Nocaute
Mesmo para quem não entende muito de boxe, sabe que o nocaute é um critério de encerramento da luta. Este termo é tipicamente associado com repentina e traumática perda de consciência, ocasionada por golpes físicos. Os 3 clássicos são: soco na mandíbula, soco na têmpora e golpe na garganta.
Na área cambial só existe um golpe fatal, ficar sem reservas. Bons tempos aqueles em que o BCB precisava comprar dólares para segurar a cotação da moeda local, aqueles onde o ex-Ministro Mantega bradava em voz alta que os USA estavam incentivando uma Tsunami financeira, acredito que ele nem deve ter saudades deste tempo, pois acredita que estava certo. Para quem acha que eu estou exagerando, sugiro que assista o debate promovido pela Globo News ontem, mas veja bem, só se você não tiver nada melhor para fazer, o Armínio Fraga deu um banho de competência e educação!
A Rússia está passando por um momento difícil, muito em função das loucuras de seu Presidente Putin, que resolveu enfrentar as sanções impostas pelos Europeus e Americanos, aos seus atos na Ucrânia. Como consequência, sua moeda, o rublo, encontra-se em queda livre, batendo recordes de baixa, dia após dia. Veja o gráfico em relação ao dólar.
O BC russo tem feito intervenções diárias para conter esta queda. De um volume máximo de reservas de US$ 509 bilhões, US$ 55 bilhões foram usados com este intuito, diferente da situação brasileira que até o momento não foi necessário o uso de suas reservas. Inclusive, no mês de setembro, tivemos uma entrada líquida de US$ 2,0 bilhões. Como vocês podem observar no gráfico a seguir, o fluxo do ano de 2.014 não foi nenhum horror, ao contrário de 2.103, onde houve saídas fortes.
Desde do ano passado, o BCB tem feito esforços constantes para limitar a desvalorização do real, através de leilões de swap cambial, cujo volume atualizado encontra-se na casa dos US$ 100 bilhões. Ao analisar-se as contra partes destas operações, encontramos 2 grandes grupos: Investidores estrangeiros e fundos de investimento locais. A importância nesta segmentação é importante, haja visto o objetivo de cada um.
Os investidores estrangeiros estão preocupados com os elevados investimentos feitos localmente. Com a possibilidade da economia americana sair da estagnação, levando o FED a subir os juros, poderiam perder rentabilidade em seus investimentos aqui, pela alta do dólar. Ou seja, temos aqui um efeito do dólar-dólar, como eu defini ontem.
Já o segundo grupo foi levado pela deterioração da economia brasileira. Por exemplo, a empresa de consultoria Empiricus, especializada na análise de ações, resolveu ultrapassar as fronteiras e opinar sobre economia, sem muito embasamento de fundamentos. Uma parte dos fundos locais, também fizeram apostas contra o real, usando o mesmo argumento. No último mês, tiveram uma recompensa parcial, motivado pela alta do dólar de aproximadamente 10%, mesmo assim não foi suficiente para eliminar o mal desempenho do ano. O que me surpreende é que agora eles usam o dólar-dólar como motivo de suas posições, ou seja, atiraram no que viram e acertaram no que não viram!
Por que se faz necessária esta distinção? A razão principal é que se o movimento do dólar foi, ou será, para ajustar os preços relativos, a partir do momento que este patamar for atingido, as apostas contra o real, devem ser eliminadas, pois o diferencial de juros é muito favorável ao real. Por outro lado, se for pela deterioração dos fundamentos locais, o real pode continuar se desvalorizando.
- David, e como eu vou saber se é um ou outro?
Olhe as reservas, se elas começarem a cair, são os fundamentos, caso contrário é o dólar-dólar, lógico que estou simplificando o assunto. Por exemplo, ontem foram anunciadas várias pesquisas, e em todas elas, o Aécio encontra-se à frente, seria de se esperar que o dólar caísse hoje, mas não foi o que aconteceu, ficou em alta, por causa de temores externos.
Para finalizar este assunto, vejamos o que pode fazer o dólar subir, neste momento:
Na área cambial só existe um golpe fatal, ficar sem reservas. Bons tempos aqueles em que o BCB precisava comprar dólares para segurar a cotação da moeda local, aqueles onde o ex-Ministro Mantega bradava em voz alta que os USA estavam incentivando uma Tsunami financeira, acredito que ele nem deve ter saudades deste tempo, pois acredita que estava certo. Para quem acha que eu estou exagerando, sugiro que assista o debate promovido pela Globo News ontem, mas veja bem, só se você não tiver nada melhor para fazer, o Armínio Fraga deu um banho de competência e educação!
A Rússia está passando por um momento difícil, muito em função das loucuras de seu Presidente Putin, que resolveu enfrentar as sanções impostas pelos Europeus e Americanos, aos seus atos na Ucrânia. Como consequência, sua moeda, o rublo, encontra-se em queda livre, batendo recordes de baixa, dia após dia. Veja o gráfico em relação ao dólar.
