A prova dos nove #nasdaq100; #NVDA

 


Hoje, meus comentários serão sobre o mercado, além das explicações do porquê resolvi liquidar a posição de Nasdaq 100 ontem. Inicialmente, o assunto é Nvidia que, segundo James Mackintosh relata no Wall Street Journal, pode ser o problema para o mercado.

Foi o melhor dos tempos, não foi o pior, mas houve tempos bastante ruins. Na história de dois mercados de ações enfrentados pelos investidores americanos, o S&P 500 está disparando para novos recordes impulsionado por uma única empresa, Nvidia NVDA, enquanto empresas menos importantes caem e permanecem bem abaixo de seus picos.

O índice Russell 2000 de empresas menores está 17% abaixo de seu pico de novembro de 2021 e não fez nenhum progresso neste ano.




No S&P 500, que inclui as maiores empresas, a ação média está aproximadamente onde estava no início de 2022, e mais da metade dos componentes atuais estão em queda desde então. Pior ainda, apenas 198 conseguiram ganhos neste mês, mesmo com o índice atingindo novos recordes intradiários em 11 dos 13 dias de negociação.

Este estreitamento do mercado está preocupando os analistas técnicos, que acreditam que ganhos amplos por muitas ações—chamado de amplitude—tornam um mercado altista mais sustentável.

Na verdade, o que isso indica é que há duas forças diferentes impulsionando as ações: a demanda por chips para impulsionar a inteligência artificial e a preocupação com a economia e as taxas de juros – Macintosh não lê o Mosca! Hahaha ...

A primeira levou a Nvidia, algumas outras ações e o mercado como um todo a novos patamares, e fez da Nvidia a empresa mais valiosa do mundo. A segunda empurrou a maioria das ações para baixo à medida que dados fracos reduziram as expectativas de crescimento, enquanto o Fed continua preocupado com a inflação.

Concordo que, nesse caso, a falta de ganhos amplos coloca o rali em risco, mas por um motivo diferente do que alguns podem pensar.

Minha preocupação é que o mercado esteja excessivamente dependente de apenas uma ação, a Nvidia, que por si só representou um terço do ganho do S&P 500 neste mês antes da queda de quinta-feira e 44% dos ganhos desde o início de 2022. Se a Nvidia parar de performar—seja porque a demanda por chips enfraquece, seja porque o hype da IA enfrenta a realidade ou simplesmente porque todos já a possuem—o índice dependeria do resto do mercado. E o resto do mercado é muito menos sólido.

Os investidores compram o S&P por meio de ETFs de índice baratos e populares porque querem espalhar sua exposição por muitas empresas. No momento, eles estão comprando muito risco específico da Nvidia e mais amplo de IA. Isso funcionou até agora, pois a corrida da IA levou a uma demanda extraordinária por chips da Nvidia, mas o S&P está fazendo muito menos para diversificar riscos do que costumava.




É possível que o resto do mercado possa se destacar se a Nvidia parar. Mas outras ações impulsionadas pelas esperanças da IA são improváveis de se sair bem se a Nvidia for mal, então os ganhos dependeriam das ações sensíveis à economia fora das Big Tech. E a Nvidia agora é tão grande que quedas em suas ações podem arrastar para baixo um mercado que, de outra forma, estaria bem, como na quinta-feira, quando o S&P teria subido se não fosse pela queda do fabricante de chips.

O problema aqui é que os investidores estão cada vez mais preocupados com o crescimento, enquanto temem que o Fed não corte as taxas rapidamente o suficiente para ajudar. Os rendimentos dos títulos têm caído, com o rendimento sensível a taxas de dois anos caindo de 5,1% no final de abril para 4,7%. Mas os traders praticamente desistiram de cortes de taxas tanto no próximo mês quanto em setembro, já que os oficiais do Fed advertem que precisam de mais evidências de que a inflação está se dirigindo para sua meta.

Isso levou a uma mudança de comportamento das ações menores no S&P neste mês. Em vez de serem impulsionadas por rendimentos de títulos mais baixos, a ação média caiu à medida que os rendimentos dos títulos caíram. Mesmo as menores do Russell 2000, que tendem a ter mais dívidas e, portanto, tendem a ser mais sensíveis aos rendimentos, não se beneficiaram. Uma economia mais fraca sem muitos cortes de taxas não é uma perspectiva agradável para os investidores em um momento em que taxas altas já estão prejudicando consumidores de baixa renda e empresas menores e mais fracas.

A boa notícia é que o mercado é volúvel. Pode facilmente mudar de preocupação com uma economia fraca para pensar que o crescimento é forte, especialmente porque os dados mais recentes foram mistos. A estimativa GDPNow do Fed de Atlanta para o crescimento no segundo trimestre, com base nos dados até agora, está de volta acima de 3% anualizados, uma cifra muito boa.




Felizmente para aqueles que compraram passivamente o S&P 500, toda a preocupação com a economia foi abafada pelos enormes ganhos da Nvidia, Apple e Microsoft—que adicionaram mais valor neste mês do que todos os outros membros do S&P juntos.

