As empresas Faz de Conta #nasdaq100 #NVDA #EURUSD #S&P500

 


Na madrugada de 13 de junho de 2025, Israel lançou uma ofensiva contra o programa nuclear e a cúpula militar do Irã, conforme reportado pelo *Wall Street Journal*. A operação, com múltiplas ondas de ataques aéreos, atingiu a instalação de enriquecimento de urânio em Natanz, matou líderes como Hossein Salami, do Corpo de Guardas Revolucionários, e visou cientistas e alvos balísticos. Netanyahu classificou o ataque como um golpe ao “coração” nuclear iraniano, enquanto Israel entrou em estado de emergência, antecipando retaliações.

O Irã prometeu responder, acusando os EUA de apoio — negado por Marco Rubio. A ação, que interrompeu esforços diplomáticos, pode atrasar o programa nuclear iraniano em um ano, mas a dispersão de instalações e possíveis contra-ataques elevam o risco de escalada. Trump defendeu uma solução diplomática, condicionada ao abandono nuclear do Irã, um cenário improvável.

O Mosca percebeu outro fenômeno intrigante: as “empresas faz de conta” da China, uma resposta peculiar às pressões econômicas globais. Conforme a Bloomberg, a guerra tarifária, intensificada por Trump, reduziu exportações chinesas aos EUA, ameaçando milhões de empregos no setor manufatureiro, que representa 20% da força de trabalho. Diferentemente de economias ocidentais, onde tarifas levariam a falências, a China mantém fábricas operando sem demanda, evitando desemprego e protestos — um risco que o Partido Comunista, sensível desde as manifestações contra a política Covid Zero em 2022, não tolera.




Essa estratégia cria um paradoxo. A Shaanxi Qinyang Changsheng Brewing Co., sem lucro desde 2020, opera com subsídios, empregando trabalhadores em tarefas obsoletas, como colar rótulos em garrafas de baijiu. Em Shanxi, a Dayun Automobile, após fracassar na transição para veículos elétricos, cortou metade de seus funcionários, mas segue produzindo com apoio estatal, em um mercado com 140 marcas de veículos elétricos, onde menos de 20 serão lucrativas até 2030. Não consigo entender como isso pode funcionar, uma companhia que trabalhava normalmente vira do dia para a noite uma empresa faz de conta. A resistência a falências, reforçada por tribunais que evitam casos sensíveis, perpetua ineficiências, prejudica empresas saudáveis e alimenta a deflação.




Interessante notar, no entanto, uma tendência apontada pelo *Wall Street Journal* de a China buscar reduzir sua dependência histórica das exportações, um pilar de sua economia por décadas. Essa mudança reflete um esforço de longo prazo para fortalecer o consumo interno, alinhando-se a uma visão estratégica de reequilíbrio econômico. O gráfico a seguir, extraído de dados do BofA Global Investment Strategy e do World Bank, ilustra essa transição: enquanto as exportações como percentual do PIB caíram de um pico de cerca de 35% na década de 2000 para aproximadamente 20% em anos recentes, o consumo doméstico subiu gradualmente, alcançando cerca de 40% do PIB em 2025. Essa inversão, embora lenta e irregular, sinaliza uma tentativa de mitigar os impactos de tarifas e sanções, embora ainda dependa de políticas estatais para sustentar o ajuste.




Na esfera tecnológica, o *Wall Street Journal* revela como a China contorna restrições americanas a chips avançados, como os da Nvidia, cruciais para IA. Engenheiros transportam maletas com 80 terabytes de dados para data centers na Malásia, alugando servidores com esses chips via subsidiárias em Cingapura e entidades locais, despistando auditorias. Apesar de alertas da administração Trump para bloquear o uso de chips americanos em modelos de IA chineses, a prática persiste, evidenciando a determinação chinesa na corrida tecnológica.

As “empresas faz de conta” e as manobras tecnológicas refletem a estratégia chinesa de preservar estabilidade a qualquer custo. Em Shanxi, a Dayun ilustra o problema: mesmo após reestruturação judicial por dívidas, segue operando com apoio estatal, pois sua falência é “inconcebível” para autoridades locais. A Bloomberg cita o caso de Yuncheng, onde a Dayun vendia um terço de seus caminhões a uma empresa estatal, recebendo subsídios e isenções fiscais. Essa dependência de intervenção estatal, comum em regiões como Shanxi, onde 40% das indústrias operam no vermelho, contrasta com a reforma dos anos 1990, quando Zhu Rongji fechou empresas ineficientes para impulsionar o crescimento.

