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D+1

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Ser flexível e realista é uma virtude que pessoas que as tem, tomam decisões melhores. Com o dólar batendo na casa dos R$ 4,20, o mercado financeiro não poderia deixar seu recado mais claro, a chance de Bolsonaro ser presidente é menor que a de Ciro ou Haddad. Não nos resta negar essa hipótese mas procurar entender os impactos que esses cenários podem ter. Já identifiquei qual é o candidato menos, menos, menos ruim. Notem que, não é uma tarefa fácil, pois qualquer um dos dois significa ter que engolir goela abaixo. Muito bem, nessa situação praticamente sem opção fico com o Ciro. Sendo assim, teremos que pensar como seria o dia D+1 se Haddad vencer as eleições, a pior das piores opções. Talvez vislumbre que, durante 100 dias buscara algum entendimento com o mercado e as empresas, afinal, existem bilhões de dólares investidos por essas companhias aqui, e nenhum deles quer ter que explicar para seus acionistas que suas aquisições viraram pó. Do lado do PT, também não querem

Sem pressão

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O CPI, um indicador da inflação dos EUA arrefeceu inesperadamente em agosto, com os preços de vestuário caindo mais em cerca de sete décadas e os custos médicos diminuindo, sugerindo pouca urgência para o Federal Reserve acelerar o ritmo de aumentos das taxas de juros. Excluindo os custos com alimentos e energia, o núcleo do índice de preços ao consumidor subiu 2,2% em agosto ante o ano anterior, comparado com a estimativa média de 2,4% dos economistas consultados pela Bloomberg News. O CPI mais amplo desacelerou para uma alta anual de 2,7%, de 2,9%. Embora essa moderação reflita em parte uma queda recorde de 1,6% no preço do vestuário, um componente que tende a ser volátil, a desaceleração mais ampla segue uma queda surpreendente nos preços ao produtor publicado ontem, e sugere que a trajetória da inflação poderia ser mais suave do que algumas pessoas esperam. Os formuladores de políticas do Fed devem aumentar as taxas de juros ainda este mês e também est

O custo de um Presidente errado

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Estava observando os dados das contas externas brasileiras, e conclui que nossa situação é invejável quando comparadas a de outros países emergentes. Porém isso não é suficiente para garantir uma estabilidade nos mercados cambiais. O gráfico a seguir fornece uma fotografia da evolução da conta corrente no mundo. Alguns pontos saltam a vista: dos países devedores os EUA é o que mais contribui, seguido em menor escala pela somatória dos países emergentes. No campo do superávit, hoje em dia a Europa é o que mais contribui, seguindo em menor escala pelo Japão e China. Outro fator a se considerar é o crescente aumento dos volumes, indicando que o mundo caminha mais para o desequilíbrio que o inverso. No caso brasileiro o déficit vem caindo desde o início de 2015, quando atingiu um nível preocupante. Como se pode verificar nos últimos dados publicados a seguir, estamos bastante próximos do equilíbrio. O mesmo não se pode falar da Argentina e Turquia com elevados déficits.

Desanimo

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Eu nunca passei por um período eleitoral tão incerto. Embora as pesquisas apontem Jair Bolsonaro como favorito no primeiro turno, suas chances parecem menores quando colocado vis a vis a outro candidato no segundo turno. Para complicar mais o quadro, ontem a publicação da pesquisa do Data Folha, aponta quatro candidatos praticamente empatados em segundo lugar: Ciro, Marina, Alkmin e Haddad, todos ao redor de 10%. Dos candidatos de esquerda, a má notícia foi a queda da Marina Silva, não que eu acredite que ela poderia fazer um bom governo, mas porque os outros dois são muito mais nocivos. Já a candidatura de Geraldo Alkmin está mostrando que não fará cocegas. Os eleitores de centro terão que tomar uma decisão muito difícil no segundo turno, pois o mais provável é ter Bolsonaro X Ciro (ou Haddad). Se optarem por anular seu voto, estariam contribuindo para a vitória da esquerda. Essa não é uma decisão sabia, por mais que eu entenda sua aversão ao candidato de direita; ou fec

A realidade do mercado

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Na última sexta-feira foram publicados os dados de emprego da economia americana. Criou-se 201 mil empregos novos. A taxa de desemprego se manteve estável em 3,9 % um nível considerado baixo, indicando que o mercado de trabalho está em pleno emprego. Mas não foram só estas as boas notícias, outro resultado muito observado pelos analistas foi a evolução dos salários. O principal motivo, é que ultimamente mesmo com a teórica escassez de empregados, não tinha afetado os ganhos dos trabalhadores. Neste último dado, a remuneração cresceu num ritmo de 2,9% em 12 meses, o maior nível desde 2009.   Esses resultados tiveram um impacto nos mercados de juros principalmente nos vencimentos mais curtos, como se pode verificar no gráfico a seguir, a remuneração dos títulos do governo de 2 anos atingiu 2,7% a.a. O Mosca vem frisando ultimamente que, os juros não são mais 0%, pelo menos nos EUA. Mas não são somente os dados de desemprego que deram uma boa notícia, vário

Sem demanda não tem inflação

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Tenho notado entre os analistas uma tendência a projetar o passado histórico brasileiro quando o assunto é inflação. Embora não sendo um economista de carteirinha meu histórico permite algumas reflexões nesse assunto. A inflação pode se dar por três categorias: demanda, de custos e inercial: A inflação de demanda diz respeito ao aumento de preços que se observa em casos onde o poder aquisitivo da população sobe em disparidade com a capacidade que a economia tem de prover os bens e serviços demandados. Em outras palavras, quando a demanda supera a oferta. A inflação de custos ocorre quando os insumos necessários para a produção de bens e serviços ficam mais caros, e os custos de produção são repassados ao consumidor final. Dois dos exemplos mais comuns são a alta no preço da energia elétrica e a dos combustíveis. A inflação inercial é aquela que resulta do impacto psicológico de tendências inflacionárias em períodos anteriores. Quando uma economia apresenta inflaçã

A hemorragia continua

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Diariamente a queda nos ativos dos países emergentes faz parte do noticiário. Todos estão em queda, o que varia é a extensão. No topo da lista se encontra a Argentina e Turquia, pois encontram-se em situação mais evidente de fraqueza. Por enquanto, não existe nada de sistêmico que levasse a esse movimento coordenado, são temores provenientes da alta do juro americano, aliado ao enxugamento que o FED está realizando em sua carteira de títulos. Mas onde isso pode parar? Para responder essa pergunta, a Bloomberg publicou uma matéria. No mês passado, os fundos rapidamente venderam suas posições nos mercados emergentes para níveis vistos pela última vez, em agosto de 2015, quando a China assustou o mundo com uma desvalorização surpresa, e no início de 2016, quando Pequim encerrou uma experiência tola com circuit breakers, em uma tentativa inútil resgatar o mercado de ações. Os mercados emergentes estão sofrendo. Somente as moedas caíram 13% no ano, à medida que o contági