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Fed agrada a torcida #eurusd

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  Os resultados anunciados pelo Fed após o encerramento do Comitê de política monetária agradaram aos analistas, isso é um fato — principalmente pela reação dos mercados. Mas os argumentos dados pela imprensa, em sua maioria, não estão de acordo com a percepção do Mosca . O que mais se observa hoje nos noticiários é que o Fed foi agressivo — Hawkish. Entendo que sempre é preciso uma explicação (grande Nietzsche!), mas se isso tivesse acontecido, os mercados, e principalmente a bolsa, teriam recuado. No meu entender, as principais mudanças propostas pela autoridade monetária — a de antecipar o enxugamento e prever 3 altas de juros no próximo ano, que já estavam precificadas nos mercados, além de fazer parte de grande parte das análises — significam que o Fed garantiu que não vai bobear nem ficar torcendo para a inflação cair. Essa garantia tranquilizou o mercado. Um artigo de Matthew Boesler e outro na Bloomberg relata as principais alterações dessa reunião. Os executivos do Fede

Diversificação?

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  Diversificação é a palavra que você vai ouvir de seu gestor em qualquer reunião de investimentos. É algo que faz todo sentido, pois concentrar em um único ativo é muito arriscado. Por exemplo, colocar todo o dinheiro nas ações do Nubank, que vale mais que qualquer banco brasileiro listado, é uma aposta que não se deve fazer. Na reunião da Rosenberg pela manhã, a emissão de ações do Nubank foi amplamente discutida. As pessoas que mantêm os parâmetros mais conservadores de avaliação têm dificuldade em aceitar preços tão elevados. Meu contraponto foi no sentido de não se esquecer que vivemos uma Revolução Digital, onde algumas empresas novas irão ocupar o lugar das companhias estabelecidas, destruindo o valor destas. Minha sugestão é não negar por princípio essas empresas, mas diversificar, não comprando somente uma ação dessa nova categoria. Você poderia imaginar que no mercado americano, ao comprar o SP500 que é composto de 500 ações nos diversos setores da economia, você pode fic

Uma explicação simples #SP500

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  Muitos investidores têm ficado perplexos com o nível de taxa de juros dos títulos americanos e, por que não, dos títulos europeus, japoneses, suíços e por aí vai. Como é possível alguém em sã consciência comprar um papel com vencimento em 10 anos a 1,42% a.a., sabendo que amanhã o Fed irá publicar as minutas de seu Comitê de política monetária e informar que o gato está no telhado há muito tempo, e que chegou a hora de descer. Ontem participei de um call promovido pela XP com os economistas da Gavekal, Anatole Kaletsky e Andrew Batson. O economista da XP, em determinado momento, perguntou a Kaletsky como ele via o juro de 10 anos como indicador da inflação futura, e disse que em seu ponto de vista se recusava a aceitar que a razão de juros tão baixos era a interferência do Fed na compra de títulos. Kaletsky baseou sua argumentação a seguir: Vamos observar o que ocorreu na última década com os bancos centrais dos países desenvolvidos — para os japoneses esse prazo é superior a 3

O Brasil vale uma aposta? #usdbrl

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  Neste ano, tudo que podia acontecer de ruim no Brasil aconteceu — na verdade, sempre pode ser pior. Eu poderia elencar os seguintes pontos: briga política sobre a vacina; aumento dos gastos públicos propostos pelo Congresso e pelo Presidente, inflação elevada sob qualquer critério, Lula solto se tornando principal candidato para as próximas eleições. Está bom ou precisa mais? Mas será que já está tudo no preço? Uma boa parte sem dúvida, porém existem ainda algumas dúvidas que continuarão ano novo adentro, como: quem será o presidente da República para o novo mandato? Existe uma expressão no mercado: em determinados momentos, “está matando o morto” — e pode ser que existam algumas oportunidades em mercados que se mostraram bastante estressados. Me parece que a das taxas de juros pré-fixada pode ser um deles. Os juros nos mercados futuros apontam para taxas Selic de 2 dígitos por um longo período. Nota-se que nesse gráfico os juros ainda atingiriam o nível de 11,4% nos próximos 1

Palmas para a China #nasdaq100

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  Nos últimos tempos se observou diversos movimentos ou correlações esquisitas, e recentemente surgiu mais uma. O dólar tem mostrado força contra todas as moedas durante este ano. Ontem comentei sobre o euro tema-para-2022-inflacao-20 , a moeda que tem maior peso no indicie denominado de DXY. Como se pode notar a seguir, a moeda americana segundo esse critério, vem se apreciando continuamente em 2021 com valorização de aproximadamente 7%. Em relação as moedas emergentes também seguem no mesmo caminho. Nessa categoria o real vem se destacando como uma das piores no ano, mesmo com uma política monetária restritiva adotada pelo banco central colocando o Brasil com juros reais positivos. Mas não escapou nenhuma, com uma exceção, o yuan a moeda chinesa. Se alguém viesse de marte e soubesse dos problemas que o setor imobiliário chines tem sofrido esse ano e sabendo que representa 20% de seu PIB acrescido ao movimento do dólar comentado acima, essa pessoa apostaria as calças que o yuan

Tema para 2022: Inflação 2.0 #eurusd

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Estou lançando oficialmente o tema para 2022, acredito que continuará a ser a preocupação da comunidade financeira no próximo ano. Nós brasileiros, cuja inflação surgiu mais cedo e mais forte, talvez o Brasil esteja num estágio mais avançado, próximo do pico — espero! Ontem à noite, o banco central brasileiro subiu a taxa Selic para 9,25% e praticamente garantiu a próxima para fevereiro, que ultrapassaria a barreira dos 10%. Como o ciclo de alta foi atabalhoado, surpresas poderão ocorrer até lá. Falando em previsões, vejam a seguir o que previam as instituições financeiras no final do ano passado. Vai errar assim em outro lugar! Mas não quero criticá-las, pois se me perguntassem na mesma época, minha resposta não seria muito diferente. O que estou buscando ao publicar é enfatizar que não se deve apostar todos as fichas em cima de previsões. A realidade pode ser bem diferente. A maneira de combater a inflação por parte dos bancos centrais tem posturas bastante distintas. Enquanto o