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Dúvida cruel

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Hoje foi noticiado que o volume de recursos alocados na bolsa por brasileiros suplantou a dos estrangeiros (52% a 48%). Apesar dos estrangeiros terem retirado R$ 40 bilhões, a diversificação efetuada pelos investidores locais suplantou essa cifra, motivado pela queda do juro. Os investidores locais com pouca ou nenhuma experiência em mercados de risco, estão se aventurando em novos mares. É natural que sintam receio, uma vez que, no passado tiveram diversas frustrações quando decidiram pela mesma alocação. Mas será que agora é diferente? Olhando de hoje eu acredito que sim. A equipe econômica que está no comando do país tem claro o que deve e o que não deve ser feito, e caminham no bom sentido para colocar o Brasil na direção do desenvolvimento. Não me perguntem o que eu acho do Presidente Bolsonaro, cada vez mais, isso é menos importante, do ponto de vista da economia, que é o que interessa para o Mosca . Assim como pular numa piscina pela primeira vez dá medo, inves

Contagio de segunda ordem

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Parecia que o receio de uma recessão tinha sido eliminado desde outubro, mas a eclosão do coronavírus volta a ameaçar as economias mundiais. É claro que isso acontece porque todas economias estão muito fracas. Assim como os casos de morte pelo surto em humanos ocorreu em pessoas com baixa imunidade, na economia pode ser do mesmo modo. Está seria uma nova forma de contagio. O parâmetro mais acompanhando pelo mercado, e também pelos bancos centrais, é a inversão da curva de juros, a diferença entre os juros curtos e os longos. Não se pode deixar de notar que o spread entre o juro do Tesouro dos EUA de três meses e 10 anos se inverteu na última quinta-feira pela primeira vez desde outubro. A curva caiu para zero durante todo o mês: as taxas de curto prazo permaneceram estáveis com a política do Federal Reserve, enquanto os rendimentos de longo prazo caíram em meio à crescente evidência de que o coronavírus mortal está prejudicando as perspectivas de crescimento econômico global.

Flash Back mesmo!

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Faço uma aposta com os leitores com menos de 40 anos. Algum de vocês já viu (ou sabia que existia) cofres de aluguel nos bancos? Se a estatística der mais de 10% ofereço um ano de subscrição grátis do Mosca com direito a todos os vídeos de Youtube do moscatrend!   Outro dia estava com minha filha e perguntei quanto ela carregava de dinheiro na carteira para uma eventualidade. Sua resposta foi 0 e disse “isso é coisa do passado”. Num mundo digital onde as transferências se tornam cada vez mais acessível e sem custo, porque haveria alguém de ir a uma agência bancaria, ou caixa eletrônico correndo o risco de ser assaltado para sacar dinheiro? Mas não é isso que está acontecendo na Europa e principalmente na Alemanha. Os indivíduos cada vez mais estão carregando euros em papel moeda. Mas não somente as pessoas, os bancos ao invés de depositar suas reservas no BCE com juros negativos, preferem manter em espécie. O volume em dinheiro físico dos bancos alemães, atingiram um

Contágio não contabilizado

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O assunto do momento é o coronavírus, com toda razão de ser, pois seu desenrolar pode ter serias consequências a população e aos mercados. Embora o contagio se dá com maior intensidade na China por razões óbvias, outras regiões estão sentindo a contaminação de outra forma, através dos mercados.   As consequências do mortal coronavírus estão atingindo os emergentes, um sinal de ceticismo de que a economia mundial possa facilmente se recuperar do seu pior ano em uma década. Após semanas de esperança de que um agente comercial impulsionasse a economia global, os investidores recuaram das apostas em commodities e mercados emergentes dependentes do consumo chinês. Nos oito dias de negociação até quarta-feira, o cobre industrial caiu mais de 10% e o petróleo Brent, o indicador global dos preços do petróleo, caiu quase 7,5%. Os preços mais baixos dos materiais ameaçam o crescimento de países produtores como Chile e Brasil, e as moedas desses e de outros mercados emergen

O sinal do Dr. Cooper

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Existe uma crença no mercado que, para saber como anda a economia global, veja o que acontece com o preço do cobre, essa commoditie seria o “médico a ser consultado”. O maior fabricante dessa commoditie é a empresa Freeport-McMoRan que pegou uma carona no assunto coronavírus. Suas ações estão à beira de um mercado de baixa (queda de 20%), já que a mesma, alertou sobre a queda dos preços do cobre devido a preocupações com o coronavírus, que afetou gravemente a economia da China. O presidente-executivo da empresa, Richard Adkerson, disse em uma entrevista na terça-feira que o surto de coronavírus na China é um "verdadeiro evento do cisne negro" para a economia global. A China é a maior compradora de metais industriais do mundo e, com grandes setores do setor industrial fechados por causa do vírus e do feriado, a demanda entrou em colapso, reduzindo os preços nas últimas dez sessões, a maior série de perdas desde 1986. No histórico de preços dos últimos

E agora José?

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Um artigo da Bloomberg busca comparar a situação atual do coronavírus com outros momentos de mercado buscando alguma luz do que pode se esperar. O desenrolar de surtos semelhantes de doenças nas últimas décadas seguiu um modelo de mercado reconhecível: existe uma venda de ativos de risco que dura até que a preocupação chegue a um crescendo, em seguida o surto fica sob controle. No momento seguinte é hora de uma recuperação. As vendas causadas por epidemias anteriores criaram oportunidades de compra. Esse é claramente o caso base que muitos investidores ainda estão usando, e a queda de 1,62% do S&P500 na segunda-feira, no índice MSCI All-World, não parece excessiva. Mas mesmo que o coronavírus tenha sido inegavelmente o catalisador dos declínios dos últimos dias, há outras coisas em andamento? Se olharmos para o gráfico a seguir, podemos ver que essa reversão é notavelmente semelhante a uma que começou na mesma data há dois anos. Nas duas ocasiões, o índice S&P 500 s

O imprevisível

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Desde que os principais riscos de mercados foram minimizados, as bolsas ao redor do mundo iniciaram um movimento de alta, quase que sincronizada. Depois de ficar em “banho Maria” por diversos meses anteriormente, o SP500, ícone mundial, rompeu seu limite anterior e imprimindo novas máximas diariamente. Os investidores que estavam céticos passaram a comprar ações, afinal, o que poderia dar errado? Por outro lado, os parâmetros técnicos indicavam cautela. Nesse caso, tanto a bolsa brasileira, o Ibovespa, bem como o SP500, estavam se aproximando de níveis que indicavam forte resistência, conforme eu frisei nos posts e Youtube, durante algumas semanas. Num cenário benigno o investidor procura razões para desconfiar da alta, e acaba chegando à conclusão que nada pode interromper a ascensão. Na verdade, a mente humana é traiçoeira nesses momentos, pois busca eliminar pensamentos que levam ao sofrimento. O que não se considera nessas situações é que o imprevisto faz parte da vid