O bitcoin achou sua turma #bitcoin #ibovespa
Os
leitores devem ter notado as recentes quedas das bolsas internacionais. Curiosamente,
as bolsa brasileira não está acompanhando esse movimento, ou não na mesma
magnitude. As empresas de Crescimento têm tido uma queda maior do que as
empresas de Valor, originando um novo grupo chamado das empresas “sem lucro”, que
na sua grande maioria estão na categoria Valor.
O
Wall Street Bank publicou dois artigos por Dave Sebastian, Hardika Singh e Paul
Vigna relatando esses fatos.
À medida que o Federal Reserve se aproxima da
elevação das taxas de juros, os investidores estão reavaliando suas apostas
em um dos setores mais arriscados do mercado: as ações de empresas que não
ganham dinheiro. Empresas de tecnologia, empresas de biotecnologia sem
medicamentos aprovados e startups listadas rapidamente através de fusões com
empresas de cheques em branco — algumas das quais dispararam
durante a pandemia
— caíram acentuadamente.
Uma
análise
de dados do Wall Street Journal mostra que, à medida que os sinais dos diretores
do Fed e as continuações das leituras de alta inflação deixaram mais claro que
os aumentos das taxas estavam se aproximando, as ações de empresas não
lucrativas do Nasdaq Composite Index derraparam enquanto suas contrapartes
lucrativas têm negociado quase sem queda. Em média, as empresas que perdedoras
na análise deslizaram 28% do fechamento do mercado de 30 de setembro até a
última terça-feira. As empresas rentáveis no índice caíram 0,7% em média no
mesmo período.
A
análise
do Journal identificou as empresas perdedoras como as que tiveram resultados
por ação abaixo de zero pelo menos nos últimos quatro trimestres
combinados. Excluiu empresas de cheque em branco que não se fundiram com um alvo e
algumas empresas para as quais a FactSet não identificou números de lucro por
ação nos últimos quatro trimestres.
As autoridades do Fed indicaram que estão acelerando seu cronograma para aumentar as taxas de juros provavelmente em março mesmo, para combater a inflação crescente. Muitos investidores valorizam as ações com base no valor presente dos ganhos futuros das empresas. Quando as taxas de juros sobem e corroem esse valor futuro, torna-se menos atraente fazer apostas de alto preço em empresas que podem não ser lucrativas pelos próximos anos.
As ações de algumas empresas não rentáveis dispararam no início da pandemia, quando seus negócios foram impulsionados pelo confinamento e pelas medidas de distanciamento social. As ações da fabricante de software de assinatura eletrônica DocuSign Inc., DOCU -2.40%, que bombaram no início da pandemia à medida que as empresas se adaptavam a ambientes remotos e sem papel, atingiram uma máxima histórica de US $ 310,05, mas caíram 59% desde então. A DocuSign registrou uma perda a cada trimestre que reportou desde sua oferta pública inicial em abril de 2018.
As
ações
da fabricante de veículos elétricos Rivian Automotive Inc., RIVN -8.49% , que se tornou pública em novembro e
registrou receita de US $ 1 milhão e uma perda de US $ 1,23 bilhão para o terceiro
trimestre, fecharam em US $ 172,01 em meados de novembro, mas caíram 57% desde
então.
A
Robinhood
Markets Inc., que se tornou popular entre investidores
individuais durante
a mania das ações meme,
mantém uma base de fãs fiéis e suas ações têm sido voláteis desde sua estreia.
Após seu IPO em julho, as ações subiram para US$ 70,39 em agosto, mas caíram 80% desde então.
O
Fed está estendendo uma sombra sobre as criptomoedas.
Assim
como as ações, as criptomoedas iniciaram o ano com vendas
fortes devido às expectativas de que o banco central aumentará as taxas de juros já em março.
O Bitcoin, a maior criptomoeda, caiu 8,7% neste ano, de acordo com o CoinDesk, e a segunda maior, o Ether, caiu 14%. Isso repercutiu em empresas de criptomoedas de capital aberto. A Coinbase Global Inc. caiu 12% até agora este ano. A Marathon Digital Holdings Inc. caiu 21%. A Riot Blockchain Inc. caiu 16%.
Nos últimos dois anos, o bitcoin disparou e todo o mercado cripto ganhou o gisto dos investidores. Investidores tradicionais entraram em criptomoedas em massa. Embora os defensores das criptomoedas tenham desejado esse chamado "dinheiro institucional" por anos, essa onda acabou se tornando uma espada de dois gumes.
Cada
vez mais, os sentimento nos mercados tradicional e cripto podem ter efeito um sobre
o outro, disseram analistas do Fundo Monetário Internacional. "Uma queda acentuada
nos preços do Bitcoin pode aumentar a aversão ao risco dos investidores e levar
a uma queda no investimento nos mercados de ações", escreveram os
analistas em um blog na semana passada.
O
mercado cripto caiu acompanhando as ações dos EUA nas duas primeiras semanas do ano. Ambos os
mercados sofreram a mesma dinâmica: os investidores estão despejando ativos mais arriscados
diante do aperto planejado do Federal Reserve ainda este ano em suas políticas
monetárias.
A direção da negociação do Bitcoin até agora este ano tem sido quase idêntica aos movimentos do Nasdaq Composite, dominado pela tecnologia, que caiu 7,3% este ano.
