A China está pagando o preço #nasdaq100
A China tomou diversas medidas que foram contra o mercado:
deu uma enquadrada monstra no dono do Alibaba, site concorrente da Amazon na
China, Jack Ma, ele ficou desaparecido por muito tempo, mas reapareceu
recentemente. Os motivos não foram claros, mas o suficiente para que as ações
dessa empresa caíssem 75% da máxima. Depois se meteu nas empresas de educação
on-line dizendo que não era a forma de ensinar os chineses, proibiu que
abrissem seu capital, e mais outras medidas antimercado.
Na sequência, os USA imputaram ações protecionistas em
relação a China que começaram no governo Trump e se estendeu no governo Biden.
Estou compartilhando novamente o link Divórcio conflituoso apresentação que fiz na FEA onde se
encontra detalhado esses diversos pontos.
Quais foram as consequências dessas medidas? Uma mudança de estratégia dos empresários e
investidores americanos, que cada vez mais buscam se distanciar desse país.
A China é um país cuja economia depende fortemente de suas
exportações, foi dessa forma que decidiu crescer vendendo produtos para o mundo,
financiando essas compras adquirindo títulos principalmente do governo
americano. No mercado interno luta contra o conservadorismo dos chineses, o
país que mais poupa dentre as maiores economias mundiais e como contrapartida
consomem pouco.
Todos esses pontos acabaram afetando sua economia fortemente
este ano. Já não bastasse essas consequências, também enfrentam uma crise no
setor imobiliário que representa 25% do seu PIB. Várias tentativas foram feitas
no sentido de incentivar, porém, sem efeitos aparentes. Ontem, o governo
anunciou que tomará medidas fiscais a fim de reforçar a recuperação econômica,
cujos pontos foram elencados na Bloomberg.
O Politburo da China, composto pelos 24 principais líderes
do Partido Comunista, prometeu fortalecer as medidas fiscais do governo e
tornar a política monetária mais eficaz, reforçando os esforços para
estabilizar o crescimento.
A reunião, presidida pelo presidente Xi Jinping, disse que a
política fiscal será intensificada “apropriadamente”, informou a agência
oficial de notícias Xinhua na sexta-feira. Enquanto isso, a política monetária
deve ser flexível, apropriada, direcionada e eficaz, com a redação anterior
“contundente” retirada do comunicado.
O tom geral reafirmou as expectativas dos economistas de que
os formuladores de políticas da segunda maior economia do mundo se tornarão
mais agressivos com sua meta de crescimento para 2024. Embora as metas anuais
numéricas sejam tradicionalmente divulgadas em março, a reunião do Politburo e
uma próxima Conferência Central de Trabalho Econômico ajudam a definir o tom da
política no próximo ano.
Orientação da política macroeconômica da China
Reunião do Politburo sinaliza política fiscal mais expansionista.
A economia da China tem enfrentado vários desafios, com várias medidas de apoio que falharam em fazer muito para reverter o aprofundamento da crise imobiliária no país. As finanças do governo local tensas e a baixa confiança do consumidor também estão pesando sobre as perspectivas.
A meta oficial de crescimento do governo de cerca de 5% para
2023 é amplamente vista como alcançável entre os economistas. Ainda assim,
muitos analistas viram a meta como conservadora quando foi definida no início
deste ano.
Força motriz
“As autoridades deram um tom mais claro sobre a
estabilização. Eles parecem mais interessados em fazer progressos”, disse Bruce
Pang, economista-chefe para a grande China da Jones Lang Lasalle. Uma política
fiscal mais forte se tornará a “principal força” na estabilização do
investimento, do consumo e do crescimento, acrescentou.
As autoridades ofereceram mais estímulos recentemente,
inclusive por meio da emissão de mais 1 trilhão de yuans (US$ 140 bilhões) em
títulos soberanos para apoiar gastos com infraestrutura. Isso aumentou as
expectativas de que o apoio fiscal será fundamental para a estratégia do
governo em 2024.
Uma política fiscal mais forte sugere que a taxa de déficit
pode exceder 3% novamente, disse Xing Zhaopeng, estrategista sênior do
Austrália and New Zealand Banking Group. Pequim fez um raro movimento em
outubro para elevar o déficit oficial deste ano para 3,8% do Produto Interno
Bruto (PIB), excedendo o limite há muito aderido a 3%.
China raramente ultrapassou limite de déficit de 3%
Déficit global dá o tom dos gastos do governo
A frase “facilitar a estabilidade por meio de medidas progressivas” no comunicado sinaliza que a meta de crescimento do próximo ano pode ser fixada em 5%, disse Xing.
