Embaixo do colchão #nasdaq100

 


Antes de começar com o assunto de hoje, alguns comentários sobre os dados de emprego publicados pela manhã: o Mosca classifica como excelente a criação de 531 mil de empregos no mês de outubro, ficando pouco acima da expectativa do mercado. Outro resultado positivo foram os ajustes expressivos dos dados publicados nos últimos 2 meses, por exemplo, o resultado de 194 mil em setembro foi corrigido para 312 mil e o de 366 mil em agosto para 483 mil, indicando uma recuperação robusta do mercado de trabalho. A taxa de desemprego recuou de 4,8% para 4,6%.



Tenho a sensação de que seria bom que ocorresse um certo diminuição do ritmo, pois com tantos problemas na área de suprimentos, onde ainda faltam muitos componentes, e o correto dimensionamento dos trabalhadores ainda disponíveis, uma cadência muito acelerada pode elevar a inflação — o assunto mais ventilado no momento. Em todo caso, os juros dos títulos de 10 anos estão bastante bem-comportados em 1,5% a.a. — comportados demais!  

Onde será que a China está guardando os dólares que acumula de forma expressiva em seu balanço de pagamentos? Os analistas estão perplexos, pois não conseguem, nos números publicados, identificar, como relata Enda Curran em artigo na Bloomberg.



Excedentes comerciais sem precedentes e entradas recordes em seu mercado de títulos estão dando à China um estoque de dólares não visto desde os dias em que a "poupança asiática" levou a culpa por manter as taxas de juros dos EUA excessivamente baixas e alimentar a crise hipotecária subprime.‎

‎Mas, ao contrário de então, quando a China reciclou agressivamente suas participações em dólares nos Títulos do Tesouro dos EUA, a gigantesca pilha de reservas cambiais da China está se mantendo amplamente estável. Isso significa que os dólares estão sendo canalizados em outro lugar, mas exatamente onde, está se mostrando um certo mistério.‎

‎Enquanto parte dessa enxurrada de verdinhas está terminando como depósitos em bancos chineses, os grandes "erros e omissões" no balanço de pagamentos do país estão bagunçando o quadro. O que está claro é que os dólares oferecem à China um importante amortecedor contra quaisquer choques futuros na economia mundial, mesmo quando empresas individuais como o Evergrande Group lutam para pagar suas dívidas. ‎

‎"É extremamente difícil ter uma visão clara de como o excedente da conta corrente da China é reciclado", disse Alvin Tan, chefe de estratégia de câmbio da Ásia na RBC Capital Markets, em Hong Kong. No entanto, os dólares significam que "quaisquer que sejam os desafios econômicos da China à frente, há pouco perigo de um problema no balanço de pagamentos ou na dívida externa".‎

‎Os depósitos bancários em moeda estrangeira são apenas tímidos de um recorde de US $ 1 trilhão, enquanto o superávit comercial nos primeiros nove meses deste ano atingiu cerca de US $ 440 bilhões em comparação com a média de 2015-2019 de US $ 336 bilhões e US $ 325 bilhões de 2020, de acordo com estimativas do Morgan Stanley. ‎

‎Ao mesmo tempo, uma agressiva política ‎de Covid-zero‎ fechou as fronteiras do país e manteve em casa milhões de turistas chineses e suas poupanças,. ‎

Ganhos do Yuan

‎A Administração Estatal de Câmbio está para divulgar na sexta-feira os dados do balanço de pagamentos do terceiro trimestre. Economistas preveem que a China registrará mais um superávit comercial quando divulgar dados para outubro no domingo, desta vez no valor de US$ 66,1 bilhões. ‎

A conta corrente da China — uma medida de comércio e investimento — entrou no vermelho no primeiro trimestre de 2018 pela primeira vez desde que entrou na OMC em 2001, levantando questões sobre o que isso significava para o fluxo de capital em todo o mundo. Afundou-se no vermelho novamente no primeiro trimestre do ano passado, quando as restrições do coronavírus fecharam fábricas, mas desde então se recuperou assim que os motores de exportação da China voltaram a funcionar a toda carga.‎

‎Uma consequência do fluxo do dólar é a força contínua do yuan — tem sido a moeda com melhor desempenho na Ásia este ano contra o dólar. Mas isso não é suficiente para explicar o que está acontecendo com todas aquelas verdinhas. ‎

 


Uma possibilidade é que as empresas tenham deixado no exterior uma grande fatia de seus resultados de comércio, disse Becky Liu, chefe de estratégia macro da Standard Chartered Plc na China.

‎"Isso significa que o aumento das participações em moeda estrangeira é mantido principalmente pelo setor privado, e não pelo setor público", disse ela. ‎

‎A construção de ativos em moeda estrangeira por entidades do setor privado chinês, em vez de fluir para o setor público, ajudará a reduzir a volatilidade do mercado e preparará a China para uma nova abertura de sua conta de capital, disse ela.‎

‎Huang Yiping, ex-membro do comitê de política monetária do Banco Popular da China, disse em entrevista à Bloomberg Television que o superávit da conta corrente provavelmente recuará desses altos níveis assim que as exportações diminuírem.‎

‎"Acho anormal esse grande superávit na conta corrente", disse ele. "Assim que a pandemia acabar, deveríamos prever alguma normalização nesses números." ‎



No entanto, pelo menos por enquanto, os dólares continuam chegando.