Isso realmente pode continuar? Charles Dickens escreveu que “foi uma época da crença, foi uma época da incredulidade.” Eu me inclino para o último.

O argumento de Mackintosh é totalmente válido. O mercado não pode colocar todas suas fichas numa única ação. Em algum momento, a distribuição dos resultados será mais abrangente conforme o mercado acreditar nas empresas com ‘carteirinha’ de IA. Quando isso vai ocorrer ninguém sabe, e enquanto isso, é a Nvidia que vai polarizar.

Eu selecionei alguns gráficos para análise. Inicialmente, a ilustração abaixo mostra os principais indicadores dessa empresa. Como podem notar, todos, com exceção de um, se encontram no máximo. O que não a coloca no topo é o número de funcionários, bastante reduzido quando comparado às outras empresas do S&P 500. Isso é bom ou ruim? Na opinião do Mosca, muito bom!




Não preciso colocar gráficos comparativos da Nvidia com outras empresas. São todos um massacre; nada chega perto. E em relação ao bitcoin, a escolhida dos adeptos das criptomoedas, como será que foi? Fiz uma análise num período de um e dois anos e, como podem ver a seguir, a Nvidia continua liderando, o que corrobora o título que dei, de ela ser ela a real moeda digital.




Por onde se analisa, a Nvidia não tem concorrente por enquanto; é imbatível. Passou com folga a prova dos 9. Mas, como em qualquer situação de um primeiro colocado, a próxima conquista é perder esse posto! Ninguém é eternamente campeão!

No post est-tres-difficille fiz os seguintes comentários sobre a Nasdaq 100: ...“A Nasdaq 100 está próxima de terminar uma sequência de alta na onda (1) azul ou estamos numa onda 3,3,3. Fiz um exercício a fim de calcular um primeiro objetivo nessa última situação e cheguei a 27.850. Decidi que vou ficar apertando o stop loss e deixar a vida me levar, ou melhor, o mercado! Hahaha.

—David, por que não muda de vez para o cenário mais agressivo? Vamos para a emoção e pronto!...

—Dinheiro não é capim! Não posso fazer isso sem que exista uma evidência mais concreta para adotar esse plano.” ...

 



 Como os leitores sabem, eu estou dividido entre duas contagens distintas. Em relação à que pode produzir uma queda mais profunda, a que eu estou trabalhando, ontem atingiu o objetivo calculado, então só por aí merece atenção. Mesmo no cenário mais altista, houve a concretização de 5 ondas.

A oscilação ontem foi mais profunda que os dias anteriores—nada grave, então decidi sair e observar um pouco o desenrolar da carruagem. Inicialmente, veja qual seria a correção esperada no cenário atual.




Para ser bem otimista, a queda levaria a um alvo entre 17,2 mil (~ -15%) / 16,8 mil (~ -17%), o término da onda (iv) laranja, um nível considerado dentro do esperado nesse movimento. O nível de queda pode ser bem inferior a esses. Em relação à alternativa mais altista, a onda 2 verde – gráfico abaixo, é menorzinha, cujo objetivo seria ao redor de 18,6 mil (~ -6%). Preciso aguardar para ver em que caso se encaixa.

Quando se provariam erradas minhas premissas? Se a bolsa continuar subindo, aí vou ver o que faço.




Sobre a Nvidia, meus comentários foram: ...“Como podem notar, ultrapassando o nível de U$ 132, o próximo se encontra em U$ 163. O stop loss protetivo agora seria em U$ 106,95.” ...




A Nvidia ultrapassou o nível citado acima de U$ 132, mas reverteu no mesmo dia (ontem), fechando abaixo dessa marca, o que deixa dúvida sobre o próximo objetivo de U$ 163. Observando essa retração, em qual dos cenários podemos crer? Continuidade para novas altas ou uma retração mais abrangente? A segunda opção parece mais favorável no momento, dada a extensão do movimento. Eu colocaria o stop loss em U$ 117,00. Se a onda (3) azul terminou, se pode esperar uma retração apontada no gráfico que levaria a ação para U$ 104,1 / U$ 86,4.




Sobre o assunto de hoje, do qual a Nvidia está carregando nas costas todo o mercado, me parece que uma área tida como “sem graça” passa a ter muita graça. O setor de energia elétrica—utilities, que é conhecido por demandar muito investimento e ter uma renda muito previsível, mas que não oferece ganhos de capital, vai entrar e ganhar a “carteirinha” da IA.




Para que o leitor tenha uma boa ideia da magnitude de consumo que a IA demanda, o exemplo de comparação entre uma pesquisa no Google e outra no ChatGPT pode dar uma ideia do que a demanda global vai exigir de energia, tornando esse segmento prioritário. Mas cuidado, que não serão todas as empresas; é preciso conhecer bem como será essa demanda.




O SP500 fechou a 5.464, com queda de 0,16%; o USDBRL a R$ 5,4404, com queda de 0,14%; o EURUSD a € 1,0691, sem variação; e o ouro a U$ 2.322, com queda de 1,58%.

Fique ligado!

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