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Love is in the air

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  Com todas as más notícias que 2020 reservou ao planeta, alguns países se encontram em situações melhores e outros piores. A Europa como um todo já tinha diversos problemas antes da covid-19, com ela nem se fala. Christine Lagarde, a recém empossada presidente do ECB, resolveu sugerir uma cartada arriscada, ao propor diversas linhas de crédito e compra de títulos de países que estão em situação delicada, e pavimentou a emissão do Euro Bond com garantia supra nacional. Não bastasse tudo isso, ainda resta o processo de saída da Grã Bretanha do euro, o que não é bom para ninguém. Se tem algo conhecido entre os europeus é que tanto os franceses como os ingleses detestam os alemães. Isso já vem de longa data e foi mais acerbado com as guerras que ocorreram no passado, um desse trio está fora agora. O presidente Macron, negociador astuto, percebeu que firmando um compromisso de cooperação coma Alemanha só teria a ganhar, e para a Alemanha, ficar sozinha agora não seria recomendável. Sen

Da prática para a teoria

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  Vocês devem achar que eu me enganei no título, afinal a idade é implacável para todos. Mas não é o caso. Muitos acadêmicos alertam para os riscos de inflação quando os governos efetuam maciças injeções de liquidez. Porém, não tem ocorrido. Um artigo da Bloomberg chama a atenção para esse fato. A pandemia de coronavírus elevou os gastos deficitários a novas alturas. A dívida federal em poder do público deve atingir 100% do produto interno bruto neste ano, efetivamente retornando aos níveis da Segunda Guerra Mundial: O Federal Reserve, entretanto, também tomou medidas sem precedentes, aumentando seus ativos totais de cerca de US $ 4 trilhões no início da pandemia para cerca de US $ 7 trilhões agora:   A grande questão é quando, se isso acontecer, essa ação agressiva do governo começará a gerar consequências negativas, como a inflação acelerada. Os macroeconomistas deveriam investigar esta questão vigorosamente. Mas, até agora, o interesse pela questão parece estranhamente silen

Menos Mal

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O anúncio relativo ao mercado de trabalho americano foi melhor que o esperado.  Os empregadores acrescentaram 1,8 milhão de empregos em julho e a taxa de desemprego caiu para 10,2%, recuperando até agora menos da metade dos empregos perdidos devido à pandemia de coronavírus. O crescimento do emprego em julho seguiu o ganho combinado da folha de pagamento de 7,5 milhões em maio e junho, pois muitos estados levantaram restrições de bloqueio às empresas. Atualmente, existem 13 milhões a menos de empregos do que em fevereiro, um mês antes do coronavírus atingir a economia dos EUA. A taxa de desemprego do mês passado mostrou que os americanos estavam voltando ao trabalho. O Departamento do Trabalho disse que os ganhos de emprego ocorreram em hospitalidade, governo, varejo, serviços empresariais e cuidados de saúde. Ainda assim, o desemprego permanece historicamente alto. Antes do coronavírus levar os EUA a uma profunda recessão este ano, a taxa de desemprego pairava em torno d

Destruição Ilógica

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O post de hoje tem uma certa continuidade com as informações contidas no post de ontem Destruição Criativa , razão do título de hoje. Inicialmente vou acrescentar alguns dados publicados que reforçam a hipótese levantada pelo Mosca, de um período de Destruição Criativa, conforme a teoria do economista, Joseph Schumpeter. A seguir condensei em apenas um gráfico os ISM de serviços dos EUA, Europa e Grã Bretanha. O detalhe não interessa muito, mas observando o setor de serviços, onde estão as empresas de tecnologia, não parece que estamos numa recessão. Amanhã será publicado a taxa de desemprego dos EUA, e como de costume, na ante véspera se publica os dados do ADP usado como proxy do dado oficial. Como se pode observar no gráfico a seguir, está muito longe de indicar uma recuperação de emprego aos níveis anteriores. Vejam a seguir um trecho do comentário sobre empregos do site Zero Hedge: “Quando milhões de americanos estavam perdendo seus empregos no início dessa pandemia, fomos informa

Destruição Criativa

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O economista austríaco, Joseph Schumpeter, definiu um conceito denominado de Destruição Criativa, versando sobre as transformações que ocorrem no Capitalismo, que segundo ele, jamais seria estático e está em constante evolução. O fenômeno da Destruição Criativa ocorre quando empreendedores criam produtos ou novas formas de produzir que florescem causando mudanças na economia. A Destruição Criativa tem dois lados. Se por um lado, há inovação e mais opções para as pessoas consumirem e empreenderem, por outro lado, os indivíduos ou instituições que trabalhavam em determinada área antes da inovação podem ficar temporariamente fora do mercado, nunca voltarem a se integrarem a ele ou nunca mais desfrutarem da prosperidade que tinham antes. Schumpeter demonstrou com sua teoria que a dor e o ganho do Capitalismo estão intrinsecamente ligados, pois o processo de estabelecimento de novas indústrias varre a ordem que existia antes. Feita essa breve introdução vou dar uma outra visão na pseudo

Você tem interesse em juros de 1.000%?

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- David, antes de você começar já me coloca na fila, afinal, num mundo de juros 0% quem não quer ganhar essa taxa com indicação do Mosca! Hahaha ... mandei bem no marketing! Agora você não espera obter essa taxa sem risco, não é? Pela manhã, em conversa com um colega, reclamou estar recebendo uma serie resgates antes do vencimento, de bonds internacionais, gerando liquidez num momento como o atual, com poucas alternativas para investir. Eu sugeri que comprasse alguns títulos da Argentina, pois chegaram a um acordo de renegociação da sua dívida. Os títulos antigos serão substituídos por outros com vencimentos a partir de 2030, de tal forma que, vai gerar um prejuízo de quase metade do valor original. Garanto que eles não chamarão antes do prazo, mas, a dúvida e se pagarão no prazo! - David, chega de enrolar, qual a pegadinha? Não tem pegadinha, a história se repete. A lira turca está sofrendo muita pressão por parte dos estrangeiros que buscam retirar seus recursos desse país, e

Esse será o novo normal?

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Nesse tempo de pandemia fomos orientados a ficar em nossas casas para evitar o pior. Passados 4 meses, os negócios começam a se normalizar aqui no mundo. Porém, se observa que várias empresas aprovaram que suas tarefas, poderiam ser feitas a distância de uma forma mais definitiva. Sendo assim, pretendem implantar essa política de forma mais definitiva. As empresas de tecnologia - onde o trabalho é feito quase todo digitalmente - sinalizaram que o setor está enfatizando os escritórios sofisticados e ficando remoto. Metade dos 45.000 funcionários do Facebook poderá trabalhar remotamente nos próximos cinco a 10 anos, segundo o CEO Mark Zuckerberg. O trabalho remoto pode durar para sempre para muitos no Twitter. Square, Shopify, Box, Slack, uma vez que, estão todos planejando políticas permanentes de trabalho em casa. Se esse movimento ganha velocidade, o hábito de uma pandemia pode transformar radicalmente a geografia do trabalho tecnológico. No entanto, existem obstáculos significati