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Nevoeiro brabo #usdbrl

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  Eu tenho a sensação semelhante à de estar dirigindo numa estrada com muito nevoeiro e pouca visibilidade. Nessas situações um das alternativas é parar, será melhor ou mais prudente? É importante observar que nesse nevoeiro ainda não se tem notícia de nenhum acidente à frente —diga-se recessão —, mas sabemos que as chances de ocorrer aumentaram. Nick Maggiulli, em seu post Dollars and Data, elabora algumas estratégias para um portfolio de ações segundo alguns critérios e os compara. Com toda essa turbulência, você pode estar pensando que agora é o momento certo para sair do mercado.‎ ‎Claro, você sabe que eu não sou fã de market timing 1 (ver Ch. 14 em ‎ ‎Just Keep Buying‎ ‎), mas vamos dizer que você está certo. Digamos que este é o início do próximo declínio de 50% nas ações dos EUA e decide sair agora, quase meio ano desde a mais recente alta. Sendo assim, você transforma seus recursos em dinheiro, vê o mercado cair, e então espera a poeira se acalmar antes de voltar.‎ 1 ‎

Sem rumo #bitcoin #eurusd #golden

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Vou usar três parágrafos para externar a felicidade que um cachorro oferece. Temos a Lolla Maria da raça Golden. Eu fico com algumas tarefas diárias sendo uma delas a sua ração pela manhã, e em seguida levar para um passeio. Sua felicidade é contagiante, principalmente se existe comida envolvida, sente o cheiro de pão, sua preferência de longe, a dezenas de metros. Nos passeios me deparo cada vez mais com moradores de rua, muito triste. O seu número cresceu de forma vertiginosa principalmente depois da pandemia. Fico pensando que o objetivo é virar a noite buscando algum alimento para sobreviver durante o dia, o resto do tempo fica dormindo deixando o tempo passar em vão. Se o Estado não fizer nada, essas pessoas ficam na dependência de boas almas que lhes dê algum tipo de comida e agasalho. Isso é vida? Tenho saído pouco, e quando saio volto impactado com essas cenas que acabam ficando no meu subconsciente uma espécie de coloração cinza de pano de fundo. Também me vem a memória as

A volta do Orelhão! #Ibovespa

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  Acredito que a maioria dos leitores conheceu a era dos Orelhão, os telefones fixos instalados nas ruas. Lembram das fichas? Seguramente não eram bons tempos, sem celular nas mãos se estivesse na rua e precisando falar com alguém só restava ele. Meu tema hoje tem a ver com a queda das ações de tecnologia que ocorreu nos últimos meses. Ironicamente, as ações de empresas que se beneficiaram durante a pandemia valem hoje fração de suas máximas. A seleção a seguir comtempla as “queridinhas” daquela época. Mas não foram só essas empresas que sofreram quedas expressivas mesmo as denominadas como FAANG caíram de forma significativa levantando dúvidas do que deve ocorrer no futuro. Parmy Olson comenta na Bloomberg que as empresas de tecnologia estão entrando na era de incerteza. ‎ Nas duas décadas desde a queda do ponto-com os investidores estão se preparando para que outra bolha estoure. No entanto, ano após ano, empresas de tecnologia como Facebook e Alphabet Inc. continuaram a desfrutar

O rebelde #SP500

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  O assunto não se trata de nenhum jovem, que como se espera na sua idade, apresenta momentos de rebeldia, nem tampouco o título de um filme. O ouro pode ser classificado como rebelde. Parece à primeira vista bizarro a forma que encaro esse ativo milenar, mas é como se comporta a não atender a expectativa de quem o detém. Se for feita uma pesquisa como investidores e economistas envolvidos no mercado financeiro, sobre qual a principal característica do metal sou capaz de apostar pagando prêmio que a resposta seria: seguro contra a inflação. Mas é na maior parte das vezes enganosa como mostra o gráfico com dados desde 1927 elaborado pela Goldman Sachs. Isso vem ocorrendo recentemente. Depois da alta ocorrida em março onde atingiu U$ 2.063, quando o receio da inflação americana se tornou realidade, desde então, os dados de inflação têm vindo ruins ou até piores e a cotação do ouro caiu. Jared Dillian publicou na Bloomberg artigo pontuando seu comportamento estranho, porém com argum

Dinheiro ainda não é capim! #usdbrl

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  O título de hoje é uma frase que uso há muito tempo para enfatizar aberrações que ocorrem nos mercados. O interessante é que, no momento em que a coisa está ocorrendo, existe uma tendência de supor que “desta vez é diferente”, mas não é, principalmente quando ocorrem altas de preços dissociadas da realidade. Isso pode não ser verdade nas empresas de crescimento que, embora no seu lançamento tenham índices P/L   muito elevados, podem justificar esses valores pela previsão de lucros futuros — mas nunca se deve esquecer que essa premissa é essencial para que os níveis se sustentem. No início do ano passado, quando a pandemia nos fazia ficar em casa trancados, surgiu uma nova onda no mercado americano motivada pelas benesses do governo, que pagou para as pessoas ficarem em casa. Com esse dinheiro e impulsionado pelas redes sociais, estas resolveram usar seu tempo disponível para comprar ações. Escrevi um post  o-acerto-por-sorte onde um deles, Keith Gill, viralizou ao apostar nas aç

Giro de 360º #nasdaq100

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  É muito raro acontecer mudanças de rumo drásticas nos mercados como as que ocorreram esta semana. As bolsas subiram na quarta-feira após anúncio do Fed e devolveram toda alta ontem, um giro de 360º. Um leitor me perguntou se eu iria comentar sobre esse assunto. Barry Ritholtz comentou sobre esse acontecimento em seu site The Big Picture. A Força‎ estava com os mercados na quarta-feira: o rali monstro foi o primeiro movimento de ~3% mais elevado que vimos em um bom tempo. O S&P 500 ganhou 2,99%, o Nasdaq de alta tecnologia subiu 3,19% e o Russell 2000 avançou 2,69%.‎ ‎A mudança pode ter sido uma surpresa para alguns, mas dado o quão vendidos e descontroladamente negativos os traders estavam, não deveria ter sido diferente. Isso não é viés de retrospectiva, mas simplesmente o que escrevi no dia anterior em ‎ ‎Muitos Ursos‎ ‎: "‎ ‎Toda essa negatividade e esse aumento no sentimento de baixa me faz querer comprar ações com as duas mãos‎ ‎."‎ ‎Mas isso é uma opinião de t