E agora Yellen?
A publicação da taxa de emprego foi chocante, ficou muito
abaixo do esperado com a criação de 38 mil postos. Além desse dado ruim, as
revisões dos meses anteriores também foram reduzidas. Como pode-se ver no
gráfico a seguir, esse resultado é o menor desde 2010.
O mais interessante é que a taxa de desemprego caiu para
4,7%, onde deveria ter ocorrido o contrário. Mas qual foi o motivo? O participation rate caiu para um dos menores níveis dos últimos anos, a 62,6%. Isso
significa que cada vez mais americanos saem do mercado de trabalho. Agora o que
eles fazem para viver, ainda é uma grande incógnita.
Como comentei ontem, existe um impacto relativo à greve da
Verizon, mas certamente não justifica tamanha diferença. A reação nos mercados
foram imediatas, o dólar está caindo contra todas as moedas, inclusive o real,
os juros caindo e a bolsa em leve queda.
O dado de inflação no qual o FED usa para estabelecer sua
meta de 2% - PCE, também não vem dando mostras que está subindo. No gráfico
abaixo fica claro a diferença entre esse último e o indicador mais conhecido
como CPI.
Em épocas passadas isso seria encarado como uma manipulação
da autoridade monetária para “esconder” o número real, nos dias de hoje é o contrário. Devem ter se arrependido da mudança de índice!
O mercado, com tudo isso, já praticamente descartou a elevação
dos juros em junho, pois além desses dados ruins, a decisão no Reino Unido se
ficará, ou não na comunidade europeia, pode ter impactos importantes nos
mercados.
A ilustração a seguir mostra o círculo vicioso em que o
mercado se encontra atualmente, parece a conhecida frase: ..."se ficar o bicho pega, se fugir o bicho come"...
se aplica bem.
Eu não gosto mesmo de perder e nem pensar ficar em último lugar,
nesse caso me dá a garantia que não tenho a menor habilidade, melhor desistir.
Então vejam a seguir o gráfico do PMI de manufatura dos principais países.
Que horror! Será que a Dilma não tem vergonha?
Eu iria comentar sobre o euro, porém os juros de 10 anos se
aproximam de um nível importante. No post Europa-ainda-sem-solução, comentei que existiam 2 possibilidades para os
juros: ... Numa tendência de alta, acima
de 2% a.a. daria a primeira indicação, porém é acima de 2,20% - 2,30%, onde
ficará mais forte o sinal. Caso contrário, na queda, o nível de 1,65% a.a.
rompido, oferecerá o sinal para novas quedas”... E o espelhado no gráfico abaixo, deve prevalecer.
Com o movimento de hoje se aproximando de 1,70% e pela forma
como ocorreu, devemos estar testando os níveis de 1,65% em breve.
Vou estabelecer um trade para a venda de juros ao nível de
1,69% - no fechamento, com um stoploss a 1,80% a.a. Se estivermos certos em
nosso trade, preparem-se para as manchetes quando negociar abaixo de 1,5% a.a.,
lógico que não aqui no Brasil cuja prioridade é a operação lavajato, dá mais Ibope!
Hahaha...
O SP500 fechou a 2.099, com queda de 0,29%; o USDBRL a R$ 3,5237, com queda de 1,92%; o EURUSD a 1,1365, com alta de 1,93%; e o ouro a US$ 1.244, com alta de 2,78%.
Notem como o real subiu quase o mesmo percentual que o euro, esse é um resultado que confirma minhas afirmações que a moeda local depende do que acontcesse com o 'dólar-dólar' e menos com o a situação política.
Fique ligado!
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