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Alívio no mercado #eurusd

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  Ontem foi publicado o índice de inflação nos EUA, com um resultado que agradou a todos – inclusive ao Fed. Alguns analistas acreditam que o processo inflacionário que assolou o mundo em 2022 é coisa do passado, como comenta Robert Amstrong em sua coluna Unhedged. Ninguém toca um sino quando o ciclo de taxas atinge o pico. Mas os números da inflação de preços ao consumidor de outubro são a coisa mais próxima de um sinal de neon piscando as palavras: "ei, bobão, pouso suave iminente". Com algumas pequenas ressalvas, a notícia foi toda boa. O CPI ficou abaixo das expectativas devido à inflação de serviços mais tranquila. O núcleo mensal da inflação subiu apenas 0,2%, ou 2,8% anualizado. O mercado leu o sinal luminoso. Bonds valorizando – equivalente a queda nas taxas; o rendimento de dois anos caiu 21 pontos-base e o rendimento de 10 anos não ficou muito atrás, em 19 pontos. O S&P 500 subiu 2% e o índice de pequena capitalização Russell 2000 saltou 5%. Os mercados futu

Encontro muito incomodo #SP500

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  O líder Chinês Xi Jiping se encontra amanhã com o presidente americano Joe Biden em São Francisco – acredito que não seja por acaso a escolha desse local, meio do caminho para ambos, mas em todo caso é no território americano. Depois de tantas medidas e acusações, será que algo proveitoso pode sair desse encontro? John Authers relata na Bloomberg que acredita que sim. Os líderes das duas superpotências mundiais estão prestes a realizar sua primeira reunião em um ano nesta quarta-feira. E isso pode realmente importar. Não são previstas grandes concessões entre os Estados Unidos e a China, mas as autoridades parecem acreditar que o mero esclarecimento de quaisquer equívocos vale a pena. Afinal, a conversa - à margem do fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em São Francisco - ocorre no momento em que a deterioração de sua relação abrangeu tarifas comerciais, disputas sobre propriedade intelectual, um movimento constante de empregadores americanos para fora da China e tensã

Inflação causa raiva #usdbrl

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  Uma das muitas distorções que ocorreram depois da pandemia é o sentimento dos americanos. É esperado que a população fique feliz quando a economia está indo bem. Entretanto, não é o que se nota recentemente nos EUA, onde o PIB cresceu substancialmente, porém a pesquisa de sentimento está na mínimas. À primeira vista somos levados a acreditar que é ainda consequência da pandemia – receio enraizado— ou uma distorção que será ajustada no tempo. Acredito que não é nenhuma das duas. Dois artigos publicados sobre esse tema revelam motivos distintos: Reade Pickert comenta na Bloomberg que o motivo é a expectativa de inflações mais elevadas no futuro, segundo essa pesquisa. O consumidor acredita que a inflação para os próximos 5 a 10 anos será de 3,2%, acima dos 3% da pesquisa anterior. Acredito que Reade bateu na trave, não acredito que uma pesquisa de inflação para um prazo tão longo possa afetar o sentimento hoje. Robert Armstrong comenta na sua coluna Unhedged um outro motivo mai

Deflação raiz #nasdaq100 #SP500

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  Ontem o presidente do Fed fez algumas declarações das quais os mercados não gostaram muito. A que teve mais impacto foi “[O FOMC] está empenhado em alcançar uma orientação de política monetária que seja suficientemente restritiva para reduzir a inflação para 2% ao longo do tempo; não estamos confiantes de que alcançamos tal posição. Sabemos que o progresso contínuo na direção ao nosso objetivo de 2% não está garantido: a inflação deu-nos algumas falsas esperanças. Se for apropriado apertar ainda mais a política, não hesitaremos em fazê-lo”. Essa postura está muito de acordo com o que relatei no post de ontem vamos-devagar-nos-juros : ...” os juros só poderiam cair de forma mais forte se ocorrer uma recessão, caso contrário será mais lento e mais adiante do que o mercado projeta” ... Powell, tamo junto! Se viesse um marciano aqui e recebesse os dados de inflação de todos os países exceto da China, ele perguntaria o que aconteceu, pois quando estudou economia em seu planeta nunca

Vamos devagar nos juros #eurusd

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  O SP500 subiu 7%, e a nasdaq100 10% nos últimos dias. Os investidores ficaram animados com a conversa do Fed de que os juros terminaram esse ciclo de alta – embora não tenha dito isso explicitamente. O interessante é que os mercados futuros já contemplavam esse cenário antes da reunião. Para aumentar a comemoração, os dados de emprego vieram “normais” no meu entender, mas o mercado enxergou que a pressão de custos vinda por aí também acalmou. A taxa de juros dos papeis do tesouro de 10 anos recuou de 5% a.a. para 4,5% a.a. Será que se pode aplicar a cartilha de finanças esperando queda dos juros mais à frente? Mohamed El Erian, colunista da Bloomberg, acredita que a incerteza ainda irá prevalecer, mesmo que o Fed não suba mais os juros. Uma lógica simples se desenrolou nos mercados neste mês. Os movimentos de preços apontam para uma expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) termine de aumentar as taxas de juros e agora comece a cortar no início d

A recessão sumiu #IBOVESPA

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  O ano está terminando e o tema do Mosca “sim ou não – para a recessão” ficou sem resposta. Tudo indicaria uma renovação do tema tipo 2.0, pois vários analistas acreditam que ela virá em breve, como nos comentários no post de ontem. Também já sabemos que o NBER – National Bureau of Economics, um grupo de pesquisa privado, convoca um painel de economistas para avaliar a situação econômica e declarar a recessão, ou seja, não só necessariamente a queda do PIB em dois trimestres é suficiente, embora seja altamente provável. Mas e se a recessão já passou? Como assim, não houve retração do PIB! Pois é, John Authers, um analista que tem se posicionado muito cético nesse sentido, publicou na Bloomberg a ideia de que ao se observar o resultado das empresas, já teria passado. A recessão acabou Depois dessa manchete talvez enganosa, deixe-me enfatizar que a recessão de que estou falando está nos lucros obtidos pelas empresas no S&P 500 . Depois de três trimestres de quedas ano a ano,