O Clone é melhor que o Original #USDBRL
O Mosca, já apontava para o impacto das tarifas de 145%
impostas por Donald Trump sobre importações chinesas, e as notícias recentes
escancaram a dimensão do abalo. Embora bens de consumo sejam menos de 10% das importações
americanas, limitando seu peso direto, a força bruta dessas taxas está
reverberando nos preços e nas cadeias de suprimento com intensidade implacável.
Reportagens da Bloomberg revelam o caos: embarques de carga
da China para os EUA desabaram até 60% desde que as tarifas entraram em vigor
no início de abril. Gigantes do varejo, como Walmart e Target, alertam para
prateleiras vazias e preços em disparada, com economistas prevendo escassez
“semelhante à Covid” até meados de maio. A Organização Mundial do Comércio
estima uma queda de 80% no comércio de bens entre EUA e China, beirando o que o
Secretário do Tesouro, Scott Bessent, chama de “embargo comercial virtual”. As
previsões de inflação sobem, e o humor dos consumidores despenca. A insistência
do Mosca em monitorar preços prova-se mais que acertada — essas tarifas atiçam
chamas inflacionárias que podem queimar até o Natal.
Aplicativos chineses como o Temu repassam o custo
diretamente aos consumidores americanos. Uma régua de energia de US$19,49 agora
vem com uma taxa de importação de US$27,56, mais que dobrando o preço de alguns
itens. A Shein elevou preços em até 377% antes da remoção da isenção de minimis
em 2 de maio. Produtos em armazéns nos EUA ainda escapam do golpe, mas, como a
Bloomberg alerta, os preços podem disparar quando os estoques secarem, caso as
tarifas persistam.
O impacto é expressivo. Cancelamentos de embarques da China
— 80 só em abril — rivalizam os piores momentos da pandemia, cortando
capacidade de transporte. Varejistas enfrentam um dilema cruel: buscar
alternativas mais caras ou encarar prateleiras vazias. Demissões rondam os
setores de transporte, logística e varejo, com o risco de um “estrangulamento
de crédito” à medida que empresas lidam com margens espremidas. Economistas
veem uma recessão nos EUA como uma moeda ao ar, com importações previstas para
cair a uma taxa anual de 7% no segundo trimestre — a maior desde 2020.
O mercado americano é muito completo: existem fundos ETF de
qualquer tipo que se imagina. Aqui no Brasil, os fundos ETF ainda são muito
marginais — o motivo é simples, existe uma montanha de dinheiro alocada em
ações. O Mosca tem sido um crítico ferrenho dos fundos ativos, mostrando que a
performance muito provavelmente vai perder de um fundo passivo. É natural que
existam outliers com performance positiva em relação ao seu benchmark,
mas que em algum momento começam a falhar.
A categoria de ETF é enorme, não compreende somente fundos
passivos “papai e mamãe”; tem praticamente de tudo. Mas existe uma categoria
que eu realmente não imaginava que existia: clones de fundos ativos. E sabem do
pior? Têm retornos superiores, como relata a Bloomberg.
Esses ETFs, descritos em artigo de 28 de abril de 2025, são
um desafio aos gestores tradicionais. Replicam estratégias de estrelas como
Will Danoff, que por 34 anos comandou o Fidelity Contrafund, entregando 13,6%
ao ano, 2,8 pontos percentuais acima do S&P 500. Mas os clones, como o ETF
da Fidelity que segue o U.S. Quality Factor Index, vencem com vantagens: taxas
quase nulas e disciplina rígida. Danoff enfrenta custos de 0,6% ao ano; o ETF,
com um quarto disso, iguala retornos brutos, mas supera nos líquidos, com maior
eficiência tributária. O Mosca não se surpreende: a tecnologia está superando
até os melhores humanos.
O mercado de gestão ativa, como detalha outro artigo da
Bloomberg de 24 de abril, está sob pressão. A Nomura adquiriu por US$1,8 bilhão
a divisão de gestão de ativos da Macquarie, focada em mercados públicos. Num
momento em que todos buscam private equity, a escolha parece
contraintuitiva, mas O Mosca vê a lógica: margens altas (até 40% em gigantes
como BlackRock) e um preço de 1% dos ativos geridos tornam o negócio atraente.
Sem sobreposição significativa, a Nomura evita armadilhas de fusões como a da Invesco
com a OppenheimerFunds. O desafio é o crescimento, que dependerá de vendas
cruzadas eficientes.
Este gráfico destaca a atratividade do setor de gestão
ativa, com margens que justificam a aposta da Nomura, uma jogada que faz
sentido nesse caso e justificada por um preço barato de 1% dos ativos.
Pensando bem, e pela forma como a tecnologia evolui, posso
esperar que, daqui a algum tempo, o Grok, ChatGPT e outros que devem surgir
postem o clone d’O Mosca, melhor que o próprio Mosca, principalmente na análise
técnica, que faria análises sem viés ou “rancor” de um mercado que perde a
tendência. Eu realmente acredito que isso possa ocorrer. Talvez o julgamento
não seja tão apurado, mas não sei não!
O Mosca está prestes a completar 1 milhão de visualizações,
acredito que no ritmo atual isso deva ocorrer no segundo semestre. Peço aos
leitores que continuem acessando para garantir essa marca. Assim, quando a
concorrência chegar, posso sair com esse troféu! Hahaha...
Análise Técnica
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No post “a-realidade-da-incerteza”, coloquei duas opções
opostas para o dólar no curto prazo. Com o desenrolar da última semana, vou
optar pelo cenário de baixa, cujos comentários foram: “a onda 4 laranja
ainda não terminou, e a queda recente deve atingir R$ 5,39 / R$ 5,38, para só
então iniciar um movimento de alta com objetivo ao redor de R$ 7,00 (não
visível no gráfico)”.
Segundo os objetivos nessa opção e considerando os níveis
atuais de R$ 5,66, o potencial de lucro seria de 5%. Vale a pena um trade
considerando que o stop loss seria em R$ 5,81 (- 2,5%)? Se o objetivo é
de uma mesa de operações, acredito que é um bom trade, mas, para O
Mosca, que não tem a flexibilidade de avisar os leitores com rapidez, é
questionável. Outra coisa que não gosto é de sugerir contra a tendência de
médio prazo, que no caso é de alta.
— David, você anda muito “medroso”, sugerindo muito
poucos trades, embora até tenha acertado na tendência da maioria. Vou entrar!
Fique à vontade, controle bem o risco. Eu propus um trade
no Ibovespa na semana passada, uma raridade. Já estou posicionado no Brasil,
vou ficar na bolsa, não quero dobrar o risco.
O S&P500 fechou a 5.528, sem variação; o USDBRL a R$ 5,6470,
com queda de 0,65%; o EURUSD a € 1,1421, com alta de 0,49%; e o ouro a U$
3.349, com alta de 0,96%.
Fique ligado!
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