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Modelo do "Descapitalismo"

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No curso de economia se aprende que o trabalho, a terra e o capital devem ser remunerados . Essa remuneração depende de fatores da oferta e procura. Tudo isso parece bastante lógico e justo. Quando houve a crise de 2008, diversos bancos centrais agiram para evitar uma grande deflação, palavra mais temorosa para uma autoridade monetária. Mas mesmo levando os juros próximos a 0%, além de injetar grande quantidade de recursos no sistema, algumas economias, principalmente a europeia e japonesa, não tiveram sucesso em recuperar suas economias. Num movimento mais desesperado, resolveram adentrar num novo experimento, adotando uma política de juro negativo.   Porém, tem uma porta de saída, ao invés de manter seus recursos nos bancos, empresas e pessoas físicas, armazenaram grande quantidade de papel moeda, debaixo do colchão! Desta forma, evitam o custo de ser penalizado em seus depósitos no banco. Um artigo publicado pelo FMI, sugere uma alternativa para evitar essa distorção.

Risco de dívida elevada

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Hoje se discute abertamente a situação delicada do endividamento brasileiro. Em todos os jornais, é consenso que se não houver uma redução do buraco gerado pela nossa Previdência, é questão de tempo para que nos tornemos insolventes. O endividamento e sua sustentabilidade é um conceito que vale para pessoa física, empresas e países. No post de hoje, vou me basear num documento elaborado sobre o risco da dívida americana. A emissão de dívida é normalmente sujeita a um contrato que será reembolsado no final do seu prazo, juntamente com os juros. Na prática, os governos e muitas corporações transferem as dívidas para novas obrigações ao final de seus prazos, mas pelo menos os detentores de bônus têm a oportunidade de receber seu capital. Portanto, a credibilidade da dívida do governo é baseada na suposição de que o emissor pode continuar a rolá-la, em vez de pagá-la. No entanto, o rompimento de dívidas antigas e a adição contínua de novas, quase certamente se tornarão um

Final de carreira

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O legendário gestor de fundos, Bill Gross, conhecido como o “Rei dos Bonds”, comunicou que iria se aposentar. Não seria nada estranho essa atitude, afinal tem 74 anos e um patrimônio invejável, não fosse a sua conturbada vida profissional nesses últimos 5 anos. Até 2014, Gross era o principal executivo da PIMCO, uma das maiores administradoras de fundo do planeta. No auge, o valor total desse fundo montava U$ 300 bilhões. Em seguida, foi para Janus, em função de um tumultuado período, onde se confrontou com colegas executivos antes de sair. A saída de Gross reforça uma tendência que agora está se espalhando pelo mundo da gestão de ativos: o declínio dos gestores que prometem retorno acima do mercado. Gross conquistou um público global em parte por fazer previsões ousadas nos mercados - e por apostar excessivamente nessas convicções. Sua notoriedade acrescentou poder de estrela a um mundo que investia títulos, onde os administradores muitas vezes trabalhavam nas sombra

Recessão? Aonde?

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Na última sexta-feira foram publicados os dados de emprego nos EUA, e ficou longe de apontar uma desaceleração, ao contrário, estão bastante sólidos. O livro texto de economia advoga que os dados de emprego são desfasados, ou seja, não indicam o atual estado da economia. O motivo é que, essa informação reflete decisões tomadas pelas empresas em função de dados passados. Parece bastante lógico, mas sinceramente o livro texto está meio problemático ultimamente, não está sendo capaz de justificar inúmeras distorções que vem ocorrendo. Pelo sim, pelo não, não dá para dizer que a economia americana está prestes a entrar em recessão, com a criação de 304 mil empregos, um dos mais elevados dos últimos anos. O crescimento dos salários, outro indicador seguido pelos analistas, sofreu uma pequena retração em bases anuais. Nada que mereça algum destaque, embora sob uma métrica de 4 meses, a queda chama mais a atenção. Esse dado é suficiente para que o Fed volte a indic

Embriagado pelo sucesso

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Todos já ouvimos que a ganância e o medo influenciam os investidores em sua tomada de decisão. Ao ouvir os argumentos de cada uma dessas sensações, tudo aprece lógico, mas como esse processo acontece e a forma de prevenir para não se deixar levar pelas emoções, não é tão fácil. O articulista, Barry Ritzhold, publicou um artigo que versa sobre esse assunto, do qual, reproduzo de forma condensada. Do mais inexperiente ao mais astuto investidor, essa armadilha está sempre presente. Não existe nenhum limite de crescimento, que não possa ser destruída pela tentação de um investidor, de extrair muito dele. E não há oportunidade tão atraente que possa chamar a atenção de alguém que se recusa a olhar. Mas a ganância e o medo, nem sempre são falhas de caráter. Pessoas com as melhores intenções e ética caem na tentação. Enquanto a ganância e o medo são tipicamente vistos como opostos, eles compartilham uma origem. Há um ciclo natural em que a análise inocente evolui para a

O Fed não dá nada!

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Ao propor o Tema do Mosca de 2019, onde estava implícito uma divergência entre os participantes do mercado, em relação a política monetária a ser seguida pelo Fed, já imaginaria que num espaço de tempo de um mês, a autoridade monetária mudasse de opinião tão radicalmente. Para lembrar os leitores, pela indicação de seus membros, ficava implícito três altas de juros para o ano em curso, agora nenhuma!   O Federal Reserve indicou nesta quarta-feira que não irá aumentar os juros por enquanto, alimentando uma recuperação do mercado, com alta das bolsas e queda do dólar, As autoridades votaram por manter sua taxa de referência estável e provocaram uma reviravolta de sua posição política de seis semanas antes. No mês passado, eles aumentaram sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 2,25% e 2,5%. "O motivo para aumentar as taxas enfraqueceu um pouco", disse o presidente do Fed, Jerome Powell, em uma coletiva de imprensa após a mais

O grande temor

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Na semana passada encerrou-se o tradicional encontro de empresários e líderes mundiais reunidos em Davos. Além do restaurante oferecer o hot dog mais caro do mundo –U$ 43, a falta de diversos líderes mundiais, qual seria uma das principais discussões desse evento. Quão preocupado devemos estar com relação à inteligência artificial? A inteligência artificial (IA) substituiu o blockchain como a grande conversa para os executivos, perdendo apenas para o comércio entre os Estados Unidos e a China. Houve 11 sessões públicas sobre IA, a maior em relação a qualquer outro tópico. Oitenta e cincos por cento dos diretores-executivos responderam que o aprendizado de IA e de máquinas, a partir de grandes conjuntos de dados, mudaria drasticamente seus negócios nos próximos cinco anos, de acordo com um relatório da PwC. Mas, quando perguntados se a IA substituirá mais empregos do que cria, os CEOs ficaram divididos: 49% acham que sim, 41% não, e 10% não sabem. Se a China estava a c