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Devemos confiar na intuição?

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O Prêmio Nobel de economia deste ano foi conferido ao economista americano Richard Thaler. Sua vida acadêmica é dedicada a finanças comportamentais. O trabalho premiado desafiou a visão popular na economia de que a tomada de decisão individual era racional e facilmente modelada. Seu trabalho foi elaborado com dados das décadas de 1980 e 1990. Thaler percebeu isso na vida cotidiana, construindo uma ponte entre as análises econômicas e psicológicas na tomada de decisão individual. Um artigo publicado pelo Wall Srteet Journal aborda sobre a questão do cotidiano, se devemos tomar nossas decisões baseados numa análise racional ou no nosso instinto. Muitos estudos apoiam o uso do instinto, mostrando que as decisões que tomamos inconscientemente, antes que nossa mente racional possa se envolver, são muitas vezes melhores. Mas nem sempre. John Bargh, professor de psicologia em Yale, diz que tendemos a confiar em nossas reações instintivas mais do que em nosso racional. A razão

Procura-se inflação

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Hoje se comemora o Memorial Day nos USA, como de costume nestas ocasiões o mercado permanece em banho Maria. Também a ameaça de mais um teste por parte da Coreia do Norte acabou não acontecendo deixando o mercado mais tranquilo, pelo menos por enquanto.  Enquanto corre solto as apostas de quem será o (a) novo (velha) comandante do FED, vários diretores dessa instituição reafirmaram na semana passada que os juros deverão subir na reunião de dezembro. O mais interessante é que, antes dessa data, existe um outro comitê programado para o final de outubro. Eu realmente acho intrigante o porquê da escolha de uma data especifica para subir os juros. É verdade que existe uma diferença entre ambas, a de dezembro é mais completa com a divulgação de novas projeções econômicas bem como uma secção de perguntas e respostas. O mercado como consequência já aposta quase que integralmente na alta dos juros em dezembro com uma probabilidade de 80%. Por outro lado, o juro de longo prazo,

Concorrência de peso

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No submundo das cryptocurrencies que não são nem crypto pois não existe sigilo, nem tampouco currencies pela elevada volatilidade, recentemente o FMI parece interessado em entrar nesse segmento. Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, considerou que os direitos especiais de saque - (SDRs) que conceitualmente é uma cesta de moedas criada por esta entidade -  podem ter um futuro digital, em um fórum do banco da Inglaterra na semana passada. Naturalmente, ela disse que era um "ponto de interrogação", se os SDRs poderiam substituir as moedas existentes. "Não é uma hipótese extravagante", disse ela, e o FMI precisa estar pronto. SDR ou IMFcoin permitiriam que um grupo muito mais amplo usasse a moeda, suplantando o dólar no comércio internacional, reduzindo tanto as grandes mudanças monetárias que podem desestabilizar os países, quanto os perigos dos grandes déficits em conta corrente. Em vez de representar uma cesta de moedas, o SDR digital seria uma m

O misterioso massacre de Las Vegas

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  O massacre ocorrido em Las Vegas, onde Stepehen Paddock, um americano aparentemente normal, matou 59 pessoas e feriu aproximadamente 500, é um grande mistério ainda. As pessoas mais próximas de seu relacionamento não relatam nenhuma anomalia em seu comportamento que justificasse uma ação tão violenta, a 2º maior em termos globais. Mas certamente ele não era, não é possível que alguém normal agiria dessa forma. Parece que tinha duas personalidades, e administrava bem esses dois lados, um normal e outro escondido que mantinha muito bem separado. O paralelo que pretendo fazer diz respeito a volatilidade observada nos mercados, o gráfico a seguir é sugestivo pois compara esse indicador para uma série de mercados. Se vocês observarem, a volatilidade é aproximadamente a metade da mediana dos últimos 10 anos, e mesmo no ano de 2017, houve uma queda significativa. Para ajudar nessa ideia, não são só os indicadores de mercado que apresentam esse comportamento. A volatilid

Demissão ou demitida?

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Em menos de três semanas o Presidente Trump planeja anunciar seu candidato para assumir o FED, pois o mandato da Presidente Yellen, termina em fevereiro próximo. Ele tem indicado que possui seis nomes para o cargo, porém, sua decisão é binária: Está feliz como o FED administrando a política monetária, ou acredita que precisa mudar drasticamente? Dos candidatos, dois representam continuidade, dois representam mudanças, e os outros dois são um mistério. Sem entrar na descrição da vida profissional de cada um, os nomes de acordo com a classificação acima, são: - Manutenção: Yellen e Jerome Powell um advogado que trabalhou no departamento do tesouro no governo Bush; - Mudanças: Kavin Warsh um acadêmico que esteve no FED durante a crise de 2008, John Taylor também um acadêmico da Universidade de Stanford. - Mistério: Gary Cohn, que faz parte do governo Trump como diretor do National Economic Council, e John Allison antigo CEO do BB&T, um banco americano médio. Natur

O touro está solto

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Enquanto a Espanha está envolvida num problema extremante complexo com o resultado da votação no último final de semana, o Continente Europeu está em plena ascensão. Os resultados dos PMI publicados apontam para um crescimento sólido nessa região. Esse indicador da Alemanha mostra sem dúvida o momentum da economia. Esse otimismo também é visto na pesquisa de negócios e consumo da Europa que se encontra em níveis pré-crise de 2008. Mas parece que só o ECB não enxerga essa mudança ao continuar com uma política monetária extremamente expansionista. Um estudo feito pelo Deustche Bank aponta os riscos de a autoridade monetária estar behind the curve, como se diz no jargão de mercado, ou melhor, off road! Veja a quantidade de bonds governamentais com rendimento negativo. O próximo gráfico, que compara a inflação na Alemanha com a americana, mostra sinais que deveria preocupar o ECB. Notem a recente aceleração nesse indicador. Um dos motivos da possível

CataExit

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Nesse final de semana os cidadãos da Catalunha votaram se estão a favor ou contra uma eventual separação da Espanha. Mesmo sendo considerado ilegal pelo parlamento espanhol, com uma votação de 2,3 milhões de votos contra um total potencial de 5,0 milhões, Jordi Turull, conselheiro da Presidência e porta-voz da Parlamento da Catalunha, declarou que os 2 milhões de votos a favor, eram suficientes para aprovar a separação. O gráfico a seguir apresenta uma figura diferente quanto a aprovação pela independência, levado pela melhora significativa da atividade econômica. Talvez este tenha sido o maior erro do primeiro Ministro Mariano Rajov ao declarar ilegal a votação. Durante cinco anos, o governo nacional da Espanha e a região da Catalunha estão discutindo a independência desse último. E parece cada vez mais, que nenhum dos lados pretende parar antes do momento de impacto. Outro fator econômico que mostra uma melhora relativa dessa região em relação a outras regiões