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300.000!

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Com toda essa confusão que está acontecendo nos mercados mundiais, não verifiquei o número de leituras do Mosca, além do mais, acabei atrasando a confecção hoje. Eu acreditava que o nível de 300.000 iria acontecer em breve, mas já ultrapassou. O último resultado é de 300.253, uma marca histórica. Gostaria de agradecer a confiança dos leitores e vamos em frente em busca dos 500.000. Essa manhã, e acredito que boa parte dos leitores soube ontem a noite, as cotações do petróleo chegaram a cair 30%, aumentado o risco de uma recessão. Em relação as bolsas, já não bastava a incerteza sobre o coronavírus embarcou também nesse argumento – recessão, e aprofundou seu movimento de queda. Não escapou nenhuma! As negociações da OPEP terminaram em um fracasso dramático, aumentando o fim de uma aliança diplomática entre a Arábia Saudita e a Rússia, que sustentou os preços do petróleo e mudou o equilíbrio de poder no Oriente Médio. O petróleo Brent, referência mundial, teve a maior qu

Rumo ao desconhecido

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As notícias sobre a evolução do coronavírus estão ganhando dimensões desconhecidas. Seus efeitos estão gerando receios que podem levar ao pânico. Esse surto parece bem diferente dos anteriores, talvez o que mais assusta é seu desconhecimento das causas e curas por parte dos infectologistas. Assim como eu, vocês devem ter recebido inúmeros WhatsApp com opiniões de especialistas que não permite uma conclusão. Talvez a única informação útil seja que o risco é muito maior em idosos (eu!) principalmente para quem tem alguma doença, e lavar as mãos frequentemente (Unilever agradece). Essas informações e percepções circulam de maneira instantânea, multiplicadas entre os inúmeros grupos que cada um de nós está vinculado, fazendo parecer muito maior que a realidade. A cada novo caso, ou pais noticiando sua entrada no clube, tem se a sensação de que o vírus está na eminência bater na sua porta. Como consequência, diversos setores da economia entram em colapso, como por exemplo, o turis

Decisão sob pressão

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Durante minha vida profissional passei alguns momentos onde presenciei decisões erradas, quando se está sob pressão. Algumas ocorrem quando a busca é pelo retorno ocasionada por novas condições do mercado. Sob pressão, a opção é feita de forma irracional sem considerar os riscos. Uma delas se deu quando estava na Planibanc. Naquele momento estava claro que a compra de papeis pré-fixados propiciaria um bom retorno. Acontece que, essa era uma percepção da maior parte dos bancos, sendo assim, nenhum banco de qualidade estava disposto a vender esses papeis. O único que se dispunha a isso era o Bamerindus que já apresentava sinais de fraqueza, mesmo assim, resolvemos comprar. O pré fixado se mostrou uma boa decisão, porém, depois de algum tempo, os boatos sobre a saúde financeira desse banco começaram a se disseminar. Aquela posição foi feita para financiamento no mercado aberto onde esse título servia como lastro. Já muito preocupados, resolvemos buscar alguma instituição par

Aceleração dos novos tempos

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O mundo tem vivido nos últimos anos uma revolução tecnológica, talvez algo parecido com a revolução industrial ocorrida no século passado. Seria desnecessário eu enumerar os movimentos ocorridos, pois na sua maioria, já faz parte do dia a dia de todos nós. A eclosão do CONVID 19, deverá acelerar esse processo mesmo que o retorno a normalidade ocorra daqui alguns meses. À medida que novos casos de infecção viral surgem nos EUA, muitas empresas começaram a preparar funcionários para trabalhar em casa - ou o que se tem chamado de "WFH". Algumas organizações, incluindo o Twitter, estão incentivando funcionários de todo o mundo a trabalharem em suas residências particulares até novo aviso. O JP Morgan iniciou um plano de contingência, programando que parte de seus funcionários trabalhem de casa, testando assim uma possível piora do surto. Também é de se esperar que viagens de laser sejam canceladas, diminuição no fluxo aos shopping centers e ida ao cinema, além de di

Voo sem instrumentos

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Eu tenho uma rotina matinal de percorrer inúmeros gráficos e informações usando várias fontes. A grande maioria é pela internet, o único que sobrou em papel é o Estadão. Nas últimas semanas, ao analisar os dados, fico bastante reticente caso a informação é anterior ao surto do CONVID 19. Neste caso, penso, não tem valor. Se é posterior, meu pensamento passa a ser, está distorcida. Com exceção do PIB, e mesmo ele, deve ser observado com muita cautela. Hoje pela manhã não foi diferente, com exceção das informações do CONVID 19, não consigo coletar quase nada que seja de utilidade ao leitor. Sendo assim, acredito que estamos numa situação equivalente à de um piloto que perde seus instrumentos de navegação. Teremos que usar a navegação visual, que nesse caso específico significa, efetuar estimativas e ponderações sobre os dados que serão publicados. Detalhe, isso deverá prevalecer por um bom tempo. Uma informação interessante é o impacto do coronavírus nos investidores. O

Comprar ou vender?

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Estamos todos ainda muito impactados pelo surto do coronavírus. Ninguém sabe como isso terminará, nem qual o seu impacto nos ativos. Para quem usa análise técnica, as observações do mercado passam a guiar nossos passos, e em função dela, se pode imaginar quais os impactos na economia real. O Mosca está  próximo de atingir uma nova marca histórica, afinal, o número de vistas não pode diminuir como nos mercados. Sabemos que o principal interesse dos leitores é com o bolso.  Passei o final de semana analisando os vários mercados e me senti confortável com as minhas previsões e movimentações. Os níveis apontados como perigosos acabaram se tornado os pontos de inflexão, não tendo assim, comprometido a performance. Ao contrário, ainda aproveitamos da última alta – esse comentário visa o SP500 e Ibovespa. Antes de iniciar a cobertura técnica de hoje, vou transcrever parte de um relatório da Gavekal, empresa que realmente agrega valor em suas análises. Nesse último ensaio bus

Futurologia

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A Gavekal publicou um relatório contendo algumas observações sobre os mercados que fugiram a logica num momento como esse. É de se esperar que num movimento de aversão ao risco, o dólar tende a se valorizar em detrimento das outras moedas, além de uma queda dos juros em virtude desse movimento de compra da moeda americana. Vejamos quais os pontos dessa análise: Nos EUA, o rendimento dos títulos de 10 anos diminuiu, mas não na Europa, China ou Japão. Na Europa, os títulos italianos subiram (destacando que para vender ativos italianos permanece uma reação instintiva em caso de dúvida), enquanto o rendimento alemão caiu -5 pontos. Nos EUA, os rendimentos caíram muito mais. A princípio, isso pode parecer contra intuitivo. A economia alemã é mais cíclica e mais globalmente integrada que os EUA. Se o Covid-19 estiver definido para atrapalhar o crescimento global, é possível que os bunds (codinome dos títulos alemães) devam cair pelo menos tanto quanto, se não mais, do que os