Segurança em Xeque #OURO #GOLD
Eu utilizo há anos um aplicativo chamado Msecure, onde
armazeno minhas senhas. Como curiosidade, tenho 327 senhas! No dia a dia,
uso com frequência algumas dezenas, mas, de tempos em tempos, preciso acessar
as outras. Esse sistema só funciona se você for muito disciplinado e, a cada
alteração ou introdução de uma nova senha, fizer imediatamente a atualização no
aplicativo. Segundo o desenvolvedor, o MSecure é protegido por
criptografia, e sempre que mudo de celular, preciso seguir uma certa rotina
para garantir a segurança.
Além desse sistema, atualmente, a grande maioria das
empresas utiliza a verificação em duas etapas, enviando um código, geralmente
via celular, para completar o processo. Eu não entendo muito de segurança, mas
uso o bom senso: a criptografia é a alma do método, pois nossos dados circulam
pelo espaço para criar a conexão. O que garante essa segurança? O número de
anos que seriam necessários para quebrar esse código. Ou seja, com os
computadores atuais, é praticamente impossível. Mas essa garantia pode acabar
em breve, como relata Steven Rosenbusch no Wall Street Journal.
Ainda não se sabe quando os computadores quânticos serão
capazes de quebrar a criptografia usada para proteger os dados mais sensíveis
do mundo, mas os líderes tecnológicos das empresas precisam avaliar os riscos
desse cenário agora.
A física quântica, famosa por ser considerada
"assustadora" por Albert Einstein, sempre alimentou a imaginação com
a promessa de uma capacidade tecnológica inimaginável no futuro. Embora a
viagem no tempo ainda pertença à ficção científica, a computação quântica é
muito real e tem o potencial de elevar o poder de processamento a um novo
patamar.
Mesmo os computadores tradicionais mais poderosos usam
dígitos binários, ou bits, que podem ser 0s ou 1s. Já os computadores quânticos
utilizam bits quânticos, ou qubits, que representam e armazenam informações
simultaneamente em 0s e 1s, um fenômeno conhecido como superposição. Essas
máquinas têm o potencial de analisar uma enorme quantidade de soluções
possíveis para um problema em uma fração de segundo e apresentar uma resposta
provável.
Vantagem Quântica
A IBM está no caminho certo para entregar um sistema tolerante a falhas e com correção de erros até 2029, segundo Dario Gil, Diretor de Pesquisa da IBM, e espera alcançar a "vantagem quântica" com seus sistemas antes disso. Isso significa resolver alguns problemas de forma mais rápida ou precisa do que os computadores tradicionais, fornecendo soluções exatas para problemas cujas respostas hoje são apenas estimativas.
A grande questão, segundo Gil, é quando essa pesquisa
resultará em computadores quânticos tolerantes a falhas, capazes de corrigir os
erros que ocorrem quando essas máquinas interagem com interferências do mundo
exterior, como som, micro-ondas ou flutuações de temperatura. Essas
interferências perturbam o estado quântico frágil em que essas máquinas operam,
reduzindo a janela em que podem funcionar e limitar o trabalho que podem
realizar.
Um computador quântico tolerante a falhas será capaz de
trabalhar indefinidamente em problemas, permitindo-lhes quebrar algoritmos de
criptografia que empresas e governos utilizam para proteger suas informações
mais valiosas, disse Gil. Esse momento pode ocorrer por volta de 2035, segundo
suas estimativas, mas, independentemente do prazo, ele está convencido de que
isso acontecerá.
“A realidade é que aquilo que usamos como última linha de
defesa é vulnerável. Ela será quebrada. Não há dúvidas sobre isso”, afirmou
Gil.
O Problema de Amanhã Hoje
Por que se preocupar com um cenário que pode estar a uma
década ou mais no futuro? Por causa de um cenário chamado "colha agora,
decripte depois".
Ele prevê hackers roubando dados criptografados hoje e mantendo-os
por anos, esperando que, no futuro, esses dados possam ser decifrados quando os
computadores quânticos forem capazes de fazê-lo, disse Markus Pflitsch,
fundador e CEO da empresa de computação quântica Terra Quantum.
A empresa suíço-alemã aproveita o fato de que os
computadores clássicos de hoje podem imitar computadores quânticos até certo
ponto. Isso permite que a Terra desenvolva software e serviços quânticos,
incluindo segurança, que já são funcionais.
A empresa, que levantou aproximadamente US$ 100 milhões até
o momento, possui cerca de 250 funcionários, incluindo 170 físicos quânticos. A
segurança quântica é o principal foco de suas pesquisas.
