Marcha Lenta
O PMDB lançou o programa Ponte para o Futuro quando Dilma ainda era Presidente da República. Naquele instante essa ação gerou um frisson entre os partidos e ficou claro que o PMDB estava desembarcando do governo. Esse plano explicitava as ações necessárias para colocar nossa economia no rumo.
Desde que Dilma foi temporariamente desempossada de seu
cargo, Michel Temer tem se deparado com vários problemas, principalmente em
relação a seus Ministros, onde alguns tiveram que renunciar aos seus cargos.
Mas na montagem de sua equipe econômica não existe nenhum analista que não a elogie, com exceção do pessoal da “Nova Matriz econômica”, cujo melhor local
para suas ideias seria um capítulo no livro texto de economia, do que não se deve
fazer!
Henrique Meireles, Ilan Goldfjan e todos os outros
colaboradores, sabem muito bem que é essencial a diminuição do déficit público,
na verdade é necessário um superávit para no mínimo estancar o crescimento da
dívida pública. Outras medidas são também indispensáveis, como Investimentos em Infraestrutura,
corte de despesas governamentais, e tantas outras.
O que está nas mãos do governo, não vejo
problemas, é uma questão de tempo. Mas o que depende do legislativo, tenho sérias
dúvidas se os cortes necessários serão aprovados. O gráfico a seguir mostra a
evolução das despesas e receitas públicas em relação ao PIB com uma simulação
para o futuro.
Com um crescimento do PIB de 3% e as reformas propostas, o déficit
atingiria o pico em 2017, para daí em diante reverter. Continuando com essas
premissas e fixando um juro real de 4,5% a.a., a dívida atingiria o topo um
pouco acima de 100% do PIB em 2027, para em seguida traçar uma trajetória
lenta de declínio.
Temer terá cacife para passar as reformas necessárias? Tenho sérias dúvidas. Meus motivos são: primeiro que muita gente não o aceita como Presidente, preferem uma nova eleição já; depois, ontem ficamos sabendo que Sérgio Machado, que deu mais tiros que John Wayne em todos seus filmes, acusou Temer de receber recursos ilícitos. Agora, mesmo que não tenha recebido a dúvida, vai persistir, e isso o torna mais frágil.
O cenário mais provável em minha avaliação, é que teremos um
governo tampão até 2018, que fará o possível, mas não o necessário. Vamos
caminhar em marcha lenta nas reformas e marcha acelerada no crescimento da
dívida, e é isso que me incomoda.
Embora eu tenha analisado o ouro ontem desconfiança, vou repetir hoje, pois o movimento do mercado é muito
instrutivo. Os meus comentários foram: ...” Hoje o metal adentrou nesta região com as
cotações muito próximas a US$ 1.300. Eu pensei anteriormente que o ouro poderia
retroceder parcialmente. Pode ser que ainda aconteça agora, ou de um nível mais
elevado. Tecnicamente, um rompimento do nível US$ 1.305, deveria originar um
trade de compra. Mas alguns fatores menores me deixam temeroso”...
Ao analisar o gráfico no longo prazo, complementei com a
seguinte sugestão de trade: ...” compra
caso o nível de US$ 1.305 - no fechamento, seja ultrapassado, o stoploss
será bem curto de US$ 1.275”... Muitos de vocês poderiam se perguntar, o
porque enfatizo que esse nível deve ser superior no fechamento. E Hoje, vou
poder dar um exemplo real.
A seguir, estou incluindo um gráfico hora a hora das negociações. Na abertura da Europa, atingiu
a máxima de US$ 1.313 recuando em seguida. Quando abriu NY buscou romper esse
patamar novamente, e atingiu a máxima de US$ 1.315. A partir daí, caiu interruptamente
até o fechar a US$ 1.278, a mínima do dia.
O fechamento de hoje indica, no mínimo, mais quedas no curto
prazo. Tecnicamente, o fato de o ouro tentar romper a barreira de US$ 1.305 e
não ter conseguido, fechando na mínima, é ruim. Desta forma, evitamos um
prejuízo, e estamos sem ordem no momento.
Se vocês notarem, eu deixei o mercado decidir por mim. No meu
comentário expressei que tinha dúvidas da continuidade da alta, mas
tecnicamente ela poderia acontecer. Assim se o mercado tivesse força teríamos comprado,
como não teve, problema de quem comprou!
Isso pode parecer estranho para quem não usa análise
técnica, como poderia delegar a decisão para o mercado, sou eu que devo
decidir! Mas para quem usa essa ferramenta, que avalia as forças de mercado pelas
interpretações dos gráficos, é comum.
O SP500 fechou a 2.077, com alta de 0,31%; o USDBRL a R$ 3,4656, com queda de 0,18%; o EURUSD a 1,1223, com queda de 0,36%; e o ouro a US$ 1.278, com queda de 1,08%.
Fique ligado!
O SP500 fechou a 2.077, com alta de 0,31%; o USDBRL a R$ 3,4656, com queda de 0,18%; o EURUSD a 1,1223, com queda de 0,36%; e o ouro a US$ 1.278, com queda de 1,08%.
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