Os formuladores de políticas prometeram melhorar o dinamismo
da economia e “solidificar” o ímpeto de recuperação. Eles também se
comprometeram a melhorar a qualidade do crescimento econômico, alcançando uma
taxa de expansão razoável. As autoridades continuarão a trabalhar na prevenção
e resolução de riscos em áreas-chave, provavelmente sugerindo problemas no
setor imobiliário e na dívida do governo local.
Será que vai funcionar o modelo usado pelos países
ocidentais? Acho difícil dadas as características citadas acima sobre o
consumidor chinês.
Um outro torpedo foi lançado pela Moody's que reduziu nesta
terça-feira sua perspectiva sobre a classificação de crédito da China de
estável para negativa e manteve sua classificação de grau de investimento A1 no
país — que não muda desde 2017. O avaliador de crédito disse que os crescentes
problemas de dívida de algumas cidades e províncias forçariam o governo central
da China a fornecer apoio financeiro quando o crescimento econômico estiver
desacelerando.
A Moody's está enfrentando uma enxurrada de críticas da
China. Não é para menos, afinal nesse momento é mais um complicador.
Os empresários também já se movimentam no sentido de mudar
seus investimentos desse país. Um dos maiores críticos da China de Washington
viajou a Nova York em meados de setembro para se encontrar com alguns dos
financistas mais conhecidos de Wall Street. Sua missão era convencê-los a parar
de investir na China. O republicano de Wisconsin Mike Gallagher, que preside um
comitê da Câmara sobre a China, ficou surpreso ao descobrir que eles não
precisavam de muita ação.
Sua motivação não era o histórico de direitos humanos da China, mas seu histórico econômico. Em reuniões a portas fechadas no Council on Foreign Relations, os financistas expressaram suas preocupações: a desaceleração econômica da China está se aprofundando. Uma crise imobiliária sem precedentes está assustando investidores que detêm centenas de bilhões de dólares em dívidas emitidas por incorporadoras chinesas. E a ênfase do líder chinês Xi Jinping na segurança nacional restringiu o acesso a dados e provocou incursões e investigações envolvendo empresas estrangeiras que avaliam riscos de investimento no país.
A quantidade de dinheiro que os investidores institucionais
têm em ações e títulos chineses diminuiu em mais de US$ 31 bilhões este ano,
até outubro, a maior saída líquida desde que a China entrou na Organização
Mundial do Comércio em 2001, mostram dados oficiais chineses.
Os fundos de hedge, incluindo a Bridgewater Associates, cujo
fundador Ray Dalio tem sido um entusiasta da China, reduziram
significativamente suas participações em títulos chineses.
Empresas de private equity, incluindo a Carlyle, reduziram
as metas de arrecadação para seus fundos na Ásia ou pararam de levantar fundos
voltados para a China. Gestores de fundos mútuos, como Vanguard e Van Eck
Associates, desistiram ou abortaram seus planos para a China.
Os benchmarks de ações chineses estão se aproximando dos
principais níveis técnicos em meio a uma liquidação implacável, e uma queda
abaixo dos limites pode apontar para mais perdas à frente.
A tendência de baixa ocorre no momento em que os
investidores globais permanecem pessimistas sobre as perspectivas da China, com
sua economia mostrando uma recuperação frágil e a crise imobiliária continuando
a piorar. As saídas de estrangeiros persistiram, apesar das tentativas de
Pequim de estabilizar o sentimento.
Uma das estratégias adotadas pela China foi a busca na dominância do mercado de carros elétricos, sendo hoje em dia o maior exportador mundial. Naturalmente o mercado europeu onde as regras para substituição dos veículos a combustão têm prazos exíguos além da preferência dos consumidores por esse tipo de veículo já está criando problemas. Sha Hua comenta no Wall Street Journal a reação dos europeus.
O líder chinês, Xi Jinping, e as principais autoridades da
Europa buscaram aliviar as tensões sobre disputas comerciais e econômicas em
sua primeira cúpula presencial em Pequim nesta quinta-feira.
As relações da UE com a China ficaram mais tensas nos últimos meses devido ao déficit comercial do bloco com a China, que dobrou para US$ 400 bilhões nos últimos dois anos.
Como informação, a balança comercial chinesa quase não sofreu muito com todas essas restrições, como mostra o gráfico a seguir que compara os meses de novembro. Mas eu tenho uma dúvida em relação a esse dado, pois sabemos que a China está “forçando” seus parceiros mais próximos a liquidar as transações comerciais em yuan. Desde a eclosão da guerra da Ucrânia, a Rússia exporta boa parte de suas commodities para esse país. Se essas importações são feitas em yuans, acredito que está fora das estatísticas dos dólares diminuindo suas importações nessa moeda. Enfatizo ser uma ideia minha, não tenho nenhuma informação.Ambos os lados concordaram “que o comércio deve ser equilibrado entre nós dois”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante uma coletiva de imprensa, culpando o desequilíbrio comercial pela falta de acesso ao mercado para empresas estrangeiras, o tratamento preferencial para empresas chinesas e o excesso de capacidade da produção chinesa para prejudicar as empresas europeias.
