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Estagflação (zinha) #EURUSD #OURO #GOLD

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O Fed foi bem honesto ao deixar claro que não sabe o que vai acontecer, pois teria sido muito pior se assumisse alguma posição. Porém, refez suas projeções, onde se destaca a diminuição do crescimento e o aumento na inflação, seguramente por conta das tarifas por todo lado – verdade que ainda tímidas essas variações, razão do título de hoje. Em todo caso, deixou um recado ao mercado que no meu ver, não foi corretamente interpretado, ou melhor, assumiu a posição da desaceleração e, como consequência, o Fed teria que cortar os juros. Nos *dots* publicados, a autoridade espera um corte de 50 pontos este ano, enquanto o mercado aposta em 66 pontos, conforme o gráfico a seguir.  Outro reforço dado durante a seção de perguntas e respostas foi de que o aumento de tarifas é temporário, ou seja, um aumento da inflação instantâneo que tende a se normalizar depois de adotado – no meu ver, não é tão simples assim. Ed Yardeni comenta em seu relatório que é bem provável que isso ocorra, tendo em...

A ingenuidade do Lula #IBOVESPA

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  Não foi por falta de aviso do Mosca que o presidente Lula decidiu escolher errado seus parceiros internacionais. Ao se juntar ao grupo da China, Rússia, Irã e outros, desistiu de ficar mais próximo dos países ocidentais. No passado, ao observar que a balança comercial brasileira era um arraso, projetou essa virtude sem pensar no que podia dar errado. Pediu os mapas para seus assessores para ver quem eram seus maiores parceiros e notou que era a China, então, vamo que vamo!   Mas bastava um pingo de QI – o que aparentemente lhe falta – para imaginar que a China— tendo tantos problemas com os EUA, seu maior parceiro de exportação na época—iria empurrar seus produtos onde fosse possível, e em apenas 12 meses nosso saldo comercial com a China praticamente sumiu. Basta ver os gráficos abaixo.   Para melhor compreensão, no gráfico à esquerda se pode ver as maiores pautas, onde os produtos agrícolas e óleos e lubrificantes vêm fazendo um bom trabalho. Agora, sabem o que é ...

O Fed vai apertar o botão de Pausa #S&P500

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  Amanhã, o Federal Reserve (Fed) soltará sua decisão sobre política monetária e, como manda o figurino das reuniões iniciais do trimestre, vai publicar suas projeções para o futuro: crescimento econômico, inflação, juros e taxa de desemprego. Mas vamos combinar: imagine você sentado naquela sala, tentando traçar um mapa do que vem pela frente, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, joga granadas tarifárias e promessas de "detox econômico" sem nem olhar o manual de instruções. É como dar um giz de cera a uma criança teimosa e esperar que ela desenhe a Mona Lisa. Boa sorte aos economistas do Fed, que devem estar virando noites, cafeína na veia, tentando decifrar esse quebra-cabeça onde as peças mudam de forma a cada tweet. Não é exagero dizer que o Fed está em um dilema histórico. Os dados mostram um cenário econômico que já foi mais previsível. Segundo o Bloomberg, o foco de Wall Street não está mais nos juros do Fed, mas nos tremores causados pelas tarifas...

Usando a velha tática #USDBRL

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  O ano de 2025 está uma montanha-russa econômica de tirar o fôlego. Inflação disparando, juros dançando ao sabor de ventos imprevisíveis e Trump atiçando as chamas com tarifas que viram o comércio global de pernas para o ar. Enquanto isso, os bancos centrais ensaiam um equilibrismo arriscado, tentando domar o caos sem afundar a economia. No Brasil, o câmbio acompanha essa coreografia internacional, com o dólar executando saltos que desafiam as previsões. É um palco onde o inesperado manda, e quem hesita fica pra trás. Mesmo assim, os investidores de varejo provam que têm nervos de aço. Segundo o Bloomberg, despejaram US$ 7,3 bilhões em ações numa semana, desdenhando do S&P 500 que perdeu 4% e das big techs que levaram um tombo feio. É a ousadia de quem aposta que o mercado sempre encontra um caminho pra cima, como fez desde 2009, quando “comprar na queda” virou mantra sagrado. Esses audaciosos injetaram mais de US$ 4 bilhões na Tesla, mesmo com a ação despencando 20% em març...

Prejuízo Certo #nasdaq100 #NVDA

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  Eu costumo dividir os empresários em dois tipos principais: os Guerrilheiros , que brilham em ambientes caóticos como startups e pequenas empresas, e os Comandantes , que orquestram batalhões em corporações médias e grandes. Mas há um terceiro grupo que deixei de lado: os Politicáveis , mestres em navegar o terreno pantanoso das empresas públicas – geralmente estatais, onde a eficiência é trocada por interesses classistas e clientelismo político. Tentar encaixar um perfil no habitat do outro é garantia de fracasso. E o erro fatal? Colocar um empresário no governo. O resultado é duplo: o negócio privado desmorona, e a máquina pública permanece intocada. Para mim, só há uma saída para estatais: privatizá-las. O caso de Elon Musk no governo Trump é um estudo de caso perfeito – e trágico – dessa tese. Nomeado para liderar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), Musk chegou com a promessa de cortes radicais, inspirado por sua fama de Comandante na Tesla e Guerrilheiro na ...

CPI: classificado para as finais #OURO #GOLD

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  Ontem foi publicado o índice de inflação pelo CPI nos EUA e apresentou uma redução mínima para 2,8% a.a. Mesmo sendo pequena, no momento pode ser considerada boa notícia. O mercado comemorou sem soltar rojões. Essa situação me lembra quando seu time já está classificado e joga uma partida ainda da fase inicial – se ganha ou perde, tem pouco valor. Preparei um resumo consultando diversas fontes com os principais fatos. Inflação: Um Respiro Fugaz Antes da Tempestade Tarifária A inflação nos Estados Unidos em fevereiro de 2025 caiu para 2,8% em relação ao ano anterior, segundo o Departamento do Trabalho, divulgado em 12 de março. Um recuo frente aos 3% de janeiro e abaixo das projeções de 2,9% dos economistas consultados pelo *Wall Street Journal*. O núcleo do índice, que exclui alimentos e energia, também desacelerou para 3,1%, o menor desde 2021. Um alívio aparente, mas enganador. Esse número, que animou brevemente os mercados, é apenas uma pausa antes de uma escalada iminente...

Trump: no Tiro ao Alvo Rotativo #IBOVESPA

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  Sou capaz de “chutar” que, dos artigos econômicos e financeiros publicados diariamente, Trump aparece em 80% deles. De geopolítica, finanças, economia e marketing – ontem, pousou de garoto-propaganda da Tesla ao adquirir um carro da empresa para dar uma ajudinha ao seu fiel companheiro –, ele aparece em todas as frentes.  Um relatório da Gavekal, do qual menciono parte no post de hoje, "Trump declarou guerra ao império americano que dominou o mundo desde 1945, buscando restaurar um estado-nação autossuficiente, com tarifas e cortes como armas, enquanto o ‘deep state’ e a ordem global viram alvos a serem derrubados." Seriam esses passos algo engenhosamente estruturado ou ele vai atirando conforme os alvos passam à sua frente? Fiz um relato de alguns artigos publicados no *Wall Street Journal* e na *Bloomberg*, como poderão ver, não estão muito otimistas. Trump, Musk e o Fim do Império: Um Caos Econômico com Sabor de Apocalipse   Imagine um piloto que, em vez de p...