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Vergonha britânica

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A Inglaterra é um país civilizado que tem uma população com elevado nível de escolaridade. É um povo gentil que guarda costumes tradicionais, uma das poucas Monarquia existentes. Até 1922, o Império Britânico abrangia 33.700 mil Km ², representando ¼ da área total da Terra. Eram cerca de 458 milhões de pessoas, que eram governados pelos ingleses. O que ocasionou a queda dessa Império foram as duas guerras mundiais. Enfraquecida e com um rombo financeiro, especialmente depois da Segunda Guerra, o Reino Unido encolheu aos poucos. Com diversos setores industriais extintos, não foi capaz de concorrer com os EUA e Japão, sendo esse primeiro, a assumir seu lugar como potência. Depois de tanto poder no passado, será que hoje não conseguem decidir se querem ou não sair da União Europeia? No próximo mês, o plebiscito que decidiu na sua saída, vai comemorar 3 anos, e desde então, várias consequências já são sentidas em sua economia. Diversas empresas anunciaram a saída da Inglaterr

Uma nova ameaça

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Tenho enfatizado ultimamente, as ameaças vinda das novas formas de utilizar a ociosidade de bens. A Uber, WeWork e Airbnb já existem e estão em franco crescimento. Naturalmente estes setores eram os candidatos mais lógicos a serem explorados pelo seu elevado valor e facilidade operacional. Sempre que pensava neste assunto, olhava para meu armário e notava a enorme ociosidade das roupas. A da minha esposa nem se fala, basta ver a quantidade de bolsas e sapatos, uma obsessão de todas as mulheres, sem exceção! Cheguei a calcular o valor que representava esses itens, faça a sua conta. Por outro lado, sempre achei difícil de resolver o gosto de cada uma, bem como, a operacionalidade para se alugar roupas. Mas uma empresa americana resolveu testar. A cadeia Urban Outfitters está entrando no mercado de aluguel de roupas, tentando explorar uma das áreas de maior crescimento da moda sem desencorajar as pessoas de fazer compras em suas lojas. A empresa, dona da rede homônima, e

A experiencia conta

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Alguns economistas vêm sugerindo uma nova teoria monetária que pode ter consequências desagradáveis. O acrônimo usado é MMT – Modern Monetary Theory , que de moderno parece não ter nada. Um artigo publicado por Sebastian Edwards, professor da UCLA, lembra o desastre ocorrido em países da América Latina que se utilizaram da expansão fiscal através da emissão de moeda. De acordo com os defensores do MMT, o Federal Reserve dos EUA deve imprimir grandes quantias de dinheiro para financiar projetos massivos de infraestrutura pública, juntamente com um programa de "garantia de emprego" destinado a afiançar o pleno emprego. Um grande aumento na dívida do setor público, alegam os patrocinadores do MMT, não representa um perigo para um país que pode tomar empréstimos em sua própria moeda, como os Estados Unidos podem. Essa visão não convencional tem sido criticada tanto por keynesianos quanto por monetaristas. Muitos respeitados economistas acadêmicos, incluindo Paul K

China no Raio - X

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Parece que o real motivo por traz da disputa comercial entre os EUA e a China emergiu. Há muito se comenta que, os americanos estariam preocupados com a perda de sua supremacia, econômica e principalmente tecnológica para os chineses. Durante os últimos 30 anos, a China saiu de um pais principalmente agrícola e fabricante de produtos de baixa qualidade, para ser a segunda economia mundial, não ficando nada a dever na área de tecnologia, além de um aparto militar competitivo com qualquer outro país. Tudo isso não foi construído de graça, se deveu a um programa bem-sucedido, implantado pelo governo nesse período, além de um grande esforço em capacitar sua força de trabalho nesse sentido. Foi através da geração de substancial superávit comercial que acumulou reservas da ordem de U$ 3,0 trilhões, desafiando os modelos de crescimento de países emergentes que se utilizam da poupança externa para crescer. No caso Chinês, essas reservas serviram para financiar os déficits america

Os sem escritório

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Em nosso mundo disruptivo, a cada dia somos surpreendidos por novas sistemáticas que desafiam os modelos atuais. Do ponto de vista econômico, uma série de novidades visa eliminar a ociosidade. Essa abundancia existe em diversos segmentos, por exemplo: carros – já aproveitada hoje pelas empresas tipo Uber; moradia – também parcialmente coberta pela Airbnb, e agora a otimização de escritórios oferecida pela WeWork. Do ponto de vista econômico é fantástico, gera uma renda adicional ao proprietário com um custo e flexibilidade maior ao locatário. Mas toda essa revolução tem um motivo secundário que é percebido na geração Millennial, que estão entrando no mercado de trabalho de forma mais empreendedora que a geração passada, através dos startups. Esses jovens não querem a propriedade de nada: carro, moradia, escritório, preferem a facilidade de contratar um serviço e interromper a seu desejo, de forma rápida e sem custo. Essa nova disrruptura está acontecendo nos ambientes de

Final Ilógico

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Quando eu era o responsável pela gestão de fundos no Deutsche Bank, essa indústria começava a ficar competitiva. Com taxas de juros elevadas, a gestão de renda fixa não requeria grandes ideias, bastava comprar títulos indexados à taxa SELIC/CDI e não fazer mais nada. Todas as outras formas de investimento não conseguiam obter retornos superiores a essa, no médio prazo. Mesmo sendo um banco estrangeiro, característica que dava ao investidor maior confiabilidade, não era suficiente para cobrar taxas de administração mais elevadas. O segmento de fundações sempre foi um mercado extremamente competitivo. Por disponibilizar grandes quantias de recursos, conseguem taxas muito inferiores aos clientes pessoa física. Certa vez, entramos numa concorrência para administrar um fundo dos funcionários da Petrobras. Como não havia a menor chance de “benefícios” indiretos, esses eram cotados nas condições de mercado. Meu funcionário responsável pelo relacionamento com os clientes,

Contabilizando o estrago

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Acredito que por um bom tempo a bola da vez será o embate entre USA e China. Também não poderia ser diferente, se as duas maiores economias do mundo têm grande desavenças, qualquer solução terá impacto nas outras. O Presidente Trump resolveu dar uma colher de chá ontem no final do pregão, quando postou um tweet dizendo que “está sentindo que um acordo será muito bem-sucedido”. Isso deu um alento ao mercado. Me desculpe, mas acho que os trades acreditam, ou querem acreditar em Papai Noel. Se existe algo que se pode inferir desses dois anos e meio de governo é que Trump não merece a menor credibilidade nas suas palavras. Além do mais, está “sentindo”? Come on! Nunca acreditei muito na competência do Presidente americano, sua vida profissional foi repleta de falhas, pediu quatro vezes concordata. Uma vez, tudo bem, mas quatro! Por outro lado, é inegável um outro tipo de competência, a de convencer os bancos que agora será diferente e que aprendeu com os erros. Desta forma c