Dane-se o planeta! #nasdaq100 #NVDA

 


Até antes da pandemia, o mundo, sem dúvida, caminhava para uma diminuição acentuada nas emissões de carbono. Me recordo de um call onde o CEO de uma das grandes produtoras de petróleo foi bombardeado por perguntas sobre o que sua empresa estava fazendo a esse respeito. Algumas, buscando ganhar popularidade, envolveram-se em projetos relacionados. As ações dessas empresas estavam tão baratas que, numa simples conta, em cinco anos os dividendos pagariam o valor investido, deixando todos os campos ainda por serem esgotados.

Inúmeras empresas surgiram para se aproveitar dessa tendência, como será relatado a seguir. Companhias já estabelecidas lançaram programas conhecidos como ESG. Quem não o fizesse seria malvisto pelo público.

Então veio a pandemia e, com ela, a desestabilização da cadeia produtiva. Numa situação de sobrevivência global, o mundo resolveu fechar os olhos para esse assunto. Por exemplo, minas de carvão desativadas foram reabertas com urgência. Com a normalização, veio a guerra da Rússia, uma das maiores produtoras de petróleo, que, pelas restrições impostas pelos países ocidentais, direcionou sua produção para a China e países "laranja" que revendem ao ocidente. A guerra no Oriente Médio acrescentou mais um grau de insegurança. Para finalizar, o mundo está crescendo de forma uníssona, aumentando a demanda.

Ed Lallard, entre outros, comenta no "Wall Street Journal" que é uma hora crucial para uma nova geração de startups climáticas.

Em um local pantanoso nos arredores da cidade Wrexham, a Material Evolution está construindo uma fábrica para produzir uma alternativa de baixo carbono ao cimento, um grande contribuinte para as emissões globais.

Centenas de jovens empresas climáticas, como a Material Evolution, estão queimando dinheiro e correndo para transformar novas tecnologias em grandes negócios. Esse período de transição é chamado de "vale da morte" porque poucas startups sobrevivem a ele.

O sucesso de pelo menos algumas dessas startups é crucial para os esforços do mundo para limitar as mudanças climáticas. Mas empresas em seus estágios iniciais muitas vezes são desviadas por orçamentos estourados, falhas de engenharia e uma série de riscos inesperados.

Estão em jogo dezenas de bilhões de dólares dos investidores e tecnologias voltadas para remodelar setores da economia, como combustíveis mais limpos para navios e aviões e baterias de longa duração para carros elétricos. Isso tudo enquanto os executivos navegam pela incerteza sobre taxas de juros, políticas comerciais e subsídios governamentais.

Um boom de financiamento anterior para tecnologias limpas terminou mal. Após investir 25 bilhões de dólares no setor entre 2006 e 2011, os capitalistas de risco perderam mais da metade desse valor até 2015, depois que muitas startups falharam.




Mais recentemente, uma onda de startups de energia limpa que abriram capital durante o pico de arrecadação de 2020 e 2021 colapsou. Startups de veículos elétricos como Fisker e Lordstown Motors estão entre aquelas que declararam falência ou estão à beira do colapso.




Nos Estados Unidos, outra startup climática enfrentou dificuldades ao tentar construir um dos primeiros projetos do país para produzir hidrogênio verde, um potencial substituto para combustíveis fósseis na fabricação de aço e na produção química.




Andy Marsh, CEO da Plug Power, relatou que o maior desafio na instalação no sudeste da Geórgia foi a implementação do sistema de resfriamento e liquefação, essencial para transportar e armazenar hidrogênio líquido. O sistema, maior que um campo de futebol, mantém o hidrogênio a -253 graus Celsius.

A Plug Power previa que a preparação e a instalação levariam algumas semanas, mas acabaram demorando cinco meses para garantir que o sistema não ficasse vulnerável à contaminação. Esse atraso aumentou a pressão sobre a empresa, que estava consumindo rapidamente seu capital.

"Foi muito, muito mais doloroso do que eu jamais imaginei que poderia ser", disse Marsh.

Após repetidos atrasos, a produção começou em janeiro, ajudando a Plug a garantir um compromisso de empréstimo federal de $1,66 bilhão para construir plantas maiores. Esse programa faz parte dos bilhões de dólares em subsídios do governo Biden para tecnologias climáticas em estágio inicial.

Ganhar apoio do governo não garante sucesso e cumprir as condições para obter fundos pode levar anos.