‎O Goldman Sachs Group Inc. estimou entradas líquidas de cerca de US$ 14 bilhões em setembro, bem acima dos US$ 5,5 bilhões registrados em agosto, impulsionados tanto pelo superávit comercial de bens quanto por estrangeiros que compram mais títulos chineses. ‎

‎A análise de Stephen Jen, que dirige a Eurizon SLJ Capital, uma empresa de hedge fund e consultoria em Londres, mostra que o superávit comercial da China está se aproximando de US$ 600 bilhões por ano, que se mantido se tornaria o segundo mais alto. O balanço de pagamentos está tão positivo quanto seu recorde em 2007, observa.‎

‎Outras teorias sobre onde os dólares estão sendo reciclados incluem empresas chinesas investindo no exterior ou usando o dinheiro para financiar projetos como a Belt and Road Initiative. ‎

‎"A pandemia criou enormes distorções no mundo, uma das quais é um superávit comercial extremamente grande na China", escreveu Jen em nota. "A permanência do Covid deve significar que um excedente comercial tão positivo deve levar tempo para desaparecer."

Não se está falando de alguns milhões de dólares, são centenas de milhões difíceis de esconder por alguma artimanha contábil — a não ser que os números sejam totalmente manipulados. Outra forma de ocultar seria através das criptomoedas, o que acho difícil pela postura das autoridades chinesas — e os preços teriam explodido, essa ideia é, portanto, mais um Wishful thinking.

Se nem a comunidade internacional consegue uma explicação boa para essa situação, não será o Mosca que vai conseguir. O que podemos concluir é que o modelo chinês de exportação ainda continua sendo o principal motor da economia chinesa, e com a demanda em alta ao redor do mundo tende a aumentar o seu superavit — ideia diferente dos analistas citados acima. Agora, debaixo do colchão é que esses dólares não estão! Hahaha ...

No post alquimia-contábil, fiz os seguintes comentários sobre a nasdaq100: ... “ Como mostrado no gráfico abaixo, estou aguardando o término da onda (iii) em verde dentro da elipse que pode ter terminado ou ainda mais uma alta até 15.936, para então, na retração da onda (iv) em verde, poder entrar” ...



Vocês poderão notar que a onda (iii) em verde se estendeu muito acima do que seria “esperado”, essas são as surpresas que a teoria de Elliot Wave reserva a seus adeptos. Eu comentei anteriormente que estava preocupado com a correção que poderia ocorrer, o que me tornou mais cauteloso. Isso teve um custo, pois se não fosse isso já teria entrado nas bolsas internacionais.

A pior estratégia que eu poderia sugerir seria pular de uma teoria para outra, não é aconselhável. Mas nem de perto passou pela minha cabeça propor um trade de venda, não num mercado de alta.

Eu continuo com a mesma ideia de entrar quando houver uma correção conforme elucidado no gráfico abaixo. Vou ter que pagar mais caro!



No retângulo destacado seria onde eu espero reentrar na bolsa, vai depender se a nasdaq100 agora, para por aqui, ou essa onda (iii) em verde ainda tem mais gasolina. Esse nível para entrada, observado de hoje, seria entre 16 mil/15.7 mil.

- David, entendo sua frustração, mas nós estamos aqui pelo bolso, já deixei de ganhar uma boa nota. E se essa onda (iii) que você está mencionando não terminar agora?

Como pode notar no gráfico ela está na marca em amarelo – 16.361. Como eu tinha comentado no passado as projeções adotam uma coloração que significa a probabilidade de atingir esse nível.

Verde – mais provável

Azul – provável

Amarelo – possível

Preto e/ou branco – raro

Eu tenho que adotar nas minhas premissas o mais provável e acompanho para ver se estaciona ou segue para outro nível. Se estivesse posicionado, não indica que iria realizar o lucro no nível verde, mas ficaria mais esperto daí em diante. Como não estou, tenho que ficar no aguardo.

 Essas últimas semanas tem sido mais difícil, pois o emocional tem um peso sobre nós. Diversas vezes pensei em entrar numa nova máxima, pois fica uma sensação ruim de que estava com a visão correta, mas não se aproveitou. Emoção e investimento não têm um bom final.

Agora, tenho certeza de que vai ocorrer uma correção, só não consigo dizer de que nível. Vou me guiando pelos parâmetros dessa teoria.



O SP500 fechou a 4.697, com alta de 0,37%; o USDBRL a R$ 5,5428, com queda de 1,06%; o EURUSD a 1,1566, com alta de 0,12%; e o ouro a U$ 1.816, com alta de 1,40%.

Fique ligado!

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