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O BCE jogou a luva!

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Ontem o BCE surpreendeu os mercados ao anunciar um retrocesso em suas intenções colocadas na última reunião de dezembro passado, ao descontinuar um programa de compra de títulos de € 2,6 trilhões, e manter as taxas de juros em seus níveis atuais pelo menos até o final deste ano - meses a mais do que havia sinalizado anteriormente. Também emitirá um novo lote de empréstimos baratos, de longo prazo para bancos, a partir de setembro. Os investidores rapidamente reagiram, à resposta do BCE em relação a desaceleração do crescimento global, que foi mais agressivo do que o esperado. Taxas de juros negativas na Europa e no Japão, juntamente com taxas nominais historicamente baixas em outras nações ricas, deixam os bancos centrais com pouco espaço para cortar os custos dos empréstimos para fornecer estímulo, se suas economias entrarem em recessão. Os rendimentos dos bônus alemães de 10 anos caíram, um sinal das contínuas condições de empréstimo extraordinariamente frouxas na zona

Caminho incerto

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Os mercados internacionais estavam abertos durante o período de Carnaval. Nessa pequena interrupção não aconteceu nada de muito relevante, porém se observou uma deterioração das moedas de países emergentes, o que acabou impactando ontem e hoje o real (assunto técnico abaixo). As manchetes justificaram essa piora do real, como consequência da confusão ocasionada pelo Presidente Bolsonaro com seu Twitter, porém a principal razão não foi essa, na opinião do Mosca, e sim a alta do dólar frente as moedas dos países emergentes. Por exemplo, o peso argentino está em sua baixa histórica. Aproveitando o assunto, nosso presidente tente se desgastado em assuntos pequenos, desnecessários. Fico na dúvida se é inexperiência ou falta de discernimento, espero que seja o primeiro motivo. Amanhã será publicado os dados de emprego nos EUA, e como sempre, esse indicador desperta a atenção do mercado. Com níveis muito baixos, levam a um temor inflacionário. O gráfico a seguir compilo

E se o juro subir

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Nos últimos 60 dias o mercado internacional ficou impressionado com a mudança de tom pelo Fed sobre a política de juros. Antes disso, na última reunião de dezembro, Jerome Powell, tinha deixado claro que o ciclo de alta continuaria 2019 adentro. Naquele momento, já se observava dentro do Fed, algumas vozes contrarias. Depois de pressionado por Trump, quando disse ter se arrependido de o ter escolhido para presidir o banco central americano, além de diversos indicadores fora dos EUA muito fracos, e principalmente o mergulho da bolsa americana, tomou uma posição mais cautelosa, e já na reunião de final de janeiro mudou o tom. Para o pessoal da velha guarda, onde eu me incluo, fico chocado ao ouvir os economistas afirmarem que os juros estão elevados. Dizem que, caso o Fed mantenha o ritmo, levará a economia à recessão, como sempre ocorreu no passado. Eu discordo, primeiro que a taxa não está elevada. Com uma inflação ao redor de 2%, o juro real é de 0,5% a.a. Além do ma

Nem tudo vira moda

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Tenho acompanhado a explosão do mercado de ETF no mercado americano. Para quem não conhece, ETF é negociado como uma ação, cujo ativos são compostos de acordo com um determinado índice. Por exemplo, o ETF SPY, equivale a compra das 500 ações que a compõe o SP500, exatamente na proporção estabelecida. A grande vantagem é a facilidade de negociação, liquidez e baixos custos. Uma pesquisa feita com os investidores institucionais americanos apontou 3 pontos para sua preferência. A Greenwich Associates que elaborou esse trabalho, reportou que essa categoria de investidor, detêm 25% de seus ativos em ETFs, um crescimento significativo dos 18,5% de 2017. 1)       Turbulência dos mercados As empresas pesquisadas disseram que administrar riscos e retornos é de longe sua principal prioridade, quando a turbulência tomou conta dos mercados. As tensões entre EUA e a China é elevada, o processo do Brexit continua instável, e receios sobre a economia chinesa e sua dívida, cresceram.

Bota fogo!

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Um estudo elaborado pelo Centro Alemão para a Política Europeia (CEP), aponta que o euro, tem sido um sério obstáculo para o crescimento econômico de quase todos seus membros. A Alemanha e a Holanda, no entanto, se beneficiaram enormemente do euro nos 20 anos desde o seu lançamento, mostrou o estudo. O crédito acionado pela moeda e o investimento crescem, ampliando os benefícios do ambiente de taxas de juros baixas da Alemanha em toda a periferia do bloco. No entanto, essas dívidas tornaram-se difíceis de sustentar após a crise financeira de 2008, com a Grécia, Irlanda, Espanha, Portugal e Chipre forçadas a buscar ajuda financeira à medida que o crescimento desacelerou e o financiamento tornou-se escasso. De acordo com o CEP, durante todo o período desde 1999, os alemães ficaram cumulativamente mais ricos em € 23.000, do que teriam sido, enquanto os holandeses em € 21.000, mais ricos também. Para comparar, italianos e franceses ficaram cada um € 74.000 e € 56.000 mais p

Você investiria numa SPAC?

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Antes que meu amigo pergunte, SPAC – Special Purpose Acquisition Company , são empresas formadas por indivíduos para facilitar investimentos em IPO. Você investiria em uma empresa que não pudesse lhe dizer qual é o seu negócio? O Wall Street Journal publicou uma matéria sobre esse veículo. Alguns, na verdade, estão fazendo isso em quantias recordes. As empresas de cheques em branco, também conhecidas como empresas de aquisição de propósito específico, ou SPACs, são companhias listadas que levantam dinheiro de investidores para ir e comprar uma empresa ainda não identificada. Os retornos para os investidores podem ser enormes, mas, em média, não são excelentes. Investir às cegas parece ser tão arriscado quanto pinta. Em 2017, houve quase US $ 14 bilhões em novas ações listadas em cheques em branco, um recorde, superando a emissão global de US $ 12,3 bilhões em 2007, e dando a impressão de que, tudo está em alta. Entre 2007 e 2017, as listagens foram menores e

Tirando o bode da sala

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No post  saindo-de-fininho , aventei a hipótese do presidente Trump escolher um entre os dois focos de sua batalha: a imposição de tarifas aos chineses, ou as negociações com a Europa sobre a importação de automóveis. O mundo em geral ficou focado no primeiro pois as negociações estão em andamento. Também no post acima, mencionei que parecia mais provável que o foco saísse da China e migrasse para a Europa, haja visto que, os mercados tinham dado seu recado da sua preferência (ou qual a se evitar), com quedas importantes que ocorreram na bolsa de valores até dezembro de 2018. Na noite de domingo, o presidente Trump, antes que fosse anunciado o vencedor do Oscar, afinal queria todo foco para si, publicou o Twitter abaixo. Notem que, já anunciou o local para comemorar o proclamo. Deve estar feliz da vida, pois desde que “acomodou” sua estratégia em relação a China, o SP500 subiu aproximadamente 15%. Do lado Chinês, a bolsa desse país também subiu substancialmente,