Um
sinal de que a criptomoeda está em maus lençóis é a reação silenciosa a um gatilho
confiável: um tweet de Elon Musk. " Podem comprar produtos da
Tesla com Dogecoin", escreveu o fundador da Tesla Inc. sexta-feira no Twitter.
A Dogecoin
saltou cerca de 10% nos dois minutos após o tweet do Sr. Musk, mas à tarde estava de volta aos
níveis
pré-tweet,
e na tarde de segunda-feira caiu cerca de 17% desde o tweet.
Ainda
assim, vendas fortes são comuns em criptomoedas. O Bitcoin caiu cerca de 39% em
relação ao seu recorde de US$ 68.990 atingido em 10 de novembro, de acordo com
o CoinDesk. Embora isso constitua uma queda significativa para um mercado de
ações, nem sequer é a maior queda do Bitcoin nos últimos 12 meses. De abril a
julho do ano passado, o preço da criptomoeda caiu 52%.
Desde
que o bitcoin bateu seu recorde, a Coinbase caiu 32%; a Marathon Digital caiu
60%; a Riot Blockchain caiu 49%; e a MicroStrategy caiu 43%.
Isso
é
situação de bear-market mesmo para ações de criptomoedas, mas não impediu que os otimistas
dissessem que o mercado está a postos para uma reviravolta.
Lucas Outumuro, chefe de pesquisa da empresa de pesquisa IntoTheBlock, disse: "A mistura entre esperança e angústia tem os mercados cripto divididos sobre o que pode vir a seguir".
Os dados recentes mostram uma correlação intensa entre o bitcoin e assemelhados com as ações denominadas “sem lucro”, quebrando a ideia dos que acreditam nesses instrumentos como uma moeda ou um porto seguro contra a inflação. Em relação a esses dois aspectos, a história mostrou que seu comportamento nada tem a ver com essas ideias.
As
ações de Crescimento são mais afetadas pela taxa de juros por duas razões:
normalmente são empresas que projetam crescimento maior que os outros grupos,
fazendo jus ao nome, e tem um P/L maior. Naturalmente, as que apresentam
prejuízo ou “estão sem lucro” por estarem numa fase mais embrionária estão
sofrendo mais, como esse artigo traz à tona.
As
criptomoedas resolveram pegar uma carona nesse grupo e se juntaram nas quedas recentes.
Se isso se mostrar verdadeiro daqui em diante, não se pode prever um futuro
brilhante, pois as empresas “sem lucro” deveriam apresentar lucro no futuro —
caso contrário, suas ações tenderiam a centavos. Já no caso das criptomoedas,
isso é uma certeza: nunca terão lucro — só se ganha se o preço sobe.
Pouco
a pouco, as teorias imaginadas para as criptomoedas caem por água abaixo, ficando
limitado seu uso à fuga de capitais em países com problemas, negociação escusas
e especulação. Se eu estiver certo, o único grande beneficiário é o segundo,
pois permite que esse grupo permaneça oculto, já que no primeiro caso serve
mais como veículo a-fuga com uso limitado e no último o grupo fica na
torcida para que continuem entrando adeptos sem parar — como se diz na gíria,
continuar pedalando.
Mas o que dizem os gráficos do bitcoin? Eu tenho dois cenários que não diferem muito, como se pode ver abaixo. No gráfico da esquerda, espero que a queda termine ao redor de U$ 33.000, enquanto no gráfico da esquerda a queda deveria atingir ao redor de U$ 31.000. O que irá distinguir entre ambos será a alta que deverá se suceder. A que considero mais factível deveria levar a U$ 120.000.
- David, não te entendo! Você fica metendo o pau no bitcoin induzindo que ele estaria na iminência a virar pó, mas seus gráficos apontam para uma alta expressiva. Em quem confiar?
É
verdade, parece muito inconsistente. Eu uso a análise gráfica por esse motivo: para
me dizer no que o mercado acredita e não no que eu acredito. Desta forma, te
sugiro seguir os gráficos — isso não significa que eu vou dar sugestões nesse
mercado, a não ser que um dia mude de ideia.
A bolsa precisa atingir o mínimo acima para reverter? Não! Em correções nunca se sabe qual o formato que se configura, nem a extensão da queda. Nesses movimentos, é muito importante ser flexível e não ficar preso ao seu modelo, um processo de encontrar o movimento de best fit segundo as regras de Elliot Wave.
Antes que meu amigo pergunte, não vou dar um call de compra ainda, mas fico mais animado se ultrapassar o nível de 109.500, o que não está tão distante assim. Outro fator interessante é que enquanto as bolsas no exterior tiveram um começo de ano ruim, a brasileira se desassociou.
Hoje
pela manhã me perguntaram qual seria o motivo desse descolamento. Existe uma
frase no mercado quando um mercado não reage da forma como se espera numa queda:
“é como querer matar o morto”. O que significa: “não tem mais o que cair”.
Uma
análise mais detalhada numa janela menor mostra um quadro bem animador. Não
quero me antecipar, mas em breve posso dar um call de compra. Fiquem
ligado no Mosca.
O
SP500 fechou a 4.532, com queda de 0,97%; o USDBRL a R$ 5,4383, com queda de 2,30%
(Uallll.... ); o EURUSD a € 1,1342, com alta de 0,15%;
e o ouro a U$ 1.840, com alta de 1,48%.
Fique
ligado!
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