Postagens

Senta que o Leão é Bravo

Imagem
Na guerra comercial entre EUA e China não tem Leão manso, mas como está em jogo diversos interesses conflitantes as vezes é necessário ficar frio. Como comentei recentemente, os ventos se voltaram contra Trump, que além agora em curso processo de impeachment, não pode correr o risco de chacoalhar a bolsa de valores. O tempo é contra ele. Já do lado Chinês, seu Presidente, Xi Jinping está fazendo suas projeções para escolher qual dos candidatos a eleição americana, é o da sua preferência, não deve ser fácil esse julgamento, pois tanto os Republicanos como os Democratas, não têm temas favoráveis a aquele país. Pode até ser que, preferem o Trump, mas mesmo se for, o fará sofrer no curto prazo. Além disso, 2020 é um ano importante do ponto de vista político na China, sendo assim, Xi também quer guardar um pouco de gordura para o próximo ano. A denominada “fase 1” dessa negociação parece ter dado uma desacelerada. O tom positivo dos vazamentos e das queixas relacionadas ao

Decisão sob outra ótica

Imagem
Estamos presenciando as bolsas de valores atingir novos recordes todos os dias. Na verdade, quando digo as bolsas, deve ser entendido a americana e a brasileira, as de outros países ainda não ultrapassaram esse nível. Nessas situações, o fator psicológico atua de forma importante. A sensação é que chegamos tarde e basta comprar para começar a cair, afinal, se o preço é o máximo, só poderá cair! Os investidores mais corajosos ultrapassam essa barreira e vão em frente. Aí surge outro sentimento que é a da ganância aonde o céu é o limite. Ambos não são saudáveis. Como então proceder? A recomendação que posso dar é usar uma das duas técnicas mais conhecidas para avaliar ações: Fundamentalista e Técnica. Vocês que acompanham de longa data o Mosca conhecem minha preferência pela análise técnica, e esse momento atual, pode ser útil em termos didáticos, para entender suas diferenças. Vou começar pela fundamentalista. Eu participo semanalmente do Comitê de Investimento da Rose

Os sem posse

Imagem
Nos EUA se tem noticiado que, a geração dos Milennials não compra praticamente nada, quando quer algum bem de consumo aluga. Eu não tinha ideia da dimensão dessa disposição até me deparar com o estudo elaborado pela Visual Capitalist. Embora no Brasil ainda não é tão difundido, essa tendência começa a aparecer. A geração millennial não apenas exige a conveniência de fazer compras instantâneas, como agora pode alugar quase o que quiser, a qualquer hora e em qualquer lugar. Visualizando o crescimento da economia de aluguel O infográfico a seguir analisa mais profundamente a economia de aluguel de bens de consumo e o possível impacto a longo prazo dessa mudança no comportamento do comprador. Embora o mercado atual de aluguel ainda esteja em seus estágios iniciais, o grande momento que a indústria ganhou no ano passado é suficiente para ameaçar até os maiores varejistas - forçando-os a reconsiderar seus próprios modelos de negócios. Os dados acima são da empr

Melhor não entender de contabilidade

Imagem
Se a Europa está tentando se manter no jogo do crescimento através de empates, o EUA ganhando de 1 a 0 com golzinho no final da partida, e as goleadas da China parecem coisa do passado, de onde pode surgir o crescimento que o mundo tanto precisa? Um relatório elaborado pela Gavekal aponta para os países emergentes ex-China. Suas razões podem ser resumidas em alguns itens: Um cenário político global em mudança : Algumas semanas atrás, Donald Trump indicou que estava disposto a declarar "vitória" em sua guerra comercail com a China e seguir em frente. Pouco tempo depois, a União Europeia e o primeiro ministro britânico conseguiu concordar com um acordo do Brexit que fazia sentido para ambas as partes. Estes eventos removeram dois grandes riscos políticos do sistema global e, portanto, agora são negativos tanto para os bonds americanos quanto para o dólar. Alem disso, reduz os custos de financiamento e aumenta o apetite pelo risco. Um dólar americano fraco é geralm

A mais valiosa opção de venda

Imagem
Hoje é dia de Halloween comemoração tradicional americana que se incorporou aos costumes brasileiros. O conceito por traz da celebração é que os portões do céu se abrem a meia-noite, permitindo que as almas dos que já foram retornem para se reunir com suas famílias. Os enfeites são macabros: teias de aranha, zumbis, vampiros, múmias, tumbas e abóboras. Resumindo, hoje é o dia das Bruxas! Ontem o Fed entregou o que o mercado gostaria, reduziu a taxa de juros, e se colocou numa posição neutra para o futuro, além de deixar implícito que não existe recessão nos EUA, ao contrário, a economia está bem. As bolsas em consequência, atingiram máxima histórica naquele país. Os resultados do 3º trimestre das empresas que são publicados nesse período, estão superando as expectativas. Embora os lucros estejam a caminho de declinar pelo terceiro trimestre consecutivo, cerca de 75% das 280 empresas do S&P 500 que divulgaram resultados até quarta-feira de manhã superaram as expectativ

Qual o argumento!

Imagem
Pela manhã foi publicado os dados do PIB americano, crescendo a uma taxa anualizada de 1,9% a.a., no 3º trimestre. Este resultado ficou acima da expectativa dos analistas. O interessante é que o Presidente Trump, alguns minutos antes da publicação, tuitou “ The Greatest Economy in American History”. Essa sua insinuação poderia levar a uma especulação que tinha o resultado antes da publicação, e isso não seria impossível, embora seja pouco provável. A alta do PIB real no terceiro trimestre refletiu aumentos nos gastos do consumidor, gastos do governo, investimentos em moradias e exportações, enquanto o investimento das empresas e os estoques diminuíram. As importações aumentaram, embora o comércio líquido tenha subtraído o PIB pelo segundo trimestre consecutivo. O aumento nos gastos do consumidor refletiu aumentos nos bens (principalmente bens e veículos recreativos, alimentos e bebidas) e nos serviços (liderados por serviços de saúde, habitação e serviços públicos). No

Quem tira mais!

Imagem
Há menos de 12 meses, quando preparava as previsões para 2019, fui a busca de um tema. Naquele momento o Fed ainda estava com expectativa de novas altas nos juros, embora o mercado já apontava que o ciclo de alta tinha terminado. Os economistas de diversos bancos tinham previsões ainda de alta. Essa foi a razão da escolha do tema “Quem dá menos” no post a-ilusão-das-previsões : ... “se alguém pudesse antever qual será a taxa de juros no final de 2019, eu poderia traçar um possível cenário econômico compatível. Como isso não é possível, vamos observar “quem dá menos”, se o mercado, o Fed ou os economistas” ... Novamente o mercado estava mais certo que os outros participantes, todo mundo deu muito menos, se pudesse, o tema que espelharia melhor esse ano seria “Quem tira mais”! Amanhã existem dois eventos de muita importância em termos de política monetária. Tanto o Fed como o BCB farão o anuncio da taxa de juros, onde ambos devem reduzir. Vou começar pelo Brasil. Se os EUA