A Origin Materials, que visa fabricar plásticos e outros materiais a partir de plantas, abriu capital em 2021 com a esperança de financiar suas próprias fábricas. No entanto, após a pandemia atrapalhar as cadeias de suprimentos, os custos de construção de sua primeira fábrica comercial em Ontário, Canadá, aumentaram mais de 10%, e a conclusão da fábrica foi atrasada por meses antes que a produção pudesse começar no ano passado.

A Origin adiou seu objetivo de produzir grandes quantidades de químicos à base de plantas em suas próprias fábricas. Em vez disso, está procurando parceiros que possam ajudar a construir fábricas e produtos que possam ser produzidos em massa rapidamente, como tampas de garrafas de plástico reciclado. Suas ações caíram cerca de 90% desde sua abertura de capital.

“Já é difícil construir fábricas pioneiras e fábricas em geral", disse John Bissell, co-CEO da Origin. "Você adiciona todas essas outras confusões globais e tudo fica muito difícil e muito caro."

Para Gilligan, a CEO da green-cement, os riscos permanecem. “ Sempre há uma chance, por exemplo, de que algo cause o entupimento da mistura de cimento. Mesmo assim, Gilligan espera que a fábrica no País de Gales comece a operar dentro do prazo e do orçamento neste verão.

A fábrica terá uma capacidade de produção anual de 150.000 toneladas métricas de cimento — cerca de 1% das necessidades do Reino Unido.** A Material Evolution, que no ano passado arrecadou 15 milhões de libras em capital de risco, equivalente a aproximadamente 19 milhões de dólares, agora está avaliando opções de locais e financiamento para futuras plantas. Parece que Gilligan está escapando do vale?

"Depende do dia da semana", disse ela.

Como pode ser visto no artigo, vários projetos interessantes estão sendo desenvolvidos por startups direcionadas a melhorar o planeta. Por outro lado, a performance de suas ações está em desacordo com os índices como o S&P 500, algumas delas beirando a centavos dos preços de emissão. O que está acontecendo? O mundo quer que se dane o planeta? Depois de tantas catástrofes que temos presenciado, oriundas principalmente do aquecimento global, fica a impressão de que os investidores deixaram a responsabilidade para os governos resolverem essa questão. Muito triste!

No post de ontem, um trecho suscitou um esclarecimento por parte de um assíduo leitor do Mosca: ... "O fundo de resgate de €750 bilhões (US$ 814 bilhões) não era apenas grande, mas representava um salto 'hamiltoniano' sem precedentes em direção à unidade que só poderia ocorrer em uma crise."... O que significa "salto hamiltoniano"?

O termo 'salto hamiltoniano' no texto refere-se a uma analogia com as ações de Alexander Hamilton,** o primeiro Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, que teve um papel crucial na unificação fiscal e financeira no início da história dos EUA. Hamilton advogou pela federalização das dívidas estaduais após a Guerra de Independência, o que resultou na criação de uma dívida nacional consolidada, fortalecendo a união econômica entre os estados.

No contexto europeu mencionado, 'salto hamiltoniano' se refere à criação do fundo de resgate de €750 bilhões em resposta à crise causada pela pandemia de COVID-19.** Esta ação representa um movimento significativo em direção a uma maior integração fiscal e solidariedade econômica entre os países membros da União Europeia, algo considerado sem precedentes e só possível em uma situação de crise severa. Assim como Hamilton ajudou a unificar economicamente os Estados Unidos, este fundo de resgate é visto como um passo importante para a unidade fiscal e financeira da Europa.

Um breve comentário sobre os dados de emprego publicados pela manhã. O número de empregos criados superou as projeções mais otimistas, com 272 mil vagas criadas. O custo da mão de obra subiu 0,4% no mês, acelerando esse indicador para 4,1% ao ano. Até aqui, nada que o Fed (e o mercado) queriam ver neste relatório. O único dado que de certa forma é divergente foi a taxa de desemprego, que subiu para 4%.

No post 'nvidia-verdadeira-moeda-digital', fiz os seguintes comentários sobre o Nasdaq100: "...uma correção em andamento que levaria mais uma semana poderia chegar aos limites para a onda (iv) azul de 18.511 / 18.270 (poderia ser ainda mais baixo, sem que o cenário fosse eliminado). Para então atingir o final em 19.100 / 19.160 na onda (v) azul / V laranja / 5 verde / (1) azul – quanta variedade de cores, hahaha..."

