Brexitttttttttttt....
Quando vocês estiverem lendo o Mosca, já se saberá se a Inglaterra fica ou não no euro. Os mercados
desde ontem à tarde estão com uma liquidez bastante baixa, uma vez que, a
grande maioria dos bancos tem orientado seus clientes a não tomarem posições
até que o resultado seja anunciado.
O banco Barclay´s publicou o que os 6 principais bancos
centrais farão, caso o Brexit ganhar o referendo. Para não encher mais sobre
esse assunto veja as suas principais ações:
- Bank of England – Irá cortar a taxa de juros para 0%.
- BOE – Implementa uma linha de emergência de liquidez.
- FED – Posterga a elevação dos juros.
- Bank of Japan – Intervenções esporádicas no yen.
- Swiss National Bank – Venda agressiva de francos suíços.
- Swedish Central Bank – Mais medidas de afrouxamento monetário.
E eu, pretensiosamente, incluo mais um banco central.
- Banco Central do Brasil – Reza! Hahaha....
A maneira em que os mercados reagiram nada disso será
preciso, mas como comentei ontem, as pesquisas estavam divididas, e pelo sim, ou
pelo não, ficam as dicas deste analista.
Um outro artigo, cujo assunto não é novidade, relata sobre a
queda das taxas de juros globalmente. Paul Mortimer-Lee, economista do banco BNP-Paribas,
escreveu recentemente suas ideias sobre esse assunto?
Você está preocupado com o mercado de títulos? Talvez devesse
ficar. Segundo ele diz, o mercado de títulos não está pintando uma imagem
boa para a economia no momento.
"A tendência de queda aparentemente inexorável dos
rendimentos dos títulos, parece sugerir um buraco negro, com rendimentos de
títulos em quedas constantes, que vem sendo puxado para baixo por uma força
gravitacional intensa".
Ele acredita que, em vez de política monetária, o mercado de
títulos está refletindo preocupações de curto prazo, como a instabilidade
política na Espanha, o referendo no Reino Unido antes de sair da União
Europeia, bem como os últimos dados de emprego nos USA. Acrescentando a essas
questões, são preocupações de longo prazo que foram arrastando para baixo os
rendimentos.
"Parece-nos que os sinais de fraqueza econômica dos EUA
estão por trás da mudança de rendimentos dos títulos, junto com a cumplicidade
do fracasso da economia chinesa, para responder de forma significativa o
grande estímulo dado".
"Estamos atentos para ver se a queda de juros é uma
manifestação diferente da turbulência que vimos nos mercados em agosto passado
e no início deste ano."
Mortimer-Lee também afirmou que, olhando para frente, as
quedas de juros revelam uma tendência preocupante na confiança dos
investidores. Rendimentos mais elevados (em teoria) devem refletir as
perspectivas de crescimento a longo prazo e a saúde da economia. O fato das
taxas estarem baixas, na opinião de Mortimer-Lee, é porque os investidores
estão expressando sérias preocupações sobre a estabilidade financeira das
economias globais.
Além disso, a tendência das taxas de títulos de longo prazo
cairam a níveis próximos dos títulos de dívida de curto prazo, também referido
como um achatamento da curva de rendimentos, que também preocupa.
Rendimentos de títulos são inerentemente prospectivas. O
achatamento desse diferencial não é um bom sinal, porque sinaliza menos fé nas futuras perspectivas de crescimento e / ou inflação. O Gráfico a seguir
expressa o crescimento do PIB dos EUA e o diferencial de juros entre os títulos
de 10 anos e 2 anos. Ele parece sugerir uma defasagem de cerca de um ano, entre a
mudança na curva e subsequente desempenho do crescimento. Visto por este
prisma, o achatamento recente da curva de títulos parece preocupante, uma vez
que, pode prenunciar um novo enfraquecimento da atividade nos próximos meses.
A inversão da curva de rendimentos, ou o rendimento de
títulos de 10 anos caindo abaixo dos títulos de dois anos, tem sido observado
como um dos indicadores mais confiáveis para prever uma recessão nos EUA.
Então, como isso está mais próximo de acontecer, os temores de recessão podem
borbulhar.
"Os mercados de risco, muitas vezes trata as 'más’
notícias como boas notícias', em que, o enfraquecimento da atividade sinaliza
um FED mais acomodativo".
"No entanto, o alcance limitado do FED, tem que lidar com
os desenvolvimentos significativamente adversos. Isso deve significar que, uma
má notícia seja vista pelo que ela é: Má notícia!
Hoje excepcionalmente não farei nenhum comentário técnico, o
motivo é que um resultado adverso do Brexit poderá modificar significativamente
as cotações. Além do mais, mesmo que não ocorra mudança, ou seja, a Inglaterra permaneça no euro, ainda existe aquele famoso ditado: ”sobe no boato e caí fato”. Quero
deixar registrado também que, se a margem de vitória for muito estreita, tipo
51 x 49, terá um efeito imediato negativo. É uma vitória não convincente.
Vou atualizar o stoploss do ouro a US$ 1.275, preço de entrada da posição.
O SP500 fechou a 2.113, com alta de 1,34%; o USDBRL a R$ 3,3396, com queda de 1,07%; o EURUSD a 1,1381, com alta de 0,77%; o ouro a US$ 1.257, com queda de 0,70%.
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