Confundindo as bolas #usdbrl
Um breve comentário sobre a vitória de Milei como novo
presidente da Argentina. Suas aparições não deixam dúvidas de que ele é meio
(meio?) louco. Com ideias libertárias (como se autodenomina), se comprometeu a
dolarizar a moeda tirando de circulação o peso — que se encontra mais leve que
uma pena — argentino. É um passo audacioso, e sua aprovação depende do
Congresso. Muitas pessoas ficaram chocadas pela escolha dos argentinos que,
diga-se, foi muito mais folgada do que apontavam as pesquisas. Eu acredito que
não havia outra opção, pois Massa era a continuidade do fracasso secular do
peronismo, enquanto Milei é o louco necessário para esta situação. Na hora que
se sentar na cadeira, saberemos o que seráe o que não será implementado.
Elon Musk se meteu noutra enrascada na semana passada ao
concordar com uma postagem antissemita no Twitte,r como comenta Dana Hull na
Bloomberg.
O protesto por conteúdo antissemita não verificado e
comentários na rede social X, alguns deles endossados pelo dono da plataforma,
Elon Musk, atingiram um ponto de inflexão na sexta-feira, com grandes
anunciantes, como a Apple cancelando anúncios e a Casa Branca repreendendo o
bilionário.
Musk, que se envolve regularmente com usuários antissemitas
no X, concordou com uma postagem que dizia que os judeus têm um "ódio
dialético" às pessoas brancas. "Você disse a verdade real",
respondeu Musk.
A Casa Branca classificou a resposta de Musk como um ato "inaceitável" que coloca em risco as
comunidades judaicas. Enquanto isso, vários acionistas da Tesla também
se manifestaram contra Musk, que é o CEO da fabricante de carros elétricos, com
alguns dizendo que ele deveria ser suspenso de seu cargo.
Os americanos têm "a obrigação de falar contra qualquer
pessoa que ataque a dignidade de seus compatriotas e comprometa a segurança de
nossas comunidades", disse o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, em um
comunicado na sexta-feira. As empresas de Musk, incluindo a Space Exploration
Technologies Corp., detêm vários contratos governamentais.
As declarações de Musk se somaram à reação provocada por um relatório divulgado na quinta-feira
pela Media Matters, que disse que anúncios para Apple, International Business
Machines Corp., Oracle Corp., Comcast Corp.,
a marca Xfinity e a rede de televisão Bravo rodaram no X ao lado de conteúdo
pró-nazista. A IBM disse que vai parar de anunciar no X até que a situação seja
resolvida. A Comissão Europeia e a Lions Gate
Entertainment Corp. também disseram que cancelaram anúncios no X.
Walt Disney Co. disse
que estava pausando os gastos com X, a Paramount Global
anunciou que estava suspendendo toda a publicidade, enquanto a CNBC informou que a Warner Bros
Discovery Inc. interrompeu suas campanhas publicitárias na plataforma. A Comcast Corp.,
dona do império de mídia NBCUniversal, também pausou a publicidade no X, informou a Puck News.
O relatório da Media Matters "deturpou
completamente" a experiência real do usuário no X, escreveu Musk em um
post no sábado, dizendo que a plataforma planeja entrar com um processo contra
a empresa na segunda-feira.
A Apple, uma das maiores anunciantes do X, disse que está
fazendo uma pausa na exibição de anúncios no site. As duas empresas já tinham
uma relação precária. Depois que Musk assumiu a rede social no ano passado -
desencadeando uma enxurrada de cortes de empregos e mudanças de políticas - a
Apple também suspendeu a publicidade por um tempo. Musk aumentou as tensões ao
insinuar que poderia quebrar as regras da App Store da Apple para parar de
pagar taxas.
Mas ele e o CEO da Apple, Tim Cook, se encontraram na sede
da fabricante do iPhone no final do ano passado e consertaram o relacionamento.
Musk disse em dezembro que a Apple havia
"retomado totalmente" a publicidade no que então era
chamado de Twitter.
Cook já havia chamado X de "propriedade
importante", mas disse discordar do discurso antissemita que supostamente
aumentou desde que Musk assumiu. Ele disse que a empresa com sede em Cupertino,
Califórnia, "constantemente" se pergunta se deve continuar
anunciando.