Eles são muito dependente do petróleo que está em queda nos últimos meses, de uma forma mais acentuada que as outras commodities.
O BC russo tem feito intervenções diárias para conter esta queda. De um volume máximo de reservas de US$ 509 bilhões, US$ 55 bilhões foram usados com este intuito, diferente da situação brasileira que até o momento não foi necessário o uso de suas reservas. Inclusive, no mês de setembro, tivemos uma entrada líquida de US$ 2,0 bilhões. Como vocês podem observar no gráfico a seguir, o fluxo do ano de 2.014 não foi nenhum horror, ao contrário de 2.103, onde houve saídas fortes.
Desde do ano passado, o BCB tem feito esforços constantes para limitar a desvalorização do real, através de leilões de swap cambial, cujo volume atualizado encontra-se na casa dos US$ 100 bilhões. Ao analisar-se as contra partes destas operações, encontramos 2 grandes grupos: Investidores estrangeiros e fundos de investimento locais. A importância nesta segmentação é importante, haja visto o objetivo de cada um.
Os investidores estrangeiros estão preocupados com os elevados investimentos feitos localmente. Com a possibilidade da economia americana sair da estagnação, levando o FED a subir os juros, poderiam perder rentabilidade em seus investimentos aqui, pela alta do dólar. Ou seja, temos aqui um efeito do dólar-dólar, como eu defini ontem.
Já o segundo grupo foi levado pela deterioração da economia brasileira. Por exemplo, a empresa de consultoria Empiricus, especializada na análise de ações, resolveu ultrapassar as fronteiras e opinar sobre economia, sem muito embasamento de fundamentos. Uma parte dos fundos locais, também fizeram apostas contra o real, usando o mesmo argumento. No último mês, tiveram uma recompensa parcial, motivado pela alta do dólar de aproximadamente 10%, mesmo assim não foi suficiente para eliminar o mal desempenho do ano. O que me surpreende é que agora eles usam o dólar-dólar como motivo de suas posições, ou seja, atiraram no que viram e acertaram no que não viram!
Por que se faz necessária esta distinção? A razão principal é que se o movimento do dólar foi, ou será, para ajustar os preços relativos, a partir do momento que este patamar for atingido, as apostas contra o real, devem ser eliminadas, pois o diferencial de juros é muito favorável ao real. Por outro lado, se for pela deterioração dos fundamentos locais, o real pode continuar se desvalorizando.
- David, e como eu vou saber se é um ou outro?
Olhe as reservas, se elas começarem a cair, são os fundamentos, caso contrário é o dólar-dólar, lógico que estou simplificando o assunto. Por exemplo, ontem foram anunciadas várias pesquisas, e em todas elas, o Aécio encontra-se à frente, seria de se esperar que o dólar caísse hoje, mas não foi o que aconteceu, ficou em alta, por causa de temores externos.
Para finalizar este assunto, vejamos o que pode fazer o dólar subir, neste momento:
- USA,USA,USA - A economia americana colhe resultados positivos de PIB e queda do desemprego, com inflação subindo, mesmo com os outros países na contra mão. Isto faria com que o FED suba os juros, e atrairia mais Capital.
- Risk Aversion - Uma onda de pessimismo se implanta no mundo, e os investidores se retraem. Esta onda pode ser detonada pela queda das bolsas, PIB ruins, ou até o Ebola, que está gerando preocupação.
E do lado da queda:
- Sem destino - O mundo continua com um desempenho pífio, mesmo com a injeção de recursos por parte dos BC's. Neste caso, não existe muita diferença entre os juros, tudo mais ou menos igual a zero!
Como é praticamente impossível escolher um dos cenários com maior certeza, e mesmo assim, qualquer um deles, pode não acontecer, vamos continuar com a análise técnica que não depende de nada disso. É só: Let´s the market speak! Hahahahah....
No post elle-est-desolee eu fiz os seguintes comentários sobre o real: ...Do ponto de vista técnico, ainda não existe um quadro de reversão claro, a alta do dólar ainda é o mais provável. Teria que haver um rompimento do nível de R$ 2,32, para algo mais substancial, Senão, o movimento atual, pode ser mais uma correção...
Não tenho mais nada a acrescentar, aqueles parâmetros continuam válidos. Veja que o câmbio nestes últimos dias, ficou negociando num intervalo, tendo como média, aproximadamente R$ 2,40. Se eu fizesse uma pesquisa, há uma semana atrás e dissesse que o Aécio estaria à frente da Dilma, no segundo turno, imagino que qualquer analista diria que o dólar estaria mais baixo, e porque isso não aconteceu? dólar-dólar!
O SP500 fechou a 1.906, com queda de 1,15%; o USDBRL a R$ 2,4239, com alta de 1,08%; o EURUSD a 1,2612, com queda de 0,61%; e o ouro a US$ 1.223, sem variação.
Fique ligado!
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