 



Como não fiz atualizações na semana passada, a onda 4 azul deu uma virada durante o dia na última sexta-feira e, desde então, vem subindo no que considero ser a onda 5.5.5, conforme indicado no gráfico, situando-se muito próximo do objetivo baseado na minha hipótese. O que fazer caso chegue lá?

Como os leitores sabem, tenho uma contagem mais agressiva do que esta, e se o mercado seguir essa direção e eu vender, será difícil reentrar ou terei que fazê-lo a um nível mais alto. Não considero que esteja sendo levado pela ganância (talvez um pouco!), pois não estou sendo complacente nem escolhi o modo mais agressivo. Acho mais prudente elevar o stop loss e observar o mercado mais de perto. Fiquem atentos para qualquer decisão nesse sentido nos posts.




Sobre a Nvidia, meus comentários foram: "...Fiz alguns ajustes nas contagens e o que espero é o traçado pela linha verde, cujo destino deste ciclo seria entre U$ 1.340 e U$ 1.320. Não tenho muita convicção na contagem, e isso é normal para ativos que mostram um movimento abrupto de alta..."




A "queridinha do mercado" atingiu novas máximas ontem, chegando a U$ 1.250, também próxima do objetivo de U$ 1.320. O que fazer aqui também? Defini no gráfico uma área que denominei de Conforto, onde a onda 4 verde poderia se retrair. Preferiria não ver abaixo de U$ 1.063, embora o stop loss esteja distante, em U$ 921.




Um antigo leitor me encontrou recentemente e comentou que, ao ler o Mosca, ficou mais confiante na sua posição de Nvidia e está muito satisfeito, tecendo grandes elogios ao meu trabalho, o que agradeço. Mas sei como é a vida: enquanto está ganhando, tudo é maravilhoso; quando perde, surgem os problemas e as críticas.

A análise técnica tornou-me uma pessoa pragmática, melhor ater-se aos números do que às emoções. Por outro lado, isso não me impede de me posicionar, e meu track record é a confirmação disso.

A Nvidia é uma empresa espetacular, com o produto certo, preço exorbitante e demanda em alta. Mas isso terá um fim; algum dia surgirá uma concorrente, ou a demanda será menos exponencial, e o mercado não reagirá bem, já que todos estão comprados e sofrerão. É importante que todos que possuem essa ação tenham isso em mente.

 - Opa David, isso é um call de venda? Hahaha...

Não sabia que você estava comprado. Respondendo: não é um call de venda, e sim um lembrete para não ficar embriagado pelo sucesso.

Acho que chegou a hora de eu revelar a personalidade das ondas de Elliott Wave; sim, elas têm personalidade. Vejamos:

 



Onda 1 – Ocorre quando há uma mudança de tendência anterior e o mercado ainda não comprou a ideia da mudança. Normalmente, é uma onda vacilante no movimento.

Onda 2 – Os vendidos entram em ação e vendem mais, pois acreditam que a alta da onda 1 foi apenas um desvio do movimento de queda. No entanto, a queda fica limitada a uma parte da alta da onda 1.

Onda 3 – De repente, o mercado começa a subir de forma forte. Nessa onda, quem espera retrações acaba ficando para trás; eu digo que, nessa fase, comprar a qualquer preço — bom, médio ou ruim — pode acabar sendo bom. Os fundamentos justificam a alta.

Onda 4 – Essa é a onda da dúvida: será que o movimento todo terminou ou não? Para quem está comprado, essa sensação é comum, o que faz com que essa onda geralmente se forme um triângulo.

Onda 5 – Mas a força prevalece e um novo movimento de alta começa atraindo os "late comers", enquanto muitos profissionais abandonam o barco. Esta onda é mais lenta e com menos ímpeto.

Acredito que a onda mais longo prazo da Nvidia, como expresso no gráfico, seja a onda 3 verde. Onde ela vai parar, ninguém sabe; o que sei, conforme descrito acima, é que a onda 4 é tediosa!

O SP500 fechou a 5.346, com queda de 0,11%, estou subindo o stop loss da nasdaq100 para 18.700, e vamos que vamos; o USDBRL a R$ 5,3253 com alta de 1,32%; o EURUSD a € 1,0801, com queda de 0,80%; e o ouro a U$ 2.290, com queda 3,55%. O Brasil azedou de vez hoje!




Fique ligado!

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