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A Europa continua desintegrada

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O último ano foi dramático para os países europeus, não que os precedentes tivessem sido muito melhores, mas algo de inédito ocorreu. Em todas as crises anteriores a Alemanha, maior economia do bloco, segurava as pontas. Nesse ano foi ela que acabou jogando o grupo praticamente na recessão. O grande culpado foi o Presidente Trump, pois a guerra comercial com a China empurrou a indústria automobilista desse país para sua pior crise, dado que depende muito das suas exportações. Diante dessa série de problemas, o ECB comandado ainda por Mario Draghi até o mês passado, foi agindo com as armas que tinha, o qual seja sua política de juros negativos, o que motivou a série de recordes no volume de papeis negociados com juros abaixo de zero. Muitas situações bizarras acabaram acontecendo como o caso do título emitido pela Áustria, com vencimento em 100 anos, rendendo 1,2% a.a. Também qual o problema se quem comprou não vai resgatar! Hahaha ... Mas uma luz parece se ascender, já no 4

Ouro: caminho incerto

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2019 foi um ano em que o ouro foi mais badalado, junto com o Bitcoin fizeram um par meio psicodélico. Chamei desta forma pela diferença na volatilidade entre ambos, pois enquanto o metal permanece com oscilação baixa, o segundo se move de forma mais arisca. O gráfico abaixo mostra como nesse ano, ambos passaram de uma correlação negativa para uma positiva. É verdade não andam de mãos dadas, porém se movimentam na mesma direção. O motivo dessa nova tendência tem a haver com a queda dos juros que ocorreu nos títulos americanos até o mês de setembro, e não por coincidência, a partir daí perderam parte do brilho. O que vai ocorrer daqui em diante depende muito do comportamento dos juros. Isso vale para o casal “psicodélico”. No final de 2018, no post  o-ouro-sai-da-reserva , fiz os seguintes comentários sobre o ouro: ... “No cenário “quem dá menos”, o ouro estaria a caminho da alta, de forma mais direta, ou até, levemente tortuosa, conforme traçado a seguir. Independente

Convivendo com o risco

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Bons aqueles tempos em que, um investidor sem correr riscos, obtinha enorme retornos. Aplicando em títulos públicos com taxa de juros reais acima de 5% a.a. que mais poderia querer? Ainda é necessário observar que, isso aconteceu num mundo sem juros. Não havia necessidade nenhuma de enfrentar riscos de outros mercados como a bolsa de valores. Não é para menos que o mercado de ações apresentava resultados instáveis, períodos muito positivos alternado por grandes quedas. Não vou entrar no mérito, as razões que foram amplamente discutidas no Mosca . Cabe agora aceitar essa nova realidade e reagir fazendo profundas alterações em seus portfolios. Também já comentei que, poderá acontecer uma bolha nos ativos de risco, tamanho é o volume de recursos que ainda estão indexados ao CDI. Um dos locais mais lógicos para essa migração é a bolsa de valores, assunto que vou tratar hoje. Mas antes disso, queria complementar com alguns dados sobre a bolsa americana que de certa forma me su

Real: O fluxo que nunca chegou

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Antes de iniciar a análise de hoje queria informar aos leitores que, a postagem da última sexta-feira, ficou faltando um gráfico, bem como um outro estava em local errado. Esses erros foram sanados. Sugiro que revistem o blog para melhores esclarecimentos vivendo-num-mundo-sem-juros . Em 2019, com a vitória de Jair Bolsonaro para Presidente, muitos analistas projetavam que uma montanha de dólares viria para o Brasil, afinal, com o PT fora do páreo tudo ficaria mais claro. No final de 2018 a cotação do dólar estava em R$ 3,90, não muito diferente de hoje. Em fevereiro chegou a mínima do ano em R$ 3,63, e daí em diante percorreu um caminho nitidamente de alta. Em relação aos dólares que se esperava, acabou acontecendo ao contrário, com grandes remessas para o exterior. O que aconteceu? Na verdade, alguns fatores contribuíram para essa trajetória, sendo os principais: Primeiro e mais importante, todas as moedas de países emergentes tiveram trajetória semelhante (desvalor

Vivendo num mundo sem juros

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2019 foi o ano onde mais se discutiu o assunto juros, não é por menos que o Mosca escolheu como tema do ano. Naquele momento, a dúvida era em que nível o Fed iria parar seu movimento de alta. Mas não foi nesse sentido que os mercados caminharam, pois logo no início do ano, só se comentava sobre novas quedas. Na Europa esse tema era ainda mais agudo. Como se estivesse acompanhando uma tragédia, os meios de comunicação, bem como os analistas, faziam publicações a cada vez que o total de bonds com juros negativos batia um recorde. Se não me falhe a memória esse número chegou a U$ 17 trilhões. Com esse pânico instalado, um sem número de artigos enfatizavam que uma recessão se aproximava dos EUA. Os leitores menos especializados se depararam com assuntos do tipo: inversão de curva de juros; diferença entre os juros longo versus juros curtos, ciclo econômico, e todas evidencias que uma queda do PIB estava batendo na porta. O presidente Trump que é uma raposa, percebeu o tema

Meio gráfico basta

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O Mosca entra de “férias” no final do ano. Neste ano a publicação regular vai parar no dia 19/12, voltando no dia 13/01 do próximo ano. Como de costume, algumas publicações serão feitas neste meio tempo, sendo assim, sugiro que consultem seu meio de acesso nesse período. Estou preparando a inclusão de uma nova forma de comunicar com meus leitores, vou implementar um canal no Youtube. Já faz algum tempo que pretendia usar esse meio, porém pelo desconhecimento achava ser complicado. Depois da insistência de algumas pessoas e com a ajuda do meu filho, estamos próximos de colocar em prática. Quando do lançamento pretendo fazer um vídeo introdutório que explicara o seu conteúdo, de forma sucinta. A periodicidade das publicações não decidi ainda. Os vídeos serão de 2 a 3 minutos de um ativo especifico, dentro dos mercados que costumo cobrir. Você terá acesso através do Facebook, Linkedin, Twitter, mas a forma mais direta seria me seguir no Youtube, pois receberia uma notificação

Os BC's com a palavra

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Como comentei ontem, hoje teremos dois bancos centrais com decisões importantes. Na verdade, o que conta não nem o movimento esperado, pois ambos já telegrafaram o que pretendem fazer. No caso do Fed, é esperado que Jerome Powell reforce o sinal de que a política de queda de juros, está suspensa na reunião do banco central, alguns de seus colegas podem estar pensando em quando devem elevar novamente. O mercado de trabalho está apertado sob todas as métricas que se observa, esse pode ser um ponto que os membros levem em consideração. A previsão de taxas do FOMC até 2022 será acompanhada de perto. Enquanto economistas os veem em espera pelos próximos dois anos, um número considerável de diretores do Fed pode preferir retomar a elevação das taxas já em 2020. O gráfico conhecido como dots, provavelmente vai revelar a preferência da maioria. Outro assunto que certamente será levantado na secção de perguntas e respostas será o aperto de liquidez vivenciado pelo mercad