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Montanha acima é mais difícil #ibovespa

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  Hoje o post será encerrado mais cedo por motivo de viagem. O Mosca será publicado normalmente na quinta-feira. No ano passado houve queda de algumas ações de forma expressiva, como as ações do Facebook. Ben Carlson faz um exercício mostrando que a recuperação é muito mais difícil. O Facebook foi uma das ações de pior desempenho no S&P 500 em 2022, caindo 64% no ano. Quem diria que despejar bilhões no metaverso durante um período de aperto do Fed e inflação de 9% seria uma má ideia? Bem, o perdedor do ano passado se transformou no queridinho deste ano. As ações do Facebook subiram mais de 55% no primeiro mês e pouco de 2023, incluindo um salto de um dia de mais de 20% nesta semana depois que eles relataram lucros. A queda da máxima para a mínima foi a pior no comando de Mark Zuckerberg, chegando a mais de 76%: O preço das ações ainda cai mais de 50% em relação às máximas, mas agora subiu mais de 100% em relação às mínimas. O Facebook está longe de ser a única emp

O Cassino #SP500

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  Eu gostava de jogar nos Cassinos quando era mais jovem — bem mais jovem! —, talvez motivado por aquela ideia de “eu vou quebrar a banca”. A fascinação pelo ambiente também era um atrativo. Certa vez, quando eu era sócio do megainvestidor Leo Kryss, ele me convidou para ir a Lake Tahoe. Eu estava na casa dos trinta anos e nada mais glamoroso que desembarcar em Los Angeles e ter um jatinho do Casino me esperando na pista. Dentro do Cassino era Mr. “K” para cá, Mr. “G” para lá, a forma como os funcionários do Cassino nos chamava, discrição era o nome do jogo e tudo era feito para manter o sigilo. Certa noite de madrugada, eu e minha ex-esposa nos sentamos numa mesa de Baccarat, meu jogo predileto, sem qualquer outro jogador. O crupiê gentilmente disse que não havia problema, e o jogo começou. Depois de pouco tempo, a mesa já estava com mais de 6 pessoas. Notei que quando um deles apostou e ganhou, o crupiê não deduziu a comissão daquela aposta. Eu perguntei qual era o motivo, e se naq

Ah, esses economistas #usdbrl

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  Eu convivi minha vida inteira com economistas de diferentes perfis. Dado sua diversidade não dá para traçar um contorno padrão. Mas a experiência mostrou que eles acertam em alguns momentos e erram em outros — afinal a economia não é uma ciência exata. Alguns ficam famosos por suas previsões mais catastróficas, como Nouriel Roubin, que previu a crise de 2008 e desde então continua com o mesmo discurso ou semelhante 15 anos depois. Mais recentemente, Bill Dudley, que serviu como Presidente do Federal Reserve de Nova York de 2009 até 2018, — teve uma visão, que se mostrou correta, do que ocorreria com a economia americana depois da pandemia. Dudley acredita que o Fed irá manter os juros mais altos e por mais tempo do que o mercado está prevendo, como comenta na Bloomberg. Como o Federal Reserve dos EUA travará sua batalha contra a inflação – mantendo as taxas de juros elevadas por mais tempo ou elevando-as ainda mais? Os investidores estão fixados nessa questão, que tem vastas impl

Certeza do futuro #nasdaq100

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  O caso das Lojas Americanas está longe de terminar, cada dia que passa mais e mais empresas acusam a mesma de ter cometido uma grande fraude. Como é possível ter acontecido isso com uma empresa comandada por um trio super qualificado, que detém uma grande fortuna? Essa pergunta me remete ao passado, e vale a pena comentar momentos em que ocorreram situações importantes com esses empresários. Em 1987, o governo brasileiro declarou moratória sobre sua dívida externa, ao suspender o pagamento de juros sobre a dívida. Em setembro de 1988, foi assinado acordo pondo fim a moratória, mas foi no governo Collor que a situação foi resolvida através de um Plano denominado de Brady. Com isso uma série de novos papeis foram emitidos com vencimentos diversos. Um deles, o IDU – Interest Due and Unpaid ganhou preferência pelas instituições financeiras pelo seu volume – U$ 7,0 bilhões, vencimento mais curto: 01/01/2001 e taxa de juros atrativa. O banco Garantia na época era tido como o melhor ban

Mudou o termômetro #eurusd

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  O leitor do Mosca talvez não acompanhe muito mas pode conhecer um índice que mede a volatilidade da bolsa americana – o VIX. Esse instrumento é tão difundido dentro do mercado financeiro que é utilizado como proteção para carteiras de ações e mesmo de bonds quando se tem receio de algum acontecimento futuro. Ocorre que ultimamente tem estado muito calmo, como poderão notar mais à frente no texto, levantando-se dúvidas sobre sua atual utilidade. Robin Wigglesworth escreveu no Financial Times matéria sobre esse assunto com o tema: O Vix “quebrado” O índice de volatilidade Vix tem estado notavelmente calmo ultimamente. Na verdade, tem estado tão manso que algumas pessoas pensam que é um prenúncio de caos, ou então está simplesmente quebrado. Mas será mesmo? O índice, que os jornalistas financeiros parecem contratualmente obrigados a descrever como "o medidor de medo de Wall Street", semelha um pouco baixo, dado tudo o que está acontecendo. No início deste mês, chegou a cai

Bilhete incolor #Ibovespa

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  Durante minha vida profissional eu tive equipes de colaboradores que variou de 50 a 100 funcionários. Raramente me arrependi de minhas contratações, talvez um espírito paterno, mas tenho a meu favor que diversos profissionais estão hoje em cargos importantes, considero isso um bom track record. Também notei com o tempo que existia uma característica importante nesses colaboradores, seu engajamento com o trabalho, ou seja, tinham coração. Por outro lado, não conseguia me relacionar bem com: funcionário, par, ou chefe que não tivesse essa característica. Feito essa introdução, um artigo publicado na Bloomberg por Beth Kowitt me fez pensar como essa nova tecnologia irá impactar o ambiente de trabalho no futuro. O título já fiz tudo: Os robôs não só vêm atrás de nossos empregos como também ajudarão a nos demitir. Para aqueles que têm um prazer sádico em procurar evidências de que estamos nos aproximando de um futuro distópico onde os seres humanos são governados por seus senhores rob

Número mágico #SP500

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  Minha saudosa terapeuta dizia que 80% das vezes que você fica pu#o com a atitude de uma pessoa, na verdade está pu#o com você mesmo, pois embora a conheça bem e sabe de seus defeitos, você acreditou que dessa vez seria diferente. Com essa premissa, não posso ficar pu#o com o Lula, pois não acredito que o caráter de uma pessoa muda, como mencionei aqui em diversos posts. Mas tinha uma esperança de que poderia ser diferente — só que não é. Todos os dias fico irritado com os acontecimentos do dia anterior e até perplexo com as barbaridades que estão ocorrendo. O Ministro do Trabalho deu a melhor do dia ontem: “Se a Uber sair do país, chamo os Correios para substituir” De onde ele tirou essa ideia ridícula, nem merece que eu perca meu tempo, nem o dos leitores. Quanto ao Lula, na posse do exímio banqueiro Aloízio Mercadante — cuja única experiência no setor bancário talvez como tesoureiro do Centro Acadêmico, nem se fala sobre alguma experiência no setor privado —, meteu o pau de nov