A China enfrenta um dilema: evitar desemprego sem precedentes ou reformar indústrias superlotadas, como as de energia solar e baterias, que enfrentam tarifas globais por dumping. Xi Jinping reconhece a “competição por involução”, mas a inércia burocrática, onde governadores priorizam crescimento e estabilidade, dificulta mudanças. David Li Daokui sugere cotas de produção para forçar a saída de empresas, mas a prioridade à ordem social prevalece. Xiao Yuxiang, da Shaanxi Qinyang, propõe licenças baseadas em empregos e impostos, mas lamenta a falta de ação estatal.




O Mosca enxerga a China como um enigma econômico, onde fábricas fantasmas e maletas de dados desafiam a lógica capitalista, enquanto busca reequilibrar sua economia com menos ênfase nas exportações. Enquanto o ataque de Israel ao Irã domina as manchetes, a China joga um jogo silencioso, sustentando ilusões de vitalidade econômica e tecnológica. Mas até quando esse modelo resistirá às pressões internas e externas? Em um mundo de tarifas, sanções e conflitos, a resposta definirá o futuro da potência asiática.

 

Análise Técnica

No post "deepsick”, fiz os seguintes comentários sobre o Nasdaq 100: “Não há muito a acrescentar enquanto o nível de 22.175 (ATH) não for superado. Esse patamar, embora não seja obrigatório, oferece maior conforto para o movimento de alta. Em outras palavras, a onda (iii) azul pode estar concluída, mas é provável uma pequena alta adicional, testando o ATH. Posteriormente, espera-se a onda (iv) azul, seguida pela onda (v) azul, que pode levar o Nasdaq 100 a 24.454.” 




O Nasdaq 100 pode ter concluído a onda (3) azul e estaria a caminho de uma correção da onda (4) azul cujo objetivo seria entre 20.928 (-3,3%) e 20.245 (-6,3%)). Assim como comentado abaixo sobre a Nvidia, fica-se em dúvida se a onda (3) azul já terminou. 




Em relação à Nvidia, meus comentários foram: “Embora seu monopólio não seja eterno, sua competência no lançamento de produtos a coloca, segundo especialistas, com pelo menos cinco anos de vantagem, sustentando margens estratosféricas. Tecnicamente, o próximo objetivo está entre US$ 148,83 e US$ 156,53, completando a onda iii azul.” 




O impacto do ataque de Israel ao Irã, por enquanto, teve um efeito limitado na Nvidia. Existem duas possibilidades: ou a onda (iv) vermelha não terminou e a ‘Queridinha’ poderia revisitar o nível de ~ US$ 132, ou a onda (v) vermelha está em curso, com dois objetivos — entre US$ 147 e US$ 148,80, ou um pouco mais acima, a US$ 156,53. 




Como o leitor pode notar, o ataque de Israel introduziu uma incerteza nos mercados acionários, o que é totalmente justificável devido aos riscos potenciais à frente. Hoje é sexta-feira 13, e garanto que os traders levam essa superstição em consideração, além de um fim de semana que pode trazer muitos acontecimentos. 




Quem diria, o ouro sobe mais que o bitcoin este ano, mesmo com todo o impulso dado pelo presidente Trump às criptomoedas — um conflito de interesse explícito, dado o lançamento da sua própria criptomoeda. Hoje, que deveria ser um dia de refúgio — afinal, é isso que vendem os adeptos —, o ouro sobe e o bitcoin cai. 

Em função de todas essas e outras evidências, para que servem, afinal, as criptomoedas?

Não me recordo de nenhum momento em que tive quatro trades em aberto, como é o caso agora. Fiquei pensando que, neste ano, estou adotando uma postura mais arrojada nas sugestões, o que implica uma abordagem flexível, com atitudes mais rápidas em eventuais fechamentos de posições — ou seja, se não performou conforme o esperado, tchau! A contrapartida é a possibilidade de liquidar e ver o mercado subir na minha cara, algo que comentei várias vezes.

Diante disso, e considerando a incerteza no curto prazo, decidi liquidar a posição no S&P 500, mesmo sem estar totalmente convencido de que deveria, e no euro, que esperava mais hoje, mantendo o dólar e o ouro. Aproveitei para ajustar o stop loss do ouro para US$ 3.300 e do dólar marginalmente para R$ 5,59. E não me venha com a frase de que "lucro nunca deu prejuízo", pois rebato que, sem posição, não há lucro!




O S&P500 fechou a 5.976, com queda de 1,13%; o USDBRL a R$ 5,5413, sem variação; o EURUSD a € 1,1541, com queda de 0,36%; e o ouro a U$ 3.432, com alta de 1,44%.

Fique ligado!

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