A China é uma farsa? #usdbrl

 


Panorama da Economia Americana vs. Chinesa

1. **Performance dos Índices de Mercado**: Um dos indicadores mais claros da situação econômica é a performance dos índices de mercado. O Nasdaq Composite, um barômetro da economia americana, especialmente no setor tecnológico, tem alcançado máximas históricas. Em contraste, o CSI 300, que reflete as principais empresas da China, enfrenta uma tendência de queda, tendo se aproximado de suas mínimas históricas.

2. **Impacto Global da Economia Chinesa**: A economia chinesa, como a segunda maior do mundo, tem um impacto substancial nos mercados globais. A recente queda do CSI 300, juntamente com uma fuga de capital e uma perda de mais de US$ 6 trilhões em valor de mercado, reflete não apenas problemas internos, mas também a influência que a economia chinesa exerce sobre a economia global.

3. **Medidas de Intervenção Governamental**: O governo chinês tentou estabilizar os mercados, mas sem oferecer detalhes concretos. As ações incluem o direcionamento de fundos de médio e longo prazo para o mercado e a repressão a atividades ilegais como venda a descoberto maliciosa e insider trading. Nos EUA, a abordagem tem sido mais de permitir que os mercados se autorregulem, com intervenções pontuais da Reserva Federal para ajustar a política monetária conforme necessário.

4. **Análise do Dólar**: Em relação ao dólar americano, a análise se concentra em faixas de negociação entre R$ 4,85 e R$ 4,95, com diferentes grupos de investidores posicionados acima e abaixo desses patamares. A expectativa de alta do dólar sugere uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrando risco e retorno.

5. **Cenário Econômico Atual e Perspectivas Futuras**: Atualmente, os EUA demonstram uma economia robusta, apesar dos desafios globais, incluindo tensões geopolíticas e a pandemia. A China, por outro lado, enfrenta desafios significativos, incluindo tensões com os EUA, uma crise imobiliária e instabilidade no setor financeiro. Esses fatores contribuem para uma maior incerteza econômica na China em comparação com os EUA.

 

A disparidade que está acontecendo nas bolsas entre a Nasdaq Composite – índice de tecnologia – e o CSI 300 – índice mais conhecido da China – é gritante. Enquanto o primeiro atinge máximas históricas quase diariamente, o segundo concretiza queda após queda, aproximando-se das mínimas ocorridas no passado. Não se pode esquecer que a China se tornou a segunda maior economia do mundo e um problema grave que lá ocorra teria impacto nos outros países. Mas tudo indica que o maior problema surgiu quando Xi Jinping resolveu confrontar os investidores num passado recente. Essa reação afugentou investidores de respeito que classificaram a China como impossível de se investir. Uma onda de resgates teve início e ganhou força com o tempo, importante notar que já são quatro anos de quedas.




O governo chinês vem desesperadamente buscando estancar a revoada de recursos sem muito sucesso, tentando várias medidas, como comenta Felix Tam na Bloomberg.

A China prometeu estabilizar os mercados depois que as ações atingiram uma baixa de cinco anos em negociações caóticas na sexta-feira, mas os formuladores de políticas não ofereceram detalhes específicos sobre como planejam acabar com uma venda que já corroeu mais de US$ 6 trilhões em valor e abalou a confiança na segunda maior economia do mundo.

A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China prometeu no domingo prevenir flutuações anormais, dizendo que iria orientar mais fundos de médio e longo prazo para o mercado e reprimir atividades ilegais, incluindo venda a descoberto e inside trading.

A breve declaração seguiu uma queda súbita de até 3,4% no índice de referência CSI 300 na sexta-feira — e um desabafo de frustração nas redes sociais de investidores individuais, poucos dias antes das famílias em todo o país se reunirem para celebrar o Ano Novo Lunar.

Enquanto as autoridades tomaram medidas fragmentadas para apoiar a economia e os mercados nos últimos meses e discutiram um possível fundo de estabilização de ações, elas ainda não anunciaram grandes movimentos para parar a venda. Dados econômicos fracos, tensões geopolíticas em ebulição com os EUA, uma crise imobiliária piorando e uma repressão opaca ao setor financeiro têm pesado no sentimento dos investidores.

As autoridades devem estabelecer um fundo de estabilização o mais rápido possível para impulsionar a confiança do mercado, com o objetivo de atingir seu tamanho em 10 trilhões de yuans ou mais, relatou o jornal diário 21st Century Business Herald no fim de semana, citando Liu Yuhui da Academia Chinesa de Ciências Sociais, um pensador do governo.

Na seção de comentários de uma postagem da Weibo da embaixada sobre proteção de girafas 1 na sexta-feira à noite, cerca de 53.000 usuários adicionaram comentários até sábado à noite, recebendo mais de 300.000 curtidas. Os usuários da internet na China frequentemente lutam para encontrar um local para expressar queixas sobre a economia ou o desempenho do governo, com contas oficiais de agências ou mídia estatais chinesas geralmente desativando a função de comentários ou mostrando apenas feedbacks selecionados.