A computação quântica já progrediu o suficiente para que as
empresas comecem a elaborar estratégias para o "Dia Q", o ponto em
que os computadores quânticos poderão quebrar a criptografia clássica, de
acordo com Pflitsch. Isso significa adotar os chamados algoritmos "seguros
para quânticos", que não podem ser hackeados por outras tecnologias
quânticas, pois utilizam problemas difíceis de resolver mesmo para computadores
quânticos.
Em agosto, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia
(NIST), uma agência do Departamento de Comércio dos EUA, publicou três novos
algoritmos para criptografia pós-quântica.
Reiniciando a Criptografia
Algumas empresas já estão avançando. A IBM criou uma pilha
de tecnologia quântica segura para seus mainframes z16 mais recentes, que
armazenam grande parte dos dados transacionais do mundo, usando dois dos
algoritmos seguros para quânticos do NIST. Esses dois algoritmos, que a IBM
afirma ter desenvolvido, estão integrados em APIs que podem ser usadas para
modernizar aplicativos empresariais existentes ou construir novos.
Mas, para muitas empresas e indivíduos, os algoritmos
seguros para quânticos serão incorporados nos serviços que utilizam, assim como
a criptografia está incorporada em muitos softwares e serviços hoje. Para eles,
a segurança quântica pode ser menos uma despesa financeira e mais uma questão
de garantir que os serviços utilizados empreguem as melhores salvaguardas
disponíveis.
A plataforma de mensagens Signal, em setembro do ano
passado, disse que atualizou para o protocolo PQXDH, projetado para
proteger contra um futuro computador quântico poderoso o suficiente para
quebrar a criptografia atual.
E a Apple, em fevereiro, anunciou que estava
introduzindo o PQ3, um protocolo criptográfico "pós-quântico" com
a capacidade de restaurar a segurança criptográfica de uma conversa, mesmo que
uma chave seja comprometida.
“Em outras palavras, esses ataques não podem ser realizados
em um cenário de 'Colha Agora, Decripte Depois'”, afirmou a Apple.
O texto pode parecer complicado para leigos, mas a conclusão
é clara: os hackers podem estar "colecionando" dados criptografados
para serem desvendados quando os computadores quânticos estiverem mais
avançados. Algo parecido com o que os colecionadores de selos faziam na minha
época, acreditando que seriam valiosos no futuro.
Se nada for feito, essa possibilidade pode congelar a troca
de informações, pois, a cada mensagem enviada, alguém pode interceptá-la e
entrar no seu sistema. Naturalmente, como isso é impensável, novas formas de
transmissão devem ser desenvolvidas para evitar essa paralisia. Espero que os
hackers, que estão colecionando dados criptografados, tenham o mesmo destino
dos colecionadores de selos: sem valor!
Recentemente, foram divulgados os dados de inflação pelo
CPI, que vieram um pouco acima do esperado. O índice cheio ficou em 2,4% a.a.,
enquanto a expectativa era de 2,3% a.a. O núcleo, que exclui alimentos e
combustíveis, subiu 3,3% a.a., contra o esperado de 3,2% a.a. Não é um
resultado desastroso, mas também não é o que o Fed gostaria.
Esses dois resultados, após a reunião do Fed, podem ter o seguinte impacto: um arrependimento pela redução de 50 pontos e um questionamento sobre o que fazer na reunião de novembro. Ed Yardeni acredita que não haverá mais reduções este ano, não tanto pela inflação, que ele vê em trajetória descendente, mas porque a economia está indo muito bem e não precisa de estímulos adicionais. A seu favor, a projeção do PIB no 3º trimestre pelo GDPNow é de 3,2%.
No post trader-entende-de-tudo fiz os seguintes comentários sobre o ouro: "Nessa nova opção onde a **onda 5 verde** é 'normal', surgem dois pontos como possíveis objetivos para o ouro: U$ 2.712 / U$ 2.765."
O metal recuou um pouco desde essa última postagem. Segundo minha contagem, uma última alta pode levar o ouro ao nível entre U$ 2.712 / U$ 2.765. É possível que essa alta não ocorra, ou que seja menor do que o esperado, sendo uma **onda V laranja** de uma onda 5 azul**. O que fazer? Esteja preparado para uma quedinha até U$ 2.553, possível término da **onda (IV) laranja**, antes de subir ao nível acima. O que não pode acontecer é essa queda se estender e violar U$ 2.477.
O S&P500 fechou 5.780, com queda de 0,21%; o USDBRL a R$ 5,5845, com queda de 0,17%; o EURUSD a € 1,0936, sem alteração; e o ouro a U$ 2.629, com alta de 0,82%.
Fique ligado!
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