A UE é um “parceiro-chave para a cooperação econômica e
comercial, um parceiro preferencial para a cooperação científica e tecnológica
e um parceiro fiável para a cooperação industrial e da cadeia de
abastecimento”, disse Xi, conforme a leitura oficial chinesa da reunião. Ele
também disse que a UE e a China não devem se ver como rivais ou se envolver em
confrontos.
Pequim e Bruxelas continuaram a manter diálogos de alto
nível entre si, enquanto as trocas entre a China e os EUA em várias frentes
foram praticamente suspensas durante grande parte do ano passado.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse
esperar que Pequim tome medidas concretas para melhorar o acesso ao mercado e o
ambiente de investimento para empresas estrangeiras, sem especificar quais são.
O órgão executivo da UE anunciou no início deste ano uma
investigação sobre os subsídios chineses para a produção de veículos elétricos,
o que poderia levar a tarifas. Pequim rechaçou o que considera protecionismo da
UE, ao mesmo tempo, em que impõe controles de exportação de minerais críticos
necessários para baterias de veículos elétricos.
Não bastasse tudo isso, a Apple anunciou que pretende
fabricar 25% de seus Iphones na Índia nos próximos dois anos e continuar nesse
sentido mais a frente, apontando nitidamente que pretende se afastar da China
no tempo.
O presidente chinês Xi Ji Ping é conhecido por ser um homem
que assume medidas duras de acordo com suas ideias, essa característica não é
notado somente na área externa também internamente existiu alguns incidentes
com troca de funcionários graduados de forma constrangedora. Parece que não fez
um bom cálculo do que suas medidas poderiam afetar sua economia. Uma análise
simples para um país que depende do exterior, não parece prudente mudanças
bruscas que afetam os princípios empresariais dos estrangeiros.
Uma onda negativa se expande pelo mundo e principalmente nos
EUA de tal forma que o gráfico abaixo não deixa a menor dúvida, a grande
maioria os enxerga como inimigo e qualquer presidente leva em consideração em
suas decisões essa percepção do povo.
Mas um país com o nível de reservas que a China tem pode ter algum problema grave? Sem dúvida, se as fábricas ficarem sem pedidos ou tiverem que vender a preços muito baixos seus produtos, uma onda de pessimismo pode assolar o país, e como diz Luis Paulo Rosenberg “não há corda do mundo que faça o touro ficar de pé se ele está largado”, ou seja, pode colocar o juro a 0% (ou negativo), ou mesmo jogar dinheiro de helicóptero, pois, se os chineses não estiverem confiantes que terão trabalho no futuro, ao invés de gastar, continuarão a poupar.
No post a-última-impressão-e-que-fica fiz os seguintes
comentários sobre a nasdaq100: …“ Nesta semana o nasdaq100 andou de lado sem
existir uma definição mais concreta. Mantive as observações da semana passada,
onde poderia estar ocorrendo a correção Atual ou Estendida conforme apontado.
Caso seja a primeira hipótese, a bolsa deveria ultrapassar a “janela de alta”
logo, logo. Caso contrário, a correção se estenderá um pouco mais” …
— David, está bem confusa sua análise, talvez seria
melhor você nem comentar!
Hoje você está salgado! Eu acredito que colocando minhas opiniões ajudam aos leitores compreenderem melhor a análise técnica, que não é uma ciência exata, tem muito da interpretação do analista. Agora, pode ficar tranquilo que em algum momento vai ficar claro. Por enquanto, o objetivo inicial para o término da onda (1) azul é 17.432.
A Tesla tem um market cap de aproximadamente U$ 1.0 trilhão e está contida no índice SP500 que tem um market cap de U$ 38,4 trilhões, ou seja, representa aproximadamente 2,5%. Comparando-se o volume diário de negociação entre o ETF do SP500 com as ações da Tesla, o que seria razoável esperar?
Não é incrível, quase igual, mesmo comparando com empresas bem maiores como Apple, Micorsoft, Amazon é bem superior. Qual o significado para mim? Muita atenção do público nessa ação indicando tem um certo “amor” pela companhia. Por esse critério sou levado a concluir que está mais cara do que deveria — isso não é uma recomendação, pois nem fui olhar os técnicos dela.
O SP500 fechou a 4.604, com alta de 0,41%; o USDBRL a R$ 4,9307, com alta de 0,39%; o EURUSD a € 1,0763, com queda de 0,28%; e o ouro a U$ 2.002, com queda de 1,26%.
Fique ligado!
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