1 A Embaixada dos EUA na China publicou uma fotografia dos animais mais altos do mundo numa plataforma de redes sociais chinesa na semana passada, estava a defender a conservação dos animais. Mas o posto rapidamente se tornou uma válvula de escape para a frustração do exército chinês de investidores familiares no mercado de ações.

Por enquanto, é um movimento ocasionado pelos investidores, pois a economia chinesa está ruim, mas não é um desastre. Tanto é verdade que se tornou um problema específico, não atingindo nem seus pares emergentes. Mesmo assim, as consequências serão sentidas com o tempo. O argumento de que as ações por lá estão baratas não tem surtido muito efeito.

As maravilhas que observamos sobre a China nas últimas décadas são visíveis. Ela saiu de um país sem qualificação de mão de obra para líder na manufatura. A pujança observada nas grandes cidades com edifícios state of the art também mostrou ao mundo do que são capazes na área imobiliária. Isso foi construído graças a duas condições: exportar seus produtos para o resto do mundo, mas principalmente para os países ocidentais – leia-se EUA – e a assunção de dívidas financiadas pelo seu sistema bancário e investidores estrangeiros. Com uma população com baixa propensão ao consumo, suas reservas internacionais subiram substancialmente como resultado de suas exportações.

O modelo se engasgou tanto nas exportações que agora buscam diversificar através dos países emergentes, bem como a debandada dos investidores estrangeiros. Uma forma de agir seria comprar as ações vendidas por esse grupo. Porém, essa atitude arriscaria colocar a emissão de moeda em níveis indesejados, podendo criar mais um foco de instabilidade.

Ao observar esse movimento ocasionado por um problema estrutural, fico pensando se a China é um castelo de cartas pronto para desabar, algo que foi construído sem bases sólidas o suficiente, em função do elevado nível de alavancagem, principalmente no setor imobiliário. Apartamentos sem pessoas para morar são um elefante branco. Não há o que fazer, a não ser subsidiar moradores – se quiserem, podem importar os sem-teto que se amontoam ao redor do mundo (acho que não é uma boa ideia!).

Se a China fosse uma empresa, a solução passaria por uma reorganização da dívida – sinônimo de calote –, bem como suas ações virarem pó. No caso de um país que tem “caixa”, como poderia resolver? Acredito que de forma semelhante, onde a desvalorização da moeda parece ser o primeiro candidato. Será que irão por esse caminho ou estamos vislumbrando algo como o Japão?

- David, hoje você se empolgou com o assunto e parece que "viajou na maionese", como se diz na gíria.

Acho que você pode ter razão!

No post **poder-do-inconsciente**, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: “Entre aproximadamente R$ 4,85 e R$ 4,95 é terra de ninguém; abaixo do primeiro, aumentam as chances do grupo 1), cujo objetivo seria algo em torno de R$ 4,80 / R$ 4,77 ou, mais abaixo, R$ 4,69 / R$ 4,63. Acima do segundo, aumentam as chances do grupo 2), principalmente acima de R$ 5,00.”




Assim como ocorreu durante o final do ano passado, quando o dólar estava buscando romper para baixo – destacado no retângulo, o que acabou não ocorrendo –, agora está buscando romper para cima. Se vai conseguir ou não é uma questão.

- David, compra logo! Você está com essa expectativa de alta do dólar há um século e, por enquanto, o melhor teria sido ficar vendido – ganharia com o diferencial de juros.

Os investidores se acostumaram a ver o dólar cair, pois a cada tentativa de alta, em seguida ele caía. Existe, então, um sentimento enraizado de que desta vez não será diferente, e pode não ser.

Entendi seu recado provocativo, mas nosso compromisso é com o bolso; sendo assim, é sempre importante avaliar risco versus retorno. Apostar na baixa do dólar de forma estrutural poderia nos levar a “enamorar” pela posição e “esquecer” do que o gráfico nos diz. E por enquanto, ele indica alta do dólar.

Tentei algumas simulações para entender como seria uma possível alta. Veja a seguir no gráfico onde fiz um “rascunho” de como poderia ser. A onda i) e ii) laranja estariam completas, e podemos estar entrando na onda (iii) azul da onda (iii) laranja. E, antes que meu amigo entre nessa conversa, se for isso, é a parte mais forte do início dessa alta. Tudo ainda está muito embrionário. Ficamos alertas nos próximos dias, pois, se for isso, vai subir mais rápido.




Não custa enfatizar que o gráfico acima é com janela de 1 hora, o objetivo é só ilustrativo. Quando a janela é diária essas considerações passam a ser marginais. O que vale são cinco ondas para cima na janela diária o resto é especulação!

O SP500 fechou a 4.942, com queda de 0,32%; o USDBRL a R$ 4,9853, com alta de 0,30%; o EURUSD a 1,0738, com queda de 0,42%; e o ouro a U$ 2.024, com queda de 0,71%.

Fique ligado!

Comentários