Workaholic ainda é o padrão #IBOVESPA

 


As tarifas exorbitantes de 145% impostas por Trump à China estão golpeando duramente a economia chinesa, e os números de abril de 2025 mostram o estrago! O PMI manufatureiro caiu para 49, sinalizando contração, enquanto as encomendas de exportação despencaram para 44.7, o menor nível desde a crise da Covid em 2022. A grande incerteza é se a China conseguirá redirecionar seus produtos, antes voltados para os EUA, a outros mercados globais — mas o colapso nas exportações revela um cenário alarmante, com pouco tempo para ajustar rotas, se isso for sequer possível. Apesar da postura desafiadora de Xi Jinping, o impacto nas fábricas, que sustentam um terço do crescimento do país, pressiona Pequim a reforçar estímulos e, talvez, buscar um acordo com Washington.




Enquanto a China responde com tarifas acima de 100% e restrições a minerais estratégicos, o custo é alto: projeções de crescimento para 2025 foram reduzidas a apenas 3.5%, bem abaixo da meta de 5%. Nos EUA, como destacou o Mosca no post “A Teoria aplicada na prática”, empresas estão se desdobrando para contornar as tarifas de Trump. A guerra comercial abala o comércio global, com Coreia do Sul e Japão já sentindo os reflexos. Um gráfico de linha ilustrando o PMI e as encomendas de exportação da China desde 2022 até agora evidenciaria como as tarifas estão sufocando a economia chinesa. Será que Xi manterá a postura inflexível ou cederá à pressão? O relógio não para!

 

Workaholic ainda é o padrão

Você trabalha quantas horas por dia? É quase impossível calcular hoje, com e-mails e, principalmente, o WhatsApp nos mantendo plugados 24 horas por dia, 7 dias por semana — talvez um leve exagero! A questão central é: quantidade é sinônimo de qualidade? Sempre duvidei dessa lógica. Na minha carreira, as horas de trabalho cresceram: no início, sem e-mail, celular ou Bloomberg, eram cerca de 8 horas diárias; depois, chegaram a uma média de 10 a 12 horas. Pensei que, com a valorização atual da saúde física e as ferramentas tecnológicas, as horas de um CEO teriam se estabilizado em algo razoável. Mas o artigo do *Wall Street Journal* de 30 de abril de 2025 mostra o oposto, e me peguei refletindo: como seria minha rotina como CEO hoje, sendo apenas o “CEO do Mosca”? Trabalhar tanto parece insano e ineficiente, mas o volume de informações e seus impactos nos negócios poderia me engolir. Não tenho uma resposta clara.

O WSJ destaca a mania dos despertares às 4 da manhã, que deixou de ser exclusividade de CEOs como Bob Iger, da Disney, ou Tim Cook, da Apple, e virou febre entre executivos, empreendedores e trabalhadores comuns obcecados por produtividade. Figuras como Ashton Hall, com sua rotina viral às 3:55, incluindo banhos de gelo, fita adesiva na boca e casca de banana no rosto, inspiram paródias e seguidores. Dave de Céspedes, consultor de Miami, acorda às 4:30 para um “foco profundo” antes dos filhos despertarem, guiado por gurus como James Clear. Essa busca reflete uma cultura americana que remonta a Benjamin Franklin, mas agora é turbinada por cientistas como Andrew Huberman, com protocolos de exposição solar e jejum intermitente. Dirk Gorman, de 57 anos, acorda entre 4:17 e 4:23 há 15 anos, começando com e-mails e treinos, sentindo que “investe em si” antes de o mundo cobrar. Academias 24/7, como a Powerhouse Gym, recebem uma “turma da madrugada” fiel, de competidores de Hyrox a quem busca a calma das máquinas vazias. Mas há um custo: para acordar às 4h, muitos vão para a cama às 20h, sacrificando vida social.

Essa corrida por eficiência levanta dúvidas: é sustentável? Gorman vê benefícios a longo prazo, como um “fundo de saúde”, mas a pressão por produtividade parece ultrapassar o equilíbrio. A ironia é que criadores como Hall, que não precisam madrugar, alimentam essa narrativa. Questiono se, como “CEO do Mosca”, eu adotaria essa rotina ou buscaria um meio-termo, priorizando saúde sem cair em excessos. Ainda bem que os “acionistas” do Mosca — entenda-se, os leitores — parecem satisfeitos com o trabalho atual!



Análise Técnica

No post “O bode expiatório de plantão” fiz os seguintes comentários sobre o IBOVESPA: “a bolsa estaria prestes a entrar em um canal de alta, com objetivo inicial de 142,4 mil pontos (~7% de alta), ao concluir a onda 3 azul, seguida de uma pequena correção na onda 4 azul, para então atingir a onda 5 azul, por volta de 152,5 mil (~13%). Qual o meu grau de convicção? Médio”.

 



Em análise técnica, é fundamental observar como o mercado evolui dentro do esperado. Por enquanto, não há sinais que justifiquem abandonar o trade, mas a onda III laranja foi menor que o esperado. Isso pode ocorrer, mas sugere cautela, pois a proporção entre onda 1 e onda 3 iguais pode indicar uma correção, não um movimento direcional. Como nos protegemos? Elevando o stop loss para 132.200. O stop loss clássico seria 130.000.




- David, será que a bolsa brasileira não vai nos dar uma alegria?

Não joguei a toalha! O objetivo de ~142 mil é possível, mas, por razões técnicas que você já conhece, mantenho cautela com o IBOVESPA. Fique de olho!

O S&P500 fechou a 5.578, com alta de 0,24%; o USDBRL a R$ 5,6741, com alta de 0,96%; o EURUSD a € 1,1334, com queda de 0,46%; e o ouro a U$ 3.293, com queda de 0,69%.

Fique ligado!

Comentários

  1. O melhor de usar o índice futuro para analisar a bolsa, é notar que não existem ondas de impulso maiores…estamos dentro de um interminável triângulo e só existem ondas abc. A bolsa brasileira simplesmente não vai a lugar algum há décadas.😅

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  2. tenho o mesmo ponto de vista, mas mesmo em correções de janelas maiores surgem oportunidades em janelas menores e é isso que estou tentando capturar.

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