Preparado para multitarefas? #USDBRL

Já faz um tempo que fico intrigado com a quantidade de informações a que estamos sujeitos diariamente. Com esse bombardeio, vamos ficando mais seletos — por exemplo, relatório com mais de 4 páginas, é bem provável que eu não leia. Nos últimos anos, passamos a ser mais generalistas, renunciando à profundidade; isso nos tornou “palpiteiros” de qualquer assunto.

Durante meu anos de formação, sempre me aprofundei nos assuntos, e essa mudança atual me incomoda — será que viramos seres superficiais? Mas, além desse questionamento, existe agora uma pressão diária oriunda das mensagens, e-mails, calls etc. Em determinados momentos, parece que não vamos dar conta. Seguramente, o aumento de casos de depressão está associado a essa pressão. Um artigo de Julie Jargon no Wall Street Journal descreve como superar a loucura da multitarefa.

Sabe aquela sensação de produtividade que você sente ao responder mensagens de colegas, enviar e-mails para o professor do seu filho e fazer um pedido da Amazon — tudo isso durante um Zoom?‎

‎Nem todas as multitarefas são as mesmas, é claro: dobrar roupa enquanto assiste TV não é um problema. Problema é estudar para um exame enquanto escuta música e verifica seu feed de mídia social.‎

‎No final das contas, a multitarefa das mídias está nos tornando menos produtivos, não mais, de acordo com neurocientistas e outros que estão estudando isso. Você pode até estar eliminando tarefas de sua agenda, mas você também pode estar perdendo algumas das coisas mais importantes que passam despercebidas.‎

‎A ininterrupta alternância entre dispositivos e aplicativos retarda nossa ‎‎capacidade de processar e reter ‎‎informações, diminui nossa capacidade de filtrar informações irrelevantes, diminui nossa faixa de atenção‎ e nos faz cometer erros, dizem os neurocientistas. Os pesquisadores dizem que o excesso de novas distrações tecnológicas na última década significa que as consequências da multitarefa ruim são agora bem piores.‎

‎Felizmente, há remédios para a loucura da multitarefa.‎ 

‎Andar e mascar chiqulete ‎

‎Tentar fazer muitas coisas ao mesmo tempo causa um gargalo no córtex pré-frontal, o centro de controle do cérebro, de acordo com ‎‎pesquisadores do cérebro da Universidade de Helsinque‎‎. Eles realizaram exames de imagem cerebral de jovens adultos para ver o que estava acontecendo enquanto os participantes eram convidados a ler ou ouvir dois tipos de frases: com sentido ("Esta manhã eu comi uma tigela de cereal.") e sem sentido ("Esta manhã eu comi uma tigela de sapatos").‎

‎Os participantes foram solicitados a identificar quais frases faziam sentido. Eles também foram apresentados com frases escritas e faladas ao mesmo tempo. A capacidade dos participantes de identificar corretamente as frases diminuiu significativamente quando sua atenção foi dividida entre as frases escritas e faladas.‎

‎Esse estudo original foi publicado em 2015 na revista Frontiers in Human Neuroscience, e um complemento ‎‎publicado este mês‎‎ cobriu outro terreno e reafirmou os achados iniciais.‎

‎Carl Marci, psiquiatra do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, que pesquisou extensivamente a multitarefa de mídias, disse que o estudo, no qual ele não teve envolvimento, fornece evidências de que o cérebro atinge um limite de capacidade enquanto tenta processar dois fluxos de informações ao mesmo tempo.‎

‎Dr. Marci começou a estudar multitarefa de mídias quando trabalhou na empresa de pesquisa de mercado Nielsen como neurocientista chefe de sua divisão de neurociência do consumidor. Em 2002,‎‎ ‎‎ele viu que os adultos americanos passavam até 40 horas por semana consumindo mídia; Agora, eles estão gastando cerca de 80 horas por semana fazendo isso.‎

‎"Como as pessoas gastam o equivalente a dois empregos em tempo integral por semana consumindo mídia? Não é possível, a menos que eles estejam fazendo duas coisas ao mesmo tempo", disse o Dr. Marci, que dedicou uma parte de seu novo livro, "Rewired: Protegendo seu Cérebro na Era Digital", ao fenômeno.‎

‎Os que têm maior risco são as crianças, disse ele, que estão gastando mais tempo em dispositivos, cada vez mais jovens, que tem potencial ser um desastre na adolescência.‎

‎ "A analogia frequentemente usada ao descrever adolescentes, que há muito combustível e pouco freio, se aplica aqui", disse o Dr. Marci.‎

‎Tradução: há mais estímulo disponível para os centros de recompensa e emoção do cérebro, mas não o suficiente atrito que vem do bom senso. Você recebe isso do seu córtex pré-frontal, que não é desenvolvido até por volta dos 25 anos, acrescentou.‎

‎Problemas na escola e no trabalho‎

‎Inúmeros estudos descobriram que a aprendizagem sofre entre crianças pequenas mesmo quando ‎‎a TV está em segundo plano‎‎, e que as ‎‎notas diminuem‎‎ quando os alunos estão enviando mensagens ou usando mídias sociais em sala de aula ou quando fazem lição de casa.‎

‎Adultos não são imunes aos efeitos prejudiciais de tentar fazer muito. Estamos constantemente ‎‎distraídos com notificações no trabalho‎‎ e as famílias não parecem assistir a um programa de TV juntos sem um ou mais membros ‎‎simultaneamente rolando‎‎ as mídias sociais.‎

