Office Home #Ibovespa
Nas
últimas semanas fiquei em dúvida sobre a ideia de que a pandemia mudou determinadas
atitudes das pessoas e empresas de forma definitiva. Para resumir de uma forma
geral eu imaginava que: vendas on line continuaria a substituir parcialmente as
compras presencias; para algumas funções o Home Office substituiria os
escritórios; os eventos com aglomerações de pessoas seriam substancialmente
diminuídos.
A
volta a vida normal é visível em quase todas as áreas, embora as compras on line
continuem em crescimento. Tenho observado que os Shopping Centers e
restaurantes voltaram a ter fluxo, em relação aos escritórios as informações
que tenho é que estão voltando a ter demanda de aluguel para novos espaços.
Infelizmente
os dados no Brasil não estão disponíveis como no exterior, assim busco fazer
associações que nem sempre se aplicam. De toda maneira, quando é uma tendência
de comportamento ou estratégia das empresas, o impacto irá ocorrer aqui mais
dia menos dia.
No
mercado americano o retorno aos escritórios tem sido muito mais lento, o que pode
levar a reflexão que é mais definitivo. Esse assunto será relatado mais
adiante. Por enquanto, conforme se nota no gráfico a seguir, na melhor das
hipóteses se encontram com a metade da utilização de antes da pandemia. É
importante notar que, as estatísticas de atividades com gastos pessoais
presenciais ultrapassaram o mesmo patamar anterior a pandemia.
O que os americanos estão fazendo com esses espaços ociosos considerando que no segmento residencial a demanda está superaquecida? Como diz o conhecido ditado “nada se cria tudo se transforma” estão convertendo os escritórios em apartamentos para morar.
Alexandra
Ciuntu do site Market Insight publicou uma matéria com informações sobre essa
tendencia considerando 2021 como o ano de maior sucesso no reuso adaptativo.
Até
o final deste ano, aproximadamente 20.100 unidades em prédios mais antigos (que
antes serviam a outros propósitos) estarão começando uma nova vida como
apartamentos — isso é quase o dobro do número de apartamentos convertidos em
2020 e 2019 combinados. Até agora, apenas por meio do reaproveitamento
adaptativo, esta nova década já criou cerca de 32.000 apartamentos, dos quais
41% estão em antigos edifícios de escritórios.
Especificamente, os antigos escritórios compõem um quarto dos projetos futuros, nos quais mais de 52.700 unidades devem ser disponibilizadas em 2022. São 12.300 apartamentos alugados para combinar com os 13.250 que já foram convertidos nos últimos dois anos. Notavelmente, os arranjos de trabalho de casa, que vieram como resultado da pandemia também estimularam as transformações de escritórios em todo o país, embora estas não fossem tão abundantes quanto as reformas hoteleiras na esteira da crise dessa indústria.
Enquanto o interesse por outros tipos de edifícios vacila, as conversões de escritórios estão prosperando: 41% de todos os apartamentos alugados transformados nos dois primeiros anos desta década estão localizados em antigos edifícios de escritórios. Outras estruturas populares a serem convertidas são fábricas e hotéis,apesar de estarem muito atrás de escritórios com apenas 4.350 e 3.900 unidades, respectivamente.
Embora essa tendencia ainda não mostra com clareza um caminho para os imóveis de escritório que continuam vagos, é nítido que houve um aumento expressivo durante o ano de 2021 podendo antever um caminho.
Não
sei como uma planta de escritório pode se transformar na de um apartamento, mas
do mesmo jeito, não se imaginava que um apartamento poderia servir como um
ambiente de trabalho, e se a moda pegar, parte do escritório antigo pode servir
para o Home que nesse caso passaria a ser o Office Home.
A
pandemia parece ter atingido um patamar administrável em virtude da vacinação
em massa da população, embora ainda existam focos em algumas partes do mundo. A
reação das pessoas é de estarem felizes por terem ultrapassado o período mais
crítico e estão buscando aproveitar a vida. Justo! Entretanto, é difícil de
saber nesse momento qual será o novo ponto de equilíbrio, é necessário mais tempo.
No
post inflação-por-todo, fiz os seguintes comentários sobre o
Ibovespa: ...”
enquanto a bolsa não ultrapassar o nível de 102.854 pode acontecer um movimento
de alta, mas só depois de ultrapassar a região demarcada em verde 110.300 – 114.700. Para dizer a verdade, cenário nada animador” ... ...” Os níveis apontados na opção mais negativa - 98 mil/90mil/82mil -
poderá ocorrer sem que haja o rompimento das retas em amarelo, basta ir “escorregando” sem romper a reta
inferior. Entretanto, é pouco provável que aconteça dessa forma” ...
Sai semana, volta semana, e parece que não acontece uma decisão na bolsa brasileira, ela se encontra num intervalo entre 103 mil/107 mil sem que haja uma definição. Isso poderia ser uma indicação de alta - está aguentando a pressão vendedora? Do ponto de vista técnico não tem nenhuma evidência para qualquer dos lados, ambos são possíveis.
Como podem observar acima o gráfico é semelhante ao anterior não tendo muito mais a acrescentar.
-
David, se você está tão pessimista com a bolsa brasileira por que não sugere um
trade de venda?
Essa
é uma pergunta que eu me faço há algum tempo. Acredito que o motivo principal
são dois: primeiro não me sinto confortável em vender quando as bolsas
internacionais batem recorde em cima de recorde, segundo que a correção em que
se encontra nessa queda, já correu um bom espaço, sendo assim, não estaria num
nível confortável de risco x retorno.
A expectativa de juros espelhadas nos mercados futuros no Basil ainda é de alta expressiva. A inflação não dá sinais de arrefecimento. Mas será que esse processo desencadeou uma indexação como a que ocorria no passado? O gráfico a seguir é instrutivo, nele se nota os vilões até o momento: Transport (leia-se petróleo) e Housing (energia elétrica), o restante com altas menores.
Como a inflação não ataca igualmente as camadas de renda, o grande prejudicado são a categoria C e D, que devem estar sentido muito mais forte a alta de preços no seu orçamento. Informações nesse sentido dão conta que as vendas para esses segmentos estão se retraindo.
A
previsão do Banco Goldman Sachs projeta uma retração da inflação no próximo ano
para a América Latina, e a não ser que na Argentina aconteça um milagre, o
provável é que o Brasil seja o maior responsável por essa queda. Tomara!
O SP500 fechou a 4.688, com queda de 0,26%; o USDBRL a R$ 5,5236, com alta de 0,38%; o EURUSD a € 1,1318, sem alteração; e o ouro a U$ 1.865, com alta de 0,84%.
Fique
ligado!
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