Nadando sem boia #usdbrl

 


O self made man, expressão em inglês usada para os empreendedores que atingem sucesso na vida empresarial, é um caso de exceção — a maior parte que vai por esse caminho acaba esbarrando em muitos erros que poderiam ser evitados se tivessem mais conhecimento.

Embora minha formação acadêmica não tenha sido voltada para as finanças, uma solida formação matemática, agregada ao que aprendi dentro de uma instituição financeira, permitiu que eu fosse bem-sucedido. Com tudo isso, não evitou que eu incorresse em muitos erros — e ainda os cometo.

Não recomendo a um jovem entrar de cabeça nesse mercado sem alguém que o oriente no início. Mas parece que a geração dos millennials vem adotando uma outra postura em relação aos seus investimentos, como relata Rachel Louise Ensign e outro no Wall Street Journal.

Michael Martocci, um fundador de uma startup de 26 anos, ignora os convites para o golfe e outras solicitações do consultor financeiro do ‎‎Goldman Sachs Group‎‎ ‎‎ Inc.‎‎ que está tentando trazê-lo como cliente.‎

‎O jogo dos dezoito buracos não é particularmente atraente para o Sr. Martocci, com sede em Miami, nem pagar por conselhos financeiros. Em vez disso, ele mesmo cuida de suas centenas de milhares de dólares em investimentos. Ele canaliza 90% do seu dinheiro em criptomoedas. Para verificar suas ações, ele abre o aplicativo ‎‎Robinhood Markets‎‎ ‎‎ Inc.‎ em seu celular

‎"É fácil gerenciar US$ 500.000, US$ 1 milhão", disse Martocci, que diz que gasta menos de uma hora por semana monitorando seus investimentos.‎ ‎

Michael Martocci disse que prefere investimentos arriscados que poderiam potencialmente dobrar ou triplicar seu dinheiro em relação aos promissores "retornos padrão do mercado".‎

Mais ‎‎jovens investidores ricos estão optando por ficar‎‎ sem um consultor financeiro tradicional. Em vez disso, eles estão apostando que podem obter opções de investimento boas o suficiente de ‎‎plataformas digitais "faça você mesmo"‎‎ que são baratas e fáceis de usar. Muitos também querem investir em ativos mais arriscados, ‎‎como criptomoedas‎‎ e startups de tecnologia, que os gestores tradicionais muitas vezes não oferecem.‎



Quando Travis Chambers, 33, conseguiu uma fortuna de US$ 9 milhões com a venda de parte de sua agência de publicidade este ano, entrevistou por vídeo quatro consultores financeiros. Ele achou que eles se esforçavam muito para explicar como seus investimentos eram únicos e mereciam suas comissões. E nenhum deles apresentou criptomoedas ou investimentos imobiliários, que eram o que mais o interessava.

‎Chambers, que mora em Boise, Idaho, decidiu se dar bem por conta própria. Colocou US$ 1 milhão em um fundo de hedge administrado pelo vizinho de seu sócio. Destinou outro US$ 1,5 milhão para construir casas para alugar no ‎‎Airbnb‎‎ em áreas de baixa renda. Um de seus projetos envolve a construção de cabanas futuristas no leito seco de um lago no Utah.‎

‎O US Bancorp‎‎ recentemente ofereceu ao Sr. Chambers uma linha de crédito pessoal a uma taxa de juros de 2,75% se ele colocar US $ 1 milhão em uma conta de corretagem.‎

‎Chambers está considerando a oferta, mas continuaria administrando a maior parte do seu dinheiro por conta própria. Ele talvez use a linha de crédito para comprar carros e um avião, que acredita vão se valorizar.

Ao ler essa matéria, fiquei abismado com o nível de risco relatado por esses entrevistados — é grande, enorme. Conceitos como diversificação, track record, e desconhecimento do ativo não fazem parte de suas carteiras. O primeiro deles diz investir 90% de seus recursos em criptomoedas, com o argumento de ganhos rápidos e o objetivo de duplicar ou triplicar seu investimento. Será que essa geração perdeu a noção de que dinheiro não é capim?

A revolução digital em que esses jovens estão totalmente inseridos está dando a ilusão de que os retornos obtidos com ações de empresas disruptivas vai continuar para sempre. Não vai, posso garantir. O processo inovador é compreendido pela fase da inicial da invenção, onde os retornos são expressivos – se der certo! —, mas em seguida vem a concorrência que tende a normalizar e massificar o processo. Via de regra, quem inventa não é quem fica no negócio no longo prazo.

Os argumentos dessa geração jovem, para não aproveitarem de um especialista que oriente seus investimentos são falsos — por exemplo, as altas taxas cobradas pelos consultores podem ser encaradas como custo da aprendizagem e não adotando uma atitude arrogante indicando que sabem melhor o que fazer.

Acredito que daqui a alguns anos muitas histórias tristes serão contadas por esse tipo de atitude, e o que jovens não sabem é que quando os mercados estão em alta tudo dá certo. Não estão preparados para enfrentar um período de quedas mais prolongadas onde, ao invés de dobrar e triplicar rápido, irão perder metade ou 2/3 de seu patrimônio — rápido também.

No post corrida-contra-o-tempo, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...” O dólar continua em sua marcha rumo o objetivo traçado de R$ 6,18. Embora venha frisando uma possibilidade de queda, cujo limite da alta atual deveria se situar entre R$ 5,66/R$5,70” ... ...” Nessa última hipótese, caso ocorra, uma queda repentina deveria se suceder” ...



Na última sexta-feira o dólar chegou a negociar abaixo do limite apontado acima, não foi de forma repentina, mesmo assim não posso eliminar essa hipótese. Continuamos com nosso cenário preferencial.



Vou fazer um exercício com os leitores que merece uma reflexão. Vamos supor que o dólar atinja o objetivo traçado pelo Mosca. O que se deveria esperar depois disso? Supondo que o nível de R$ 6,18 seja “confirmado” como o topo — essa confirmação vai se observar nos dias seguintes —, uma queda é esperada.

A questão que surge é se essa queda será uma correção para uma nova alta que leve o dólar a níveis acima da máxima, ou a alta de mais longo prazo que se iniciou em 2011, quando o dólar estava a longínquos R$ 1,60, sofrerá uma queda de magnitude a ser ainda calculada.

Como iremos saber?

No primeiro caso uma queda em 3 ondas deverá ser observada e quando terminada a alta retoma pulso - gráfico a esquerda. Já no segundo caso o movimento de queda se dará em 5 ondas conforme ilustração a seguir - gráfico a direita.



- David, primeiro, meio complicado para quem não entende, depois 5 ondas é uma sequência depois de 3 ondas, como saber qual dos casos depois da terceira onda terminada?

Entendo, é meio confuso para quem não domina a técnica, mas fique tranquilo que o Mosca vai estar atento. Mas só respondendo a sua questão, quando da realização da terceira onda vamos saber em qual dos casos se encaixa.

O SP500 fechou a 4.701, sem variação; o USDBRL a R$ 5,5453, sem variação; o EURUSD a 1,1590, com alta de 0,21%; e o ouro a U$ 1.824, com alta de 0,43%.

Fique ligado!

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