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O buraco é mais embaixo! #eurusd

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  Ontem o presidente do Fed repetiu novamente que o Fed não está para brincadeiras nem será seduzido por perspectivas de uma possível recessão, o que poderia deixar a autoridade monetária em dúvida a continuar subindo os juros. Se isso se tornará realidade ou não, só iremos saber no futuro; no curto prazo, porém, é melhor não apostar nisso (diminuição do ritmo). De certa forma, está dando uma de Paul Volker, o presidente do Fed que levou as taxas de juros no céu, ao redor de 20% a.a. (eu vi um contrato de Libor com essa taxa). Sobre esse assunto, veja comentários no texto. O Banco Goldman Sachs, que tinha uma visão muito diferente há um ano, agora está mais alinhado com a realidade e publicou suas mudanças em relação às previsões anteriores. As projeções revisadas do FOMC forneceram as principais conclusões da reunião de setembro: uma alta de 75pb é a linha de base para novembro, e o FOMC está disposto a tolerar mais deterioração do mercado de trabalho, se necessário, se a inflação

All-in! #Ibovespa

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  Uma jogada muito conhecida no jogo de poker chamada de All-in acontece quando o jogador aposta todas as fichas que têm numa jogada. Normalmente ocorre em situações extremas, ou quando o jogador tem um jogo que considera imbatível, ou numa tentativa de blefe — se perder, sai do jogo; se ganhar, fica numa posição relativa vantajosa. Resumindo: é uma jogada arriscada. Eu sabia que o Brasil era dependente da China para suas exportações, mas não tinha ideia da profundidade dessa dependência. Tom Miller, da Gavekal, escreveu um artigo sobre essa penetração do nosso país. Fiquei surpreso com os valores dessa relação comercial. A economia instável da China é uma preocupação para os exportadores de commodities, do Peru à Austrália. Mas poucos países são mais vulneráveis ​​do que o Brasil, que embarcou quase US$ 90 bilhões em minério de ferro, petróleo, soja, carne bovina e outras commodities para a China em 2021, respondendo por 65% de seu superávit comercial. As exportações brasileiras

Sempre existe uma razão (desculpa?) #SP500

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  Podem notar: quando uma previsão não se realiza, a pessoa que fez sempre encontra uma razão (ou desculpa?). O ser humano tem muita dificuldade em assumir erros e, num processo até inconsciente, busca motivos pelos quais o que previu não ocorreu ou, às vezes, mantém se calado e finge que não é com ele. A melhor das desculpas que ouvi foi quando um trader, ao fazer uma posição viu os preços caírem momentos depois. Qual a razão? “Estava indo tudo bem, mas aí o banco X entrou vendendo como um louco e os preços caíram”. Será que ele esperava que os preços iriam subir pela falta total de vendedores? Algumas decepções ocorreram nos mercados financeiros nos últimos tempos. Talvez a maior tenha sido o bitcoin, a moeda que iria salvar o mundo dos bancos centrais. Não só não ocorreu, como está perto de níveis perigosos, onde vai inviabilizar o cenário de alta — ainda está distante, mas não muito. A ilustração a seguir dá uma ideia de como seus detentores usam essa cripto moeda. Outra grande

Consistência #usdbrl

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  A característica mais desejada na gestão de um portfólio é a consistência. Na verdade, a consistência é válida para muitos aspectos de nossa vida. Nunca fui partidário da busca pelo melhor colaborador, melhor fundo, sem que naquele momento soubesse exatamente o porquê dessa escolha. Na universidade, um professor do qual não lembro a matéria disse uma frase que ficou marcada em minha vida: o ótimo é inimigo do bom — já valeu o curso por isso! Informação tão valiosa quanto a consistência — na maior parte das vezes associada a valores positivos — é sua negação, a inconsistência; a diferença é que você deve buscar a primeira e afastar-se da segunda. Desde a existência do Mosca , tenho enfatizado a falta de consistência na performance dos fundos e sugerido a opção por ETF. Da mesma forma como se deve acompanhar os ativos de seu portfólio avaliando seu retorno, também é prudente verificar o retorno dos fundos. Sam Ro publicou em seu site Tker o resultado mais recente sobre esse tema.

Maquiavel na política monetária #nasdaq100

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  Vou aproveitar o assunto de hoje para fazer um breve comentário sobre as eleições que se aproximam no Brasil. Essa semana participei de um call do Banco Credit Suisse com o cientista político Murillo Aragão. Uma das perguntas feitas versava sobre por que razão as manifestações a favor do Bolsonaro contam com presença maciça enquanto as do Lula têm apenas meia dúzia de gatos pingados — a indagação foi no sentido de questionar os resultados das pesquisas. Murillo comentou que uma grande parte das pessoas que irão votar em Lula o fazem porque não querem votar em Bolsonaro, algo inverso do que ocorreu na eleição passada. Essa explicação me levou a duas reflexões: a primeira, que a “garantia” de vitória de Lula, por seu elevado índice nas pesquisas, tem um certo fator de fluidez, ou seja, parte pode não votar nele agora ou no segundo turno — razão da grande preocupação demonstrada pela equipe do PT; a segunda, que o eventual governo Lula seria muito mais Lulinha paz e amor, ou pouca coi

O pseudo socialista #EURUSD

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  Muitos empresários destinam parte de suas fortunas a causas diversas. O montante destinado e o momento variam de acordo com o desejo individual. Essas filantropias buscam equilibrar distorções do sistema capitalista, uma vez que, os governos não administram bem os recursos coletados da população através de impostos, na grande maioria destinam esses recursos de acordo com seus interesses eleitorais ou pior desviam para si. O montante destinado pelos empresários são parcela modesta de seu patrimônio, porém, Yvon Chouinard, empresário que pratica o surfe, anda de caiaque e faz outros esportes, além de ser dono da cadeia de lojas Patagonia. O que ele tem de especial? Doou 100% de seu patrimônio em vida. Eu nunca soube de algo parecido ocorrer, principalmente em vida. Joseph De Avila e outro publicaram um artigo seu no Wall Street Journal. O fundador da Patagônia, Yvon Chouinard, está doando o negócio multibilionário de vestuário ao ar livre que fundou há quase 50 anos, com o objetivo