Valeu a frase popular #bitcoin #nasdaq100

 

Quando eu era pequeno, toda vez que saía de casa, minha mãe perguntava: "Levou o casaco?" Não importava se estava quente ou frio. Talvez, devido à sua experiência durante a guerra, ela preferisse prevenir contra o frio. Eu ficava irritado, só aceitando se fizesse sentido. O pior era quando o clima mudava; eu voltava com frio, e ela dizia: "Eu não avisei?". Não vou repetir o mesmo aqui!

A famosa frase popular "sobe no boato e cai no fato" parece se aplicar ao tão esperado lançamento dos ETFs de Bitcoin, que caiu 17% desde a recente alta. No post aprovação-no-grito, fiz os comentários: "... Pela visão do Mosca, espera-se uma queda para níveis de U$ 32 mil, o que, se acontecer, seria uma decepção para aqueles que esperam que o ETF seja o gatilho para a alta."

John Authers perguntou a diversos analistas qual a sua opinião sobre esse novo ETF na Bloomberg.

Há exatamente uma semana, os reguladores dos EUA aprovaram o lançamento impressionante de quase uma dúzia de ETFs de Bitcoin à vista. Agora, Wall Street pode avaliar se esses novos produtos eram realmente tudo o que aparentavam. O veredito? Na verdade, excelente.

O ETF de Bitcoin da BlackRock Inc. ultrapassou US$ 1 bilhão em investimentos, tornando-se o primeiro do grupo a atingir esse marco. A Fidelity Investments está em segundo lugar. BlackRock e Fidelity, duas das maiores provedoras de investimentos do planeta, lideraram a consolidação inicial nesse novo ativo, recebendo 68% de todas as entradas nos novos ETFs do mercado. A chegada dos ETFs  frustrou a expectativa até gora pela queda de preço, apesar de terem atraído investimentos significativos.

O debate sobre como avaliar o Bitcoin intensifica-se. Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase & Co. e influente banqueiro, acredita que é melhor não atribuir valor ao Bitcoin. A filosofia de Jack Bogle, fundador da Vanguard Group, também vai contra a criptomoeda. Bogle era contrário aos ETFs, argumentando que os clientes deveriam comprar e manter a longo prazo, evitando a negociação em bolsas. A empresa ofereceu ETFs, mas se recusou a apresentar os ETFs de Bitcoin em sua plataforma, considerando-os investimentos inadequados.

Dhaval Joshi, estrategista de investimentos na BCA Research, destaca a dificuldade de confiscar Bitcoin como sua principal virtude, superando até mesmo o ouro. Ele argumenta que o ouro, embora resistente à inflação e corridas bancárias, pode ser fisicamente roubado. Joshi sugere que o valor do Bitcoin reside no fato de não poder ser confiscado, tornando-o potencialmente mais valioso do que o ouro.

Charlie Morris, presidente da Crypto Composite Ltd. e veterano do mercado de ouro, afirma que o valor intrínseco do Bitcoin é zero, comparando-o à Mona Lisa, cujo valor intrínseco também é difícil de determinar. Ele destaca que, embora a não-confiscabilidade seja atrativa, não garante valor intrínseco a um token cripto. Morris compara a rede do Bitcoin às grandes empresas de plataformas de internet, sugerindo que seu valor aumenta à medida que a rede se expande. A chegada dos ETFs de Bitcoin, segundo Morris, só fortalecerá essa rede.

No entanto, há um contra-argumento: o Bitcoin em uma carteira digital é difícil de ser apreendido, mas o mesmo não se aplica ao Bitcoin em um ETF. Essa contradição em relação à fundação original do Bitcoin pode ser um ponto de discussão contínua.

Não sei por que Authers classifica o objetivo de "ótimo"; os argumentos dos vários analistas, em meu ponto de vista, não convencem. O fato de não poder ser confiscado pode ser valioso para o governo russo e alguns de seus habitantes, mas não imagino que o confisco que ocorreu durante a guerra da Ucrânia possa se generalizar.

Mas tudo são opiniões individuais, e o importante para a criptomoeda é saber se haverá novos compradores ou não, condição absolutamente necessária para que se valorize. Para responder a essa pergunta, prefiro analisar os gráficos. Os leitores do Mosca sabem que trabalho com dois cenários para o bitcoin, um com alta limitada no qual venho trabalhando, e outro de altas mais expressivas que ultrapassariam a máxima histórica de U$ 66 mil.

Como em ambos é esperada uma queda no curto prazo, não importa muito em qual deles esteja. Porém, uma reavaliação do cenário principal do Mosca, é possível que essa alta não mais aconteça, e a criptomoeda caminhe para níveis muito mais baixos. Vejam como seria:

Ainda é muito cedo para considerar essa opção, mas queria deixar marcada, pois pode ser que prevaleça. Para que esse cenário ganhe mais força, é necessário que a área destacada entre 31.345 e 24.900 seja rompida. Ainda faltaria um tempo razoável além da queda expressiva. Se acontecer, o objetivo final seria por volta de U$ 11.000.

O Deutsche Bank realizou uma pesquisa com seus clientes perguntando qual seria o nível do bitcoin ao final de 2024; a maioria respondeu abaixo de U$ 20.000. Embora esse prazo seja curto, vai ao encontro desse meu cenário. Será que há "inside information" aqui no Mosca? Hahaha...

No post muita-água-vai-rolar fiz os seguintes comentários sobre a nasdaq100: ... “ A disciplina do Mosca agora é buscar não ter viés. É difícil! Voltando à terra, o objetivo na opção que estou trabalhando é entre 17.360 / 17.450” ...

Tudo indica que a nasdaq100 caminha para o objetivo de cerca de 18.200. Hoje decidi arriscar uma compra na abertura a 17.050 visando esse alvo, o stop loss inicial é 16.800. Peço para os leitores ficarem de olho pois se tudo der certo vou apertando esse último sempre que possível. Assumo que é um trade arriscado, mas....

O acúmulo de recursos em fundos de curto prazo nos EUA atingiu novos recordes, a bagatela de U$ 9,0 trilhões. Os analistas estão de olho nesse indicador, pois qualquer alocação para os mercados de risco seria um grande propulsor de alta.

A reportagem que acompanha esse dado efetuou uma pesquisa com uma variedade de pessoas que detêm recursos aí. Fiquei coma impressão de que a maioria tinha receio de perda de valor pela inflação e considerava a taxa de 5% muito atrativa. Esses dois argumentos me fazem crer que se algo ruim não acontecer, como a recessão, é provável que, com o tempo, possam migrar para o mercado de ações, que, diga-se de passagem, 60% de toda população tem algum tipo de investimento na bolsa, ou seja, tem experiência nesse tipo de ativo. Se houver migração a bolsa ainda teria muito para andar.

O SP500 fechou a 4.839, com alta de 1,23%; o USDBRL a R$ 4,9310, sem variação; o EURUSD a € 1,0895, com alta de 0,19%; e o ouro a U$ 2.029, com alta de 0,32%.

Fique ligado!