanos.   A Escalada da Riqueza: O Abismo Americano em Números A concentração de riqueza nos Estados Unidos atingiu níveis que desafiam a lógica e expõem as entranhas de um sistema econômico que parece desenhado para coro...

Desconfiança é o risco #S&P 500

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  Ultimamente, vem sendo comentada uma ideia lançada por Stephen Miran É um plano ambicioso para enfraquecer o dólar, por meio de tarifas, acordos e manobras multilaterais, visando impulsionar as exportações americanas, reduzir o déficit e aliviar a pressão sobre a dívida pública.   Reestruturando a Dívida Americana: Um Jogo de Estratégia e Equilíbrio   Os Estados Unidos estão em uma encruzilhada econômica, carregando uma dívida pública que ultrapassa 120% do PIB e um sistema financeiro global que, embora os eleve ao topo, cobra um preço alto. Em *A User's Guide to Restructuring the Global Trading System*, Stephen Miran, estrategista da Hudson Bay Capital, oferece uma análise lúcida e um conjunto de ideias que desafiam as regras do jogo. A dívida americana não é apenas um fardo; pode ser uma alavanca. Com um dólar supervalorizado e o papel de provedor de segurança e liquidez mundial, os EUA têm a chance de reescrever as regras, redistribuir custos e fortalecer sua p...

High Yield vale a pena? #USDBRL

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  Os investidores brasileiros estão começando a diversificar seus investimentos, procurando alternativas no exterior – já não era sem tempo. Esse movimento, relatado pelos private bankers locais, ainda é tímido   mas é um processo que não tem volta, na minha opinião. Acredito que a performance da bolsa internacional tenha sido o principal motivo.   Mas esses bankers contam que, quando o recurso chega ao exterior, o cliente brasileiro tende a comprar bonds de empresas brasileiras. Afinal, um papel do Banco Itaú, que risco tem? Até entendo que o desconhecimento dos nomes de empresas internacionais leve a optar por nomes conhecidos. A percepção de segurança não tem nada a ver com o risco real. Afinal, algum desses clientes analisou o balanço do Itaú? Não quero dizer que exista risco nesse nome, mas, por princípio, se a ideia era diversificar, não faz o menor sentido comprar qualquer papel brasileiro. Afinal, se for assim, garanto que o retorno é maior localmente. ...

Enfiando goela abaixo #nasdaq100 #NVDA

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  Na quarta-feira, o Mosca publicou como a China mudou o panorama da balança comercial brasileira com o aumento de importações desse país. Mas o gigante asiático não podia se contentar com um pequeno mercado para absorver toda sua produção que não vai mais para os EUA, e, como a corda sempre roeu do lado mais fraco, todos os emergentes estão sofrendo as consequências. Katia Dmitrieva e outros relataram na *Bloomberg* como os países emergentes estão sendo afetados e, principalmente, o impacto no emprego.   Um novo choque da China está varrendo o planeta, e desta vez o epicentro não é só o coração industrial americano, mas as economias emergentes que lutam para respirar sob o peso das exportações chinesas. Impulsionado pelas tarifas de Trump, o dragão asiático despeja seus produtos em mercados vulneráveis, e os empregos locais estão caindo como peças de dominó. Indonésia, México, Tailândia, Malásia, Índia, Vietnã e, sim, o Brasil estão na mira desse rolo compressor econômico, ...

Estagflação (zinha) #EURUSD #OURO #GOLD

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O Fed foi bem honesto ao deixar claro que não sabe o que vai acontecer, pois teria sido muito pior se assumisse alguma posição. Porém, refez suas projeções, onde se destaca a diminuição do crescimento e o aumento na inflação, seguramente por conta das tarifas por todo lado – verdade que ainda tímidas essas variações, razão do título de hoje. Em todo caso, deixou um recado ao mercado que no meu ver, não foi corretamente interpretado, ou melhor, assumiu a posição da desaceleração e, como consequência, o Fed teria que cortar os juros. Nos *dots* publicados, a autoridade espera um corte de 50 pontos este ano, enquanto o mercado aposta em 66 pontos, conforme o gráfico a seguir.  Outro reforço dado durante a seção de perguntas e respostas foi de que o aumento de tarifas é temporário, ou seja, um aumento da inflação instantâneo que tende a se normalizar depois de adotado – no meu ver, não é tão simples assim. Ed Yardeni comenta em seu relatório que é bem provável que isso ocorra, tendo em...

A ingenuidade do Lula #IBOVESPA

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  Não foi por falta de aviso do Mosca que o presidente Lula decidiu escolher errado seus parceiros internacionais. Ao se juntar ao grupo da China, Rússia, Irã e outros, desistiu de ficar mais próximo dos países ocidentais. No passado, ao observar que a balança comercial brasileira era um arraso, projetou essa virtude sem pensar no que podia dar errado. Pediu os mapas para seus assessores para ver quem eram seus maiores parceiros e notou que era a China, então, vamo que vamo!   Mas bastava um pingo de QI – o que aparentemente lhe falta – para imaginar que a China— tendo tantos problemas com os EUA, seu maior parceiro de exportação na época—iria empurrar seus produtos onde fosse possível, e em apenas 12 meses nosso saldo comercial com a China praticamente sumiu. Basta ver os gráficos abaixo.   Para melhor compreensão, no gráfico à esquerda se pode ver as maiores pautas, onde os produtos agrícolas e óleos e lubrificantes vêm fazendo um bom trabalho. Agora, sabem o que é ...