DeepSick #nasdaq100 #NVDA

 


O título "DeepSick" é uma provocação deliberada, como o Mosca apontou em seu post recente, refletindo os perigos de uma corrida desenfreada pela inteligência artificial (IA). O DeepSeek, modelo chinês que ganhou tração com sua acessibilidade, agora enfrenta suspeitas de uso de dados da concorrente OpenAI, conforme a Bloomberg, embora sem provas concretas. Mais preocupante são suas falhas em aplicações médicas, que expõem os riscos de uma adoção precipitada. Enquanto isso, gigantes tecnológicos, os hyperscales, investem bilhões em chips da Nvidia, ignorando alertas e abraçando a máxima “o barato sai caro”. Este artigo analisa essa frenética corrida tecnológica, os custos de um progresso desregulado e as tensões globais que a acompanham, com um olhar crítico sobre o entusiasmo e suas consequências.

Na China, epicentro dessa narrativa, o entusiasmo pela IA é inegável. O país lidera globalmente na percepção positiva da tecnologia, segundo Catherine Thorbecke na Bloomberg. O DeepSeek, com seu modelo de raciocínio R1, foi amplamente adotado, especialmente em hospitais, onde centenas de instituições o implementaram. Porém, pesquisadores da Universidade de Tsinghua, em um artigo no JAMA, criticam a velocidade dessa adoção. Eles alertam que a pressão das redes sociais força hospitais a usarem IA para não parecerem ultrapassados, enquanto pacientes chegam com tratamentos sugeridos pelo DeepSeek, desafiando médicos. A tecnologia avança “rápido demais, cedo demais”, dizem, e os erros já mostram o custo humano dessa pressa.

Essa urgência não é exclusividade chinesa. Nos EUA, a OpenAI enfrenta turbulências, conforme o Wall Street Journal. A empresa identificou usos indevidos do ChatGPT originados na China, incluindo operações de influência e ameaças cibernéticas. Um caso envolveu um usuário supostamente ligado ao departamento de propaganda chinês, que usou os modelos para gerar postagens em redes sociais, levando ao banimento de contas. Sem provas independentes, o episódio sublinha a fragilidade da IA em um contexto geopolítico volátil. A OpenAI, apoiada pela Microsoft, intensifica medidas contra fraudes, mas controlar o uso malicioso de uma tecnologia tão potente é um desafio monumental.

O Mosca observa que a narrativa de uma IA salvadora começa a ser questionada. Um estudo da Universidade de Tsinghua, citado por Thorbecke, desafia a aura revolucionária do DeepSeek R1, sugerindo que seus métodos de treinamento não superam as limitações dos modelos base. Essa análise, vinda de uma instituição central no ecossistema de IA chinês, abala as promessas de um salto para a Inteligência Artificial Geral (AGI). Zhu Songchun, da Universidade de Pequim, reforça o ceticismo, pedindo mais rigor e menos sensacionalismo, conforme o China Media Project.

Os custos econômicos dessa pressa são evidentes. Apesar dos investimentos massivos, as projeções de lucro das empresas de tecnologia chinesas estão estagnadas, nota Thorbecke. Data centers construídos às pressas para agradar a Pequim frequentemente ficam ociosos, enquanto campanhas de relações públicas tentam mascarar a falta de resultados. Nos EUA, o cenário é parecido. Robert D. Atkinson, no Wall Street Journal, contesta previsões alarmistas, como a de Dario Amodei, da Anthropic, que sugere que metade dos empregos administrativos de nível inicial poderia sumir em cinco anos. Atkinson argumenta que a automação historicamente gera produtividade, preços mais baixos e novos empregos, citando exemplos como a substituição de ascensoristas e colocadores de pinos em salões de boliche de que não levaram a crises de emprego, mas a novas ocupações.




O Mosca enxerga nesse frenesi um alerta: sem freios, a IA pode custar caro. Na medicina, os erros do DeepSeek mostram que a pressa compromete vidas. Na geopolítica, o uso indevido de modelos como o ChatGPT expõe vulnerabilidades cibernéticas. Na economia, o desperdício em projetos mal planejados ameaça a sustentabilidade. As gigantes tecnológicas, obcecadas por chips da Nvidia, parecem esquecer que a inovação exige tempo e responsabilidade. Questionar a euforia da IA, como fazem os pesquisadores de Tsinghua, é um ato de coragem em um mundo que a venera como salvação. Sem contenção, a corrida pela IA pode descarrilar, deixando danos reais. O DeepSeek, aqui renomeado “DeepSick”, simboliza essa encruzilhada: uma tecnologia que promete curar, mas que, sem cuidado, pode adoecer a todos.

