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Tudo de novo!

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O ser humano não vai mudar nunca suas emoções têm um peso importante na área de investimentos. De uma forma geral, o medo e ganância oscilam entre os investidores. O problema é quando surge uma mania, originando um movimento nessa direção denominado de efeito manada, definido como: a tendência humana de repetir ações feitas por outras pessoas, ainda mais se estas forem influentes, esperando assim ter o melhor resultado possível em um mar de escolhas. Há menos de 90 dias o mundo foi invadido pelo Covid-19 de forma fulminante, sem que a ciência fosse capaz de identificar minimamente como era sua transmissão, o medo assolou os habitantes nos quatro cantos do mundo. As pessoas acabaram entrincheirados em sua casa. Essa paralização instantânea, sincronizada, de praticamente todas as atividades econômicas, levou os analistas a previsões catastróficas. Mas o espírito de sobrevivência é mais forte e fez os governos reagirem para suportar todas as pessoas que do dia para noite se

Desglobalização: Uma visão curta

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O Presidente Trump iniciou o processo de desglobalização que estamos assistindo. Com sua visão pequena que, ao diminuir as importações americanas isso faria crescer a indústria local. Primeiro que, as empresas buscam alternativas a sua indústria que minimizem seu custo de produção. Um conceito que até uma criança entenderia. Isso acabou acontecendo no ano passado, quando parte da produção de empresas americanas se mudaram da China para o Vietnam. Em segundo plano fica o risco que concentrar todo seu parque fabril em único país, nesse quesito a desglobalização deve incentivar a indústria americana como um hedge da empresa. E por último, se pretendia crescer o emprego desta forma, os robôs estão aí para assumir boa parte destes postos, ainda mais agora depois da pandemia. O renomado economista, Kenneth Rogoff, descreveu com propriedade os riscos desse movimento. A economia mundial pós-pandemia parece provavelmente uma economia muito menos globalizada, com líderes políticos e pú

Estarrecido!

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Realmente, a pandemia está desafiando as previsões de forma estupenda. Na mesma velocidade que o vírus se espalha infectando no atacado quem ficou exposto, os dados econômicos surpreenderam de forma rápida para baixo e para cima. A publicação dos dados de emprego hoje deixou o mercado estarrecido, pois ao invés de eliminar 8,0 milhões de empregos foram criados 2,5 milhões. Ninguém, absolutamente ninguém, previa um número positivo, quiçá dessa magnitude. O emprego aumentou acentuadamente nas indústrias, incluindo lazer e hospitalidade, construção, serviços de educação, saúde e varejo, de acordo com o Departamento do Trabalho. "Essas melhorias no mercado de trabalho refletiram uma retomada limitada da atividade econômica que foi reduzida em março e abril devido à pandemia de coronavírus (COVID-19) e aos esforços para contê-la". A taxa de desemprego caiu de 14,7% no mês anterior, que foi a mais alta dos registros datados de 1948. Uma medida mais ampla do desempr

Perpetuação da desigualdade

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Na história do Mosca inúmeras foram as publicações onde enfatizei a grande desigualdade entre os trabalhadores, ao redor do mundo. Com as economias desenvolvidas concentradas cada vez mais em serviços, que por sua vez demandam empregados qualificados, a distância entre os que ganham menos e os que ganham mais só aumenta. Outro complicador é o advento dos robôs que vem substituindo os humanos de forma crescente, e ainda mais agora, com o distanciamento no trabalho para os humanos, afinal, os robôs são imunes ao vírus por princípio! Hahaha ... Esse quadro representa uma trajetória estrutural que caminhava num determinado ritmo até o evento da Covid-19. Com o isolamento instantâneo e generalizado das pessoas, os governos saíram no auxílio aos mais necessitados, e no caso do EUA algumas categorias estão recebendo mais dinheiro do que quando estavam empregados, ou mesmo no seu emprego atual, se foram colocados em licença. No início de abril, 31% dos americanos disseram que o p

Outra visão

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Uma boa parcela dos investidores e analistas está surpreso com a performance das bolsas de valores. O motivo é que diversos indicadores econômicos apontam para resultados horríveis, e não acreditam que a volta ao normal será rápida. O Mosca vem publicando argumentos que contemplam a sustentação da alta, mas seria imprudente não ouvir os que acreditam ao contrário. Os relatórios da Gavekal em sua maioria, oferecem visões que nem sempre são percebidos pelos outros analistas, realmente vale a sua leitura. Mas mesmo dentro dessa empresa existem opiniões distintas. Um de seus sócios publicou motivos para acreditar que a bolsa deve cair no futuro próximo. Os argumentos para se tornar negativo são os mesmos hoje, aos de início de abril, e ficam ainda mais claros se considerarmos quatro falácias que impulsionaram a enorme recuperação nos preços das ações desde 23 de março. Como alternativa, essas podem ser as quatro razões pelas quais ele errado há dois meses e estará errado no

Entricheirado

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Ocorreu a explosão de um indicador que é encardo pelos economistas como potencial para aumento da inflação. Inicialmente, uma definição é necessária para quem não é economista. A tabela abaixo indica as várias camadas como são calculados o M0, M1, M2 ... O M3, variável que vou apresentar a seguir, indica os recursos imediatamente disponíveis as pessoas.   A Ilustração abaixo aponta as várias recessões que ocorreram nos EUA. Normalmente quando ocorre esse cenário, o Fed se utiliza de ferramentas financeiras para injetar liquidez no sistema amenizando o efeito da queda do PIB. Agora, vejam o que aconteceu recentemente com o M3 no mercado americano. Nenhum momento passado não chega perto do que ocorre atualmente. Na teoria clássica econômica, isso seria altamente temeroso no aspecto inflacionário. Mas algo anormal está acontecendo com o consumidor conhecido como grande gastador. A reação política ao vírus geralmente afeta mais os gastos do que a renda. Nas econom

Detetive financeiro

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Talvez a grande dúvida que paira nos mercados financeiros hoje é: Se a economia sofreu tanto com a Covid-19, impactando diversos setores, como pode a bolsa americana estar próximo aos níveis antes da eclosão do vírus? Meu ex-sócio da Linear, Emir Capez, costumava dizer que contra o fluxo não há argumentos e nada é mais verdade nesse caso. Mas quem será que está comprando? Um relatório produzido pela Gavekal dá uma pista interessante neste sentido. Todos os mercados em alta começam como “animais rejeitados” não amados, mas a que começou nas ações dos EUA em 23 de março foi especialmente desprezado. As notícias nos dois intervenientes meses foram terríveis, com o aumento do desemprego, o colapso do crescimento e aumento das tensões EUA-China. Além disso, ainda não está claro quem é comprador e por quê. Então, procurando entender se um mercado que está em alta 33% do mínimo pode ir além, considere os seguintes possíveis drivers. Investidores institucionais : a julgar por