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Quando a principal falha

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As grandes equipes de futebol têm um jogador que se destaca e normalmente se trata de um atacante. Atualmente poderia citar o Messi na seleção argentina e o Neymar na brasileira. Inconscientemente, se o jogo está difícil, os jogadores tendem a canalizar as jogadas nesses craques, afinal, raciocinam que eles podem dar um outro rumo a partida. É dessa forma que a economia Alemã é encarada pela Europa. Os ventos contrários resultantes atingiram a Alemanha de maneira mais forte, pois as exportações representam 47% do PIB; além disso, há agora sinais de um transbordamento para os serviços. Como a Alemanha tem uma cadeia de fornecimento a nível continental e representa 29% do PIB da zona euro, deslizar para a recessão afetaria duramente outras economias da Europa ocidental. Os pedidos de fábrica alemães subiram 2,5% em junho, mas retirados os itens excepcionais a variação mensal cairia para uma média -0,4%. Adicionando ao cenário sombrio, o PMI industrial da semana passada caiu

Sem limites da lógica

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O tema do Mosca para 2019 não podia ser melhor, “ Quem dá menos” ganhou durante o ano, proporções impensadas naquele momento, transcendendo o mercado americano se tornando global. Sem falar da Europa e Japão, que já estão muito adiantados neste tema, dando literalmente menos juros, outros bancos centrais ao redor do mundo se juntaram a essa nova moda. Ontem foi a vez da Índia e da Tailândia cortar os juros. Além de dos cortes realizados recentemente pelo banco central da Austrália e Nova Zelândia, sendo que, esse primeiro, o mercado espera novas quedas ainda em 2019, como se pode verificar nos gráficos a seguir. Todo esse movimento observado no exterior me leva a seguinte dúvida: Até aonde pode cair os juros no Brasil? Hoje foi publicado o IPCA de julho em 0,19% ficando abaixo da expectativa do mercado (0,25%). Em 12 meses o índice recou para 3,22%, abaixo do limite inferior fixado pelo banco central. Ainda tem um detalhe, não fosse a energia elétrica que contrib

Armadilhas nas decisões

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Um trabalho publicado pela Harvard Business Review, aborda os principais motivos que nos levam a tomar decisões erradas. Esse assunto é de extrema importância no mundo dos investimentos pois as vezes, levados por algum momento muito favorável ou desfavorável, somos levados a decisões que podem afetar nosso patrimônio. Embora esse artigo seja focado ao ambiente de trabalho se aplica a área financeira. A pesquisa mostrou que a pessoa típica toma cerca de 2.000 decisões a cada hora. A maioria das decisões é de assuntos menores e nós as fazemos instintiva ou automaticamente - o que vestir para trabalhar de manhã, seja para almoçar agora ou em dez minutos, etc..   Mas muitas das decisões nós fazemos ao longo do dia depois de um pensamento real e pode ter sérias consequências. Consistentemente tomar boas decisões é, sem dúvida, o hábito mais importante que podemos desenvolver, especialmente no trabalho. Nossas escolhas afetam nossa saúde, nossa segurança, nossos relacionamentos, co

Fantasmas do passado

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O embate entre o EUA e a China continuou na noite de ontem, depois de um dia com quedas nas bolsas e alta do dólar, principalmente frente as moedas emergentes, aonde se inclui o real. Ontem, após o fechamento do mercado, o tesouro americano, entenda-se Donald Trump, rotulou a China de manipuladora de moeda. O presidente Trump, que como candidato repetidamente ameaçou designar a China como um manipulador de moeda, considerou a desvalorização como um tiro deliberado nos EUA. “A China sempre usou a manipulação cambial para roubar nossos negócios e fábricas, afetar nossos empregos, deprimir os salários de nossos trabalhadores e prejudicar os preços dos nossos agricultores ”, escreveu Trump em um tweet na segunda-feira. "Não mais!" O Tesouro utiliza três critérios para aplicar essa designação: intervir ativamente em seus mercados de câmbio, ter grandes superávits comerciais com os EUA e ter grandes superávits em conta corrente. Na Ásia, os mercados continuaram se

Lei de Newton

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Todo mundo conhece a terceira Lei de Newton “ a toda ação corresponde uma reação contrária de igual intensidade”. Depois da atitude do presidente Trump, impondo novas tarifas aos produtos chineses, o governo desse último país resolveu tomar mediadas, que não são surpresa: “pediu” para que as empresas do governo diminuíssem a importação de soja dos EUA; e deixou sua moeda, o Yuan, escorregar abaixo do nível de 7,00, que do ponto de vista técnico, é bem perigoso. O receber essa informação, o presidente Trump foi direto ao seu Twitter e aproveitou para tuitar que: esse movimento da China é chamado de “manipulação da moeda”. Se parasse por aí, seria compreensível, porem completou “ você está ouvindo Fed? ”. Essa última é uma ameaça, ou só estava avisando o banco central mais poderoso do mundo sobre a ação dos chineses? Parece brincadeira a forma que o presidente se comunica com órgãos do seu próprio governo. A tabela a seguir aponta para as diversas possibilidade que o g

Nem Freud explica

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Por mais que já estejamos acostumadas as ações intempestivas de Donald Trump e suas consequências, temos a esperança que daqui em diante irá acalmar. Sendo assim, acontecimentos como o de ontem “parece” que nos pega de surpresa, ficamos com raiva. Minha saudosa terapeuta disse certa vez que, em situações como essa, a raiva que sentimos é de nós mesmo, pois a pessoa que lhe causou esse mal não mudou, mas você tinha a esperança que mudasse. Sendo assim, você ingenuamente acreditava na transformação. Observando as atitudes do presidente americano, acredito que durante a sua infância, seus pais lhe causaram um buraco enorme. Me recordo que num documentário sobre sua vida pouco mencionou seus familiares. Nesse mesmo filme, num determinado evento em que seu pai se encontrava, era notório seu desconforto com sua presença. Não sou terapeuta, mas posso supor que existiram problemas nessa relação, e não foram pequenos. Um caso clássico de rejeição. Ao invés de fazer terapia par

Consumidor de última instancia

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Finalmente o BCB resolveu diminuir os juros na medida que o mercado esperava. Além do mais, deixou a porta aberta para novas reduções, com as ressalvas que estão se tornando praxe nos comunicados dos bancos centrais ao redor do mundo. Na verdade, se nada fosse gravado nesse sentido o efeito seria o mesmo, pois traduzindo em linguagem coloquial “ se nada acontecer de grave vamos baixar”. Acredito que uma taxa entre 5% a 5,5% se pode esperar nos próximos meses. Para quem lê o Mosca não deve estar surpreso, pois de longa data venho alertando que vivemos uma fase sem inflação, ou com uma inflação contida em níveis baixos. Com a atividade econômica em patamar muito baixo, elevado desemprego, mesmo 5% é alto. Mas esses aspectos negativos devem melhorar daqui em diante. Acho justo 5%. Mas o que chacoalhou os mercados foi a decisão de ontem do Fed – e agora a tarde o presidente Trump, como de costume, publicou um tweet avisando que a partir de 01 de setembro, vai impor uma alíquo