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As opções da China

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A China vem sendo ameaçada pelos EUA para que diminua seu superávit comercial. O governo Trump acaba de anunciar elevações nas tarifas sobre o aço, mas não fica por ai, novas medidas prometem seguir o mesmo caminho. O mundo assisti esse movimento nacionalista americano com preocupação temendo que uma guerra comercial se propague entre as nações. A Gavekal produziu um artigo, do qual compartilho suas principais ideias, onde avalia quais são as alternativas para a China, considerado que seu superávit comercial será bastante afetado. Dependendo dos preços das commodities, em qualquer ano, a China gasta entre U$ 250 bilhões a U$ 400 bilhões em importações das “cinco grandes” commodities de que precisa para continuar crescendo: petróleo, minério de ferro, carvão, cobre e soja. Antes que ele possa comprar, deve primeiro "ganhar" estes valores. Só então pode vir a comprar o que o país precisa para garantir seu crescimento a longo prazo. O presidente dos EUA es

Pagando a conta

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Já nos esquecemos do transtorno ocorrido por conta da greve dos caminhoneiros, mas o ser humano é assim mesmo, lembranças ruins são deletadas. Mas as consequências não esquecem, e uma delas foi o estrago feito na inflação desse período. O IPCA de junho ficou em 1,26% no mês, com destaque para elevação do grupo Alimentos e Bebidas, reflexo da alta dos preços in natura. Já o grupo de transportes sofreu influência da elevação dos preços dos combustíveis, pressionados pela alta no exterior, além da desvalorização do real. E para terminar, a energia elétrica sofreu impacto pela mudança da bandeira tarifaria de amarela para vermelha. Lei de Murphy na cabeça! Os núcleos da inflação ficaram contaminados, mas ainda seguem em território benigno, com as medias trimestrais anualizadas permanecendo dentro da meta do BC. Ontem à noite Ilan Goldfajn deu uma entrevista a Globo News, reafirmando que não tem compromisso com a taxa de câmbio, vai atuar quando achar que a liquidez

A opinião que vale milhões

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Existem algumas profissões que são remuneradas em função do valor intrínseco da transação. A mais corriqueira é a de corretor de imóveis que ganha uma comissão do valor da venda. Sem querer desmerecer essa profissão, mas nos dias de hoje, onde a informação de qualquer coisa é praticamente de graça, o que justificaria pagar 6% do valor do imóvel? Nesse mesmo sentido se pode classificar as comissões pagas aos bancos nas negociações de empresas, conhecida como fusões e aquisições. Um artigo publicado pelo Financial Times busca essa resposta. Os banqueiros de investimento explicam seus bônus pelo conhecimento de uma vida inteira sobre essa especialidade. As recompensas para os consultores de fusões e aquisições são bem maiores do que os corretores de imóveis. A Goldman Sachs receberá U$ 58 milhões da 21st Century Fox por seu aconselhamento sobre a venda planejada de ativos de U$ 71 bilhões da Fox para a Walt Disney. O boom de negócios atuais na área de fusões e aquisições

Aniversário de 10 anos sem comemoração

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Faz uma década que o Lehman Brothers entrou em colapso e nessa época do ano os mercados ficam preocupados com uma outra "surpresa de verão". Não há dois choques de mercado idênticos e ninguém dominou o timing das quedas. No entanto, saber onde reside a vulnerabilidade contribui para uma melhor gestão dos riscos e talvez para desfrutarar das férias mais despreocupadas. Há quatro áreas principais de preocupação que, juntas, sugerem que a economia global pode estar num lugar mais frágil do que na véspera da falência do Lehman há uma década. Primeiro, como o Banco de Compensações Internacionais alertou repetidamente, há um nível recorde de endividamento na economia global. Não é apenas a quantidade de dívida pública e privada que é preocupante, mas também a deterioração da qualidade média. Agora existe U$ 63 trilhões em dívidas soberanas, e uma dívida total de U$ 237 trilhões, um total de U$ 70 trilhões acima dos níveis pré-Lehman. Existem apenas 11 países cujo

Inflação na mosca

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Na última sexta-feira, foi publicado o índice de inflação usado pelo Fed para estabelecer sua política monetária – PCE. A dúvida que existia do Federal Reserve, se a inflação chegaria à meta de 2% foi respondida: sim. Agora a questão é o que o Fed vai fazer sobre isso. O Departamento de Comércio informou que sua medida de preços ao consumidor subiu 0,2% em maio ante abril, colocando-a em 2,3% acima do nível do ano anterior. Mais importante, os preços principais – core inflation , que o Fed segue de perto, subiram 2% no ano. O que marcou a primeira vez que o núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, atingiu 2% desde abril de 2012. Então, depois de anos de frustração por causa da inflação baixa a missão foi cumprida pelo Fed. Com esse objetivo alcançado, a declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, no início deste mês, ganha mais significado. Na entrevista coletiva após o aumento da taxa, Powell disse que o Fed iria observar caso "a inflação persisti

Emergentes sem descanso

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Os mercados emergentes encontram-se sob forte pressão por parte dos investidores. As quedas nas bolsas e moedas aconteceram de forma mais intensa a partir de maio, e ainda não estão dando mostra de recuo. Nenhum país está ileso, pois as dívidas contraídas em moeda estrangeira por foram feitas com muita facilidade durante a bonança de liquidez vivida nos últimos anos. Depois de uma decadência de empréstimos de governos e empresas, os títulos denominados em dólar nas economias em desenvolvimento estão sob pressão crescente à medida que as taxas de juros dos EUA sobem, as tensões sobre o comércio aumentam e a moeda americana se fortalece. O rendimento médio dos títulos denominados em dólar nos mercados emergentes globalmente subiu para 4,7%, ante 3,7% no início do ano, segundo dados do índice Bloomberg Barclays. Os rendimentos dos títulos sobem à medida que seus preços caem. Nos mercados emergentes da Ásia, entre os maiores emissores de títulos em dólar, os rendimentos estão

PIB padrão Chinês

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O PIB americano do 1º trimestre foi revisado para 2% a.a., abaixo da última publicação que estava em 2,2%. Esse dado poderia causar preocupação aos economistas, porém não foi o que aconteceu, pois, as perspectivas para o trimestre que termina hoje são ótimas. A economia dos EUA está acelerando, pelo menos por enquanto. A Macroeconomic Advisers, que executa um dos modelos de previsão mais sofisticados, está projetando uma taxa de crescimento de 5,3% no segundo trimestre. Esse seria o ritmo mais rápido em quase 15 anos. O estreitamento do déficit comercial, a redução de impostos combinada com mais gastos do governo, o ressurgimento do consumo e o investimento decente das empresas estão sustentando o que parece ser uma forte recuperação do crescimento. O modelo GDPNow do Fed de Atlanta mostra uma taxa de crescimento de 4,5% um pouco menos robusta e essas estimativas saltam à medida que novos dados chegam, mas no geral a economia parece estar em pé firme na metade do ano.