A armadilha dos juros americanos #TB 10 years #usdbrl



Hoje começa a semana de previsões do Mosca para o ano seguinte. Como os leitores já notaram, em algumas situações essas previsões estão sujeitas a mudanças diametralmente opostas, nesses casos busco apresentar as opções com seus gatilhos. Hoje vou apresentar minha visão para os juros de 10 anos, bem como para o dólar contra o real.

Antes de começar, queria comentar sobre a última do Elon Musk, o empresário mais rico do Universo, que acabou se metendo numa enrascada ao comprar o Twitter, uma atitude que na minha visão foi levada por seu instinto infantil de querer ser o “dono do brinquedo”.

Elon Musk, criticado por mudanças políticas recentes no Twitter Inc., está perguntando aos usuários se ele deve deixar o cargo de chefe do site de mídia social.

Com a votação marcada para terminar por volta das 6h20 em Nova York, cerca de 57% dos 16 milhões de eleitores disseram sim. O bilionário dono do Twitter e CEO da Tesla Inc. vai respeitar os resultados da pesquisa, prometeu em um tuíte no domingo.

Musk estava no Catar para assistir à partida final da Copa do Mundo entre Argentina e França e tuitou sua enquete após a conclusão do jogo. O príncipe saudita Alwaleed bin Talal Al Saud é o segundo investidor  no Twitter atrás de Musk, enquanto a Autoridade de Investimento do Qatar investiu US$ 375 milhões na plataforma de mídia social. Não que ele seja um aficionado pelo esporte como se pode notar na foto a seguir onde parece mais de saco cheio que curtindo a espetacular vitória da Argentina na final mais disputada da história das Copa do Mundo.



Achei uma atitude ridícula da sua parte, pois se sua intenção era sair, que pedisse demissão e pronto — afinal, qual a capacidade de quem está votando na sua pesquisa, alguém tem informações para uma decisão mais apurada ou está dando um chute? Não seria melhor chamar uma reunião de acionistas? Acho que sentiu que não é do ramo, então melhor colocar na mão de um profissional da área.

Os juros de 10 anos poderão dar uma imagem errônea que a inflação está domada; minha visão de longo prazo leva para níveis significativamente superior aos atuais. Em relação à previsão colocada no ano passado acostumado-perder a onda (5) em azul se formou estendida (configuração rara na quinta onda). Desta forma ao invés de terminar em 2,21%, acabou atingindo 4,24%. O leitor pode ficar surpreendido com a magnitude do desvio podendo assim duvidar da validade. Acontece que em janelas maiores (semanal ou mensal como o caso) um acompanhamento em periodos menores permite projeções mais acuradas.

Para o ano em curso, acredito que os juros de 10 anos ficarão contidos dentro de uma área entre 4,25% a.a. - 2,25% a.a., onde atualmente nos encontramos na onda (A) em azul. Quero enfatizar que esta previsão não está associada ao ano calendário, pode ultrapassar 2023. Terminada essa correção, um movimento de alta deve se suceder na onda (3) em laranja levando os juros para casa dos 8,5% num período de alguns anos.



 Eu não sou muito partidário de correlações, porém um gráfico publicado recentemente indica o que pode ocorrer. Como podem notar, na década de 70 a inflação teve um primeiro surto de alta entre 1972 e 1974, depois passou 3 anos em queda para sem seguida voltar a subir; na primeira fase, a autoridade monetária agiu como se tivesse domado a inflação definitivamente. Será que a história vai se repetir?



No curto prazo, o juro de 10 anos está na iminência de terminar a onda (V) em amarelo cujo objetivo seria ao redor de 3,2%; em seguida, um movimento de alta deveria iniciar na onda (B), a grande destruidora de lucros como assim é conhecida. Como estamos numa correção, a configuração pode ter formações complexas, que merecem acompanhamento à medida que ocorram.



No post lula-de-novo acertei na mosca, ele está eleito. Num curto espaço conseguiu um fato inédito — acabar com a Lua de Mel antes de casar-se, enganando todo o pessoal de centro que embarcou na sua campanha. Na verdade, existia dúvida em relação a formação de sua equipe: composta com o pessoal de centro deixando a esquerda radical de fora ou ao contrário. Por enquanto, não resta dúvida, quem vai comandar serão os retrógados da esquerda, como se estivéssemos em 1970.

Hoje pela manhã, pensei mais nesse assunto, e parece que essa guinada era esperada —afinal, quem lhe deu suporte nos mais de 500 dias preso com visitas frequentes era esse grupo, ele não poderia agora virar suas costas.

Sabemos que Lula é astuto, e não imagino que ficaria num barco furado, como foi o caso da Dilma, que resolveu teimar no modelo econômico que adotou. Sendo assim, será que estaria dando uma chance a esse grupo e, se daqui a 6 meses/ 1 ano não estiver funcionando, pode dizer que o período de teste acabou se inclinando para o centro? Não sei se é torcida minha ou uma possibilidade que irá acontecer no futuro.

Meus comentários sobre o dólar no final do ano passado foram: ... “o cenário projetado pelo Mosca ocorreu com bastante precisão, a mínima atingida foi de R$ 4,8922! Esse nível aconteceu em junho e desde então caminha rumo ao primeiro objetivo de R$ 6,18” ... ...” O leitor mais observador irá notar que existe um outro nível, também em cor verde, bastante acima de R$ 6,18” ... ...” caso isso ocorra minha projeção para o dólar estaria entre R$ 8,20 R$ 8,50, uma alta em relação aos níveis atuais de mais de 40%. Será que seria esse o nível Lula?” ...



Este ano aconteceu de tudo em relação as minhas previsões, pois num determinado momento eu acreditei que a onda (V) verde tinha terminado (onda truncada) e que estaríamos entrando num ciclo de baixa. Mas não temos nada do que reclamar, graças ao dólar realizamos 40% dos trades do ano com resultado positivo em todos, o que será mostrado no post do último dia do ano.

Qual a previsão para 2023? Alta do dólar, que poderá ter uma configuração a ser estabelecida conforme os preços evoluem. O objetivo final observado de hoje estabelece um intervalo entre R$ 7,30 a R$ 9,00. Esses níveis poderão ultrapassar o ano calendário. Para quem acompanha o Mosca no dia a dia, no curto prazo nos encontramos num movimento incerto, podendo ir para qualquer lado. Não pretendo tomar posição nesse final de ano, a não ser que surja algo diferente — se ocorrer, farei uma postagem extra.



O SP500 fechou a 3.817, com queda de 0,90%; o USDBRL a R$ 5,2930, com queda de 0,39%; o EURUSD a € 1,0605 com alta de 0,22%; e o ouro a U$ 1.787, com queda de 0,29%.

Fique ligado!

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