O Mosca descumpriu a palavra? #Russell 2000 #nasdaq100 #NVDA

 


Se tem um post que vem pregando a compra de ações americanas de empresas grandes em detrimento das pequenas é o Mosca. Um número grande de posts foi elaborado com esse tema, até com a criação da “carteirinha do clube de IA”. Argumentos de que essas empresas pequenas estavam baratas não o sensibilizaram. Porém, esta semana sugeriu a compra do índice Russell 2000. O que aconteceu com tamanha convicção contrária?

Antes de explicar o motivo, tenho que lembrar que as recomendações do Mosca seguem a análise técnica, principalmente a Teoria de Elliot Wave, e como tal, oportunidades podem ocorrer sem que estejam de acordo com seu ponto de vista. Talvez o melhor exemplo seja o bitcoin, onde depois de muitos anos, ainda não estou convencido da sua utilidade e, mesmo assim, quando o técnico é favorável, indico a compra – mas me nego a sugerir trades nesse mercado. Por último, queria lembrar o princípio básico adotado e talvez mais importante: O compromisso é com o bolso e não com a opinião!

O atentado ocorrido no último final de semana contra o ex-presidente Trump acelerou de forma abrupta uma rotação que estava se formando, conforme apresento mais adiante, configurando uma potencial onda 3,3. A convicção dessa sugestão é razoável e praticamente fiz a substituição da posição em Nasdaq100, que foi estopada, por essa outra. Para o leitor que já tem alguma experiência com Elliot Wave, vai entender rapidamente o motivo da entrada; para os outros, o que estou esperando é a evolução da linha laranja abaixo.

 



James Mackintosh comenta no Wall Street Journal o enigma do rali das ações de pequenas empresas.

As empresas menores voltaram com força enquanto as maiores enfrentaram dificuldades desde que a onda das Big Tech quebrou na quinta-feira passada, deixando os investidores se perguntando se isso continuará.

O enigma não é que as grandes tenham se saído mal e as pequenas bem. Havia razões sensatas para que as pequenas superassem as grandes: uma inflação mais baixa, em princípio, permite que o Federal Reserve reduza as taxas mais cedo, e as empresas menores estão lutando mais com dívidas do que as grandes, então se beneficiam de taxas mais baixas. Além disso, as empresas menores são menos expostas à geopolítica, então não sofreram da mesma forma que os fabricantes de chips expostos a Taiwan quando Donald Trump disse que a ilha precisava pagar pelo apoio dos EUA na defesa contra a China.

O enigma não é nem mesmo a escala da mudança, que foi muito maior do que as razões fundamentais poderiam explicar. É fácil ver que havia grandes apostas nas Big Tech e falta de interesse em empresas menores, e quando esse momentum se reverteu, amplificou os movimentos.

O enigma é a consistência dessa mudança. Divida as 3.000 maiores ações dos EUA em 50 grupos de 60 ações cada, e o valor de mercado inicial explica quase 90% da variação de preço desde que a queda começou na quinta-feira.

 



Isso não pode ser explicado por fundamentos e não se encaixa facilmente no desmonte de negociações simples, como comprar o S&P 500 e vender o Russell 2000.

Andrew Lapthorne, chefe global de pesquisa quantitativa do Societe Generale, sugere que isso pode estar relacionado ao fato de as pessoas estarem comprando o índice ponderado pelo mercado e vendendo a versão ponderada igualmente. À medida que essa negociação se inverteu, haveria uma movimentação de dinheiro das empresas maiores para as menores de forma suave em toda a faixa de tamanhos. Mas isso só realmente funciona para o S&P 500, não para as ações menores, onde o mesmo padrão ainda prevalece – pelo menos até as muito pequenas, onde começa a quebrar.

O desmonte de grandes apostas geralmente não leva muito tempo, embora a negociação oposta – neste caso, comprar ações menores e vender ações maiores – possa ganhar momentum por si só. Mas, em termos de desempenho puro, as empresas menores ainda têm um longo caminho a percorrer para se recuperar após uma década desastrosa.



Nitidamente, Mackintosh não comprou a ideia – deve estar lendo o Mosca! Hahaha ... Na visão do Mosca, ocorreram dois fatores para essa alta expressiva: os hedge funds, categoria “long and short”, que estavam comprados nas empresas grandes e vendidos nesse índice, e o fluxo de dinheiro novo, como mostra o gráfico a seguir.




- David, então daqui em diante vamos esquecer a “carteirinha do IA” e ir fundo nas pequenas, afinal estão baratas?

Não esqueça nada! continue com a ideia até que ela se prove o contrário. O post visões-contrarias levantou algumas dúvidas nessa ideia – das empresas grandes. Em relação à aposta nas pequenas empresas, vamos seguir até quando não vamos mais: Oportunística, bolso, “capiche?”

No post a-lógica-ao-reverso fiz os seguintes comentários sobre a Nasdaq100: ... “Independentemente da opinião do Mosca ser favorável às “Large Caps”, o que vale é o bolso. Estamos esperando uma correção a qualquer momento e este pode ser ele! Em acontecendo, uma segunda dúvida mais crucial entra em cena: será pequena ou grande? Pelo sim, pelo não, atualizamos o “stop loss” para o nível de entrada essa semana e caso ocorra, vamos de novo para a arquibancada assistir o jogo” ...




Pelo texto acima, parece que tive um pressentimento do que poderia ocorrer. As quedas que ocorreram essa semana, em conjunto com a minha contagem da onda I laranja, deixam pouco espaço para essa correção. A onda II laranja normalmente poderia retrair aos níveis 19.172 / 18.731 / 18.301. Acontece que, segundo minha contagem, da qual não tenho muita segurança, inviabilizaria se o nível de 18.907 for ultrapassado, deixando apenas o primeiro patamar como válido. Como comentei acima, vamos assistir na arquibancada o que pode acontecer.




Sobre Nvidia, meus comentários foram: ... “O caso da Nvidia parece até mais claro que o da Nasdaq100. Tudo estaria preparado para a queda ao nível esperado de U$ 114 ou U$ 104 desde que não ultrapasse o nível de U$ 136.15, que denotaria mais altas à frente. Importante que por essa configuração, estaríamos dentro da queda "pequena" ...




Ontem, a Nvidia atingiu a mínima de U$ 116.56, o que poderia ter encerrado esse movimento de queda, mas tudo indica que ainda deve testar U$ 114.24. Por outro lado, uma alta que supere U$ 136.15 levaria a “queridinha” para novas altas.




Como podem ter notado, o jogo continua indefinido, mas um pouco diferente de poucas semanas atrás: antes, estava indefinido com a bolsa subindo, agora com algumas quedas. O que vai acontecer na próxima semana pode definir se existe realmente o risco de uma queda mais forte ou apenas uma realização. Não quero pagar para ver!




Sobre o posicionamento no Russell 2000, muita coisa tem que acontecer para que ele ganhe preferência dos investidores. Um “short covering” pode se mostrar apenas um voo de galinha, como se diz na gíria de mercado. O que importa está acima, no gráfico de resultados das empresas que ainda dão grande preferência para as grandes. Estamos a favor até deixarmos de estar!




O SP500 fechou a 5.502, com queda de 0,76%; o USDBRL a R$ 5,6032, com alta de 1,03%; o EURUSD a € 1,0878, com queda de 0,17%; e o ouro a U$ 2.399, com queda de 1,85%.

Fique ligado!

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