‎Esses hábitos tendem a se levar a todas as áreas da vida, disse o Dr. Marci, ‎‎incluindo a condução‎‎, onde a atenção dividida pode ser fatal.‎

‎Mas as crianças estão se adaptando a este mundo de múltiplos fluxos de dados? Eles se tornarão os mega-multitarefas de amanhã? A resposta parece ser não.‎

‎Os pesquisadores finlandeses realizaram ‎‎outro estudo de multitarefa‎‎ sobre o reconhecimento de frases sem sentido. Realizado um ano depois, este segundo estudo maior envolveu adolescentes e jovens adultos, que compartilhavam seus hábitos diários de multitarefa de mídia. Aqueles que relataram os mais altos níveis de multitarefa da mídia tiveram pior desempenho nas tarefas de reconhecimento de frases quando estavam distraídos pela música.‎

‎Estes multitarefas pesados mostraram maior atividade pré-frontal-córtex do que os mono tarefas. Isso não significa que eles estavam conseguindo mais. Eles estavam fazendo mais esforço cerebral para reconhecer as frases na presença de distração.‎

‎"Sentimos que estamos trabalhando mais", disse o Dr. Marci. "Mas isso não significa que estamos trabalhando de forma mais inteligente."‎

‎O lado bom? Aqueles no estudo que afirmaram ter multitarefa menos frequentemente foram mais capazes de abstrair-se  da distração.‎

‎O que você pode fazer‎

‎Aqui estão dicas para ajudá-lo a concentrar-se em sua tarefa e ser menos disperso.‎

‎Bloqueie o tempo de foco.‎‎ Reserve o tempo para fazer um projeto de trabalho ou escola e defina seu telefone para Não Perturbe. Feche seu e-mail e outros programas de distração no computador e desligue as notificações. Definir um alarme pode ajudar para que você não esteja acompanhando o relógio.‎

‎Estabeleça expectativas.‎‎ Se seu chefe ou colegas de trabalho frequentemente precisar estar em contato, avise-os quando você planeja estar offline focando em um projeto. Marque na sua agenda, se precisar.‎

‎Deixe seu telefone em outro quarto.‎‎ Se você está assistindo um filme com sua família ou fazendo lição de casa, tenha seu telefone fora da vista. Pesquisas mostraram que apenas ver seu telefone, mesmo que seja silenciado e a tela seja obscurecida, pode levar a pensamentos distraídos.‎

‎Ensine bons hábitos cedo.‎‎ Tudo isso se aplica aos seus filhos, que não só seguirão sua liderança, mas também buscarão toda e qualquer distração disponível por conta própria. É bom dar um exemplo, bem como limitar o que eles podem ou não fazer durante, por exemplo, a hora da lição de casa.‎

Os resultados dessa pesquisa são mais ou menos intuitivos, eu já fiz o teste com a minha família num restaurante onde ninguém pode consultar o celular durante a refeição, funciona bem. Mas será viável seguir as recomendações acima de forma consistente, ou mesmo a restrição ao celular na refeição? Acho que não, pois o magnetismo que existe em consultarmos a última mensagem no WhatsApp, sua rede social e e-mail, parece mais forte.

Desta forma estamos fadados a essa nova forma de vida e somente uma disciplina rígida poderia mudá-la. Nesse quesito, observei que de uma maneira geral os homens têm mais dificuldades de tratar dois assuntos ao mesmo tempo que as mulheres, talvez a milenar função de cuidar dos filhos e fazer outra atividade em conjunto as tenha treinado.

Não sei o que vai acontecer no futuro, se os jovens irão encarar as multitarefas de forma menos danosa ou não. Seria melhor que seja assim, pois só consigo ver essa situação se ampliar.

No post descorrelação fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ... “O movimento esperado se encontra traçado em azul no gráfico acima, onde o objetivo final seria em R$ 5,06, não preciso dizer que esses níveis ainda são estimativos dependendo do andamento da carruagem” ...



A movimentação do dólar está seguindo o livro texto de Elliot Wave. Quando isso ocorre existem dois significados: a análise feita está correta; as chances de acerto aumentam. O que deve acontecer na sequência? No gráfico a seguir não se pode contemplar os detalhes que se observa num janela menor, mas ainda falta completar a 5 onda que deve levar a R$ 5,1663 (*). Depois uma retração até o nível entre R$ 4,79/R$ 4,70, para em seguida voltar a subir atingindo R$ 5,42.

(*) com a alta que ocorreu durante a tarde essa dúvida não existe mais. Fica valendo os níveis acima.



Acredito que vou aguardar o término da onda bem amarela para sugerir algum trade, sei também que alguns leitores gostam de se posicionar no meio tempo, para esses sigam os parâmetros acima e o Mosca é claro nunca deixem de usar stop loss.

O movimento final deve ocorrer ao redor do final de julho.

- David, e depois o que fazemos?

Existem algumas hipóteses que podem ocorrer, mas duas delas poderiam ser opostas. Sem entrar muito na tecnicidade, e dentro do cenário que estou trabalhando, um novo movimento de queda levaria o dólar abaixo de R$ 4,60m mais provável R$ 4,25. Porém, existe uma outro, que poderia indicar que minha hipótese antiga (alta cima de R$ 6,00) poderá ocorrer.

Mas não acho que você deve se preocupar com isso agora, vamos passo a passo. Correções são assim mesmo, muita flexibilidade é necessária.

O SP500 fechou a 4.155, com alta de 0,57%; o USDBRL a R$ 5,0848, com alta de 2,27%; o EURUSD a € 1,0503, com queda de 0,33%; e o ouro a U$ 1.862, com queda de 1,77%.

Fique ligado! 

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