A bola está no pé da Yellen
Antes de comentar os dados de emprego, vou opinar sobre o jogo de ontem da seleção brasileira. Até agora, era de se estranhar
um time formado por jogadores que, na sua maioria, jogam em equipes
internacionais de renome, obitinha uma performance ruim. O técnico Tite
substitui recentemente Dunga e na sua primeira apresentação, quase sem tempo de
treinar o time, mudou bastante o estilo de jogo. Já se pode observar um
time mais rápido e eficiente.
Ganhar do Equador em seu campo, mesmo não sendo um país com tradição, não
é fácil, faz mais de 30 anos que isso não acontecia. Com um
talento agora inquestionável de Gabriel Jesus, ganhamos com uma certa
tranquilidade. Para quem assistiu o jogo, pôde perceber que nosso técnico foi cumprimentar
um a um todos os jogadores, novo estilo. Coincidência ou não, além da troca de
Presidente, parece que a de técnico também está dando certo. Vamos Brasil!
Nos EUA foram criadas 151 mil novas vagas, um resultado bem
inferior ao mês anterior e abaixo das expectativas do mercado que eram de 180
mil. A taxa de desemprego se manteve estável em 4,9%, e os salários aumentaram
somente 0,1%, trazendo a taxa anual de 2,7% a.a. para 2,4% a.a.
Outro parâmetro muito observado, é o participation rate que nesse relatório se manteve estável em 62,8%.
O mercado pode ser levado a acreditar que o FED vai empurrar
para dezembro o aumento dos juros, e foi dessa maneira que reagiu logo após o anúncio,
porém lentamente o dólar foi readquirindo força. Também essa ida e vinda não
foi de maior magnitude, apenas citei para mostrar a divergência de movimentos.
Até à próxima reunião do FED não serão publicados outros
dados que mereçam algum destaque, assim as cartas estão na mesa. Na minha
humilde opinião, acredito que o FED irá subir os juros agora em setembro e
indicará que novas altas, só com a confirmação de que a inflação caminha para a
meta almejada bem como o emprego. Talvez essa minha visão não seja a do mercado,
que pensa o contrário, não sobe agora, somente em dezembro. Esses próximos dias
prometem oscilações em função dessa dúvida que deve pairar.
A bola está no pé da
Yellen, e eu acredito que é hora de chutar no gol!
No post dólares-embaixo-do-colchão, fiz vários comentários sobre
o Bovespa que merecem ser observados, a título de exemplo como funciona análise
técnica. Incialmente comentei sobre o gráfico de longo prazo: ...” esse é um caso
interessante onde é importante analisar o gráfico de longo prazo, mas também o
de prazo mais curto. No de longo prazo houve o rompimento da linha, o que
poderia indicar que o movimento de alta iria continuar” ...
...” mas no de prazo mais curto havia uma zona de
confluência, que indicava uma forte resistência a ser superada – em azul claro.
Nesses últimos dias a bolsa sofreu uma pequena reversão, consequência do
exposto acima” ...
Em seguida fiz as seguintes recomendações de trade: ...” os dados de
momentum são fortes, aconselham continuidade da alta, isso indicaria que, o que
estamos assistindo agora, é uma pequena correção, e em seguida o Bovespa
deveria continuar subindo. Calculo que esse nível seria entre 56.000/55.500,
vale uma compra com stop a 53.000. Se o stop for executado, a correção deverá
ser mais extensa e demorada. Neste caso vamos ficar observando”...
Até esse momento eu estava esperando uma correção mais
demorada, em função dos fatores acima, porém também aventei outra hipótese, caso
isso não acontecesse: ...” Vou complicar a vida de vocês, pois existe ainda outra
possibilidade, a de uma alta sem que o nível acima – 56.000/55.500 - seja
atingido, nesse caso a compra deveria ser feita a 60.000, com stoploss a
57.000, desde que, o índice feche acima desse nível” ... O gráfico a seguir
apresenta em maiores detalhes os últimos dias de negociação.
O Bovespa se encontra agora mais próximo do nível acima, e
quero que considerem esse trade, caso aconteça o rompimento. É desta forma
pragmática que um analista técnico deve proceder, se o mercado não segue aquilo
que você estava imaginando como o mais provável, use a informação do mercado
para rever suas hipóteses, principalmente quando está no sentido que era
projetado. Evite ficar “envergonhado” em assumir que não aconteceu do jeito que
você queria. O compromisso é com o bolso e não com a opinião!
O SP500 fechou a 2.179, com alat de 0,42%; o USDBRL a R$ 3,2527, com queda de 0,16%; o EURUSD a 1,1155, com queda de 0,37%; e o ouro a US$ 1.325, com alat de 0,89%.
Fique ligado!
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