Bate-boca de botequim Digital

O embate digital entre Elon Musk e Donald Trump escancara a fragilidade de uma aliança movida por egos inflados e interesses conflitantes. O Mosca já havia alertado: nomear Musk para liderar cortes no governo americano era convidar o caos, dado o conflito de interesses com suas empresas. A queda de 14% nas ações da Tesla, conforme o Wall Street Journal, acirrou a pressão para que Musk dobrasse Trump em favor de benefícios corporativos. Mas Trump, tão narcisista quanto ele, preferiu sua agenda, desprezando o “amigo” que financiou sua campanha.

No cerne da disputa está o projeto de lei tributária, que Musk critica por disparar o déficit em US$ 2,4 trilhões, segundo o Congressional Budget Office. Trump, cego por sua autoproclamada genialidade, chama Musk de vítima de “síndrome de aversão” e ameaça cortar subsídios cruciais para suas empresas. Musk, não menos arrogante, revida no X com insinuações sobre os “arquivos Epstein”, escalando a briga a níveis abjetos. Esse duelo de vaidades, que divide republicanos e enfraquece a credibilidade de ambos, é mais que uma querela pessoal: é a política americana refém de personalidades que se julgam acima do bem comum.

Enquanto Trump se aferra à sua “belo decreto” e Musk flerta com um novo partido político, o Mosca observa que o narcisismo de ambos não apenas amplifica o espetáculo, mas compromete a governança. Curiosamente, um gráfico da Polymarket aponta 42% de chance de que eles ainda troquem abraços antes de julho. O Mosca acredita que eles farão as pazes, sugerindo que a conveniência pode superar o rancor. A base republicana, majoritariamente leal a Trump, vê Musk perder terreno, mas vozes como David Schweikert endossam suas críticas à dívida. O impasse, alimentado por egos indomáveis, promete mais capítulos de um circo que a América não pode ignorar.




Análise Técnica

No post “retorno-zero-esquerda”, comentei sobre o Nasdaq 100: “Enfatizo que o Nasdaq 100 precisa superar o nível de 22.175 (ATH), o que parece o mais provável. Contudo, até que isso ocorra, não quero ver o índice abaixo da faixa entre 20.330 e 19.890”




Não há muito a acrescentar enquanto o nível de 22.175 (ATH) não for superado. Esse patamar, embora não seja mandatório, oferece maior conforto para o movimento de alta. Em outras palavras, a onda (iii) azul pode estar concluída, mas é provável uma pequena alta adicional, testando o ATH. Posteriormente, espera-se a onda (iv) azul, seguida pela onda (v) azul, que pode levar o Nasdaq 100 a 24.454. Nem o recente bate-boca entre Musk e Trump impactou significativamente a bolsa




Sobre a Nvidia, comentei: “A Nvidia aproximou-se do alvo de US$ 148,83. Embora não tenha atingido esse nível, é possível que a onda III (laranja) esteja concluída. Assim como no Nasdaq 100, é crucial que a Nvidia supere sua máxima histórica de US$ 153,03”




A Nvidia segue como líder inconteste no mercado de chips, sem concorrentes à altura. Embora seu monopólio não seja eterno, sua competência no lançamento de produtos a coloca, segundo especialistas, com pelo menos cinco anos de vantagem, sustentando margens estratosféricas. Tecnicamente, o próximo objetivo está entre US$ 148,83 e US$ 156,53, completando a onda iii azul




Minha enteada enviou-me um vídeo com comentários sensacionalistas sobre a solvência da dívida americana e pediu minha opinião. Notei que o vídeo, produzido por um analista de geopolítica com pouco conhecimento financeiro, apenas repetia manchetes da imprensa.




O gráfico acima sustenta minha tese de que a alta dos juros nos títulos longos americanos decorre de três fatores: a frustração do mercado com a expectativa de corte iminente de juros pelo Fed; o aumento na emissão de títulos devido ao crescente déficit americano, que, embora relevante, não é uma crise de curto prazo; e a venda de treasuries por seguradoras japonesas, motivada pela alta de juros no Japão. Como resultado, os investidores continuam comprando treasuries.




O S&P 500 fechou a 6.000, com alta de 1,03%; o USDBRL a R$ 5,5602, com queda de 0,51%; o EURUSD a 1,1396, com queda de 0,42%; e o ouro a U$ 3.310, com queda de 1,26%.

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