Mais cedo na sexta-feira, a Axios informou que a Apple está
pausando anúncios no X.
"X tem sido extremamente claro sobre nossos esforços
para combater o antissemitismo e a discriminação", disse a CEO Linda
Yaccarino na plataforma na sexta-feira, ecoando
seus comentários anteriores sobre o assunto. "Não há absolutamente nenhum
lugar para isso em nenhum lugar do mundo."
Musk não respondeu a um pedido de comentário da Bloomberg
News.
As últimas declarações de Musk, que é a pessoa mais rica do
mundo, ocorrem em um momento de crescente antissemitismo e islamofobia em todo
o mundo em meio à guerra entre Israel e o Hamas. A Liga Antidifamação descobriu
que o antissemitismo no X cresceu mais de 900% na
semana seguinte ao ataque inicial de 7 de outubro pelo Hamas em comparação com
a semana anterior.
No ano passado, o Comitê Judaico Americano, uma organização
de defesa de direitos, pediu que Musk se desculpasse depois que ele apagou um
tuíte polêmico que fazia uma comparação satírica entre o primeiro-ministro
canadense, Justin Trudeau, e Adolf Hitler.
"Eu simplesmente nunca tive isso com nenhuma empresa em
que eu tenha investido, nunca na minha vida, onde o próprio CEO da empresa faz
tantas coisas prejudiciais", disse Ross Gerber, cofundador e CEO da
empresa de gestão de patrimônio Gerber Kawasaki, à CNBC na quinta-feira. "Ele está
destruindo a marca."
Musk acusou a ADL, um grupo judeu de direitos civis, de
minar a receita publicitária do X ao destacar um aumento no conteúdo extremista
que fez com que os anunciantes fugissem. As vendas de anúncios no X caíram 60%
"principalmente devido à pressão sobre os anunciantes" montada pela
ADL, disse Musk em setembro, depois que a organização disse que os relatos de
assédio e conteúdo extremista aumentaram desde que ele assumiu a empresa.
Em setembro, Musk se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin
Netanyahu, nos escritórios da Tesla em Fremont, Califórnia, para uma discussão
transmitida e disse: "obviamente, sou contra o antissemitismo. Sou contra
qualquer coisa que promova o ódio e o conflito."
No final da longa e abrangente conversa, Musk partilhou que
tinha frequentado uma escola judaica enquanto crescia na África do Sul e podia
até cantar "uma grande 'Hava Nagila'", uma canção folclórica judaica.
(Comentário meu: é uma piada esse argumento!)
Kristin Hull, fundadora e CEO da Nia
Impact Capital, disse estar "chocada" com as novas postagens de
Musk. O fundo de impacto social possuía cerca de US$ 282.200 em ações da Tesla
em meados do ano e tem travado campanhas de pressão contra a empresa há anos, inclusive
por meio de resoluções de acionistas.
"O impacto do discurso errático, racista e antissemita
de um CEO afeta diretamente a marca e os resultados da Tesla de maneiras
significativas", escreveu Hull em um e-mail na quinta-feira. Ela disse que
uma resposta apropriada às ações de Musk pode incluir censura pelo conselho da
Tesla, rebaixamento, realocação, suspensão ou remoção.
A Comissão Europeia aconselhou seus funcionários a pararem
de anunciar no X devido a "um aumento alarmante da desinformação e do
discurso de ódio", disse em um comunicado na sexta-feira, que não citou
especificamente as postagens de Musk. A mudança foi inicialmente reportada por Político.
Apple e Oracle não responderam a pedidos de comentários. A
decisão da IBM foi noticiada
mais cedo pelo Financial Times, enquanto o New York Times noticiou mais cedo a
decisão da Disney.
O cofundador do Facebook, Dustin Moskovitz, também chefe da
fabricante de software de gerenciamento de projetos Asana, disse que Yaccarino
deveria pedir a Musk, que é dono do X e atua como diretor de tecnologia da
empresa, que renunciasse.
"Yaccarino enfrenta seu maior teste até agora enquanto
decide se demite seu CTO antissemita ou arrisca perder ainda mais
anunciantes", escreveu ele no Threads, outra rede social. "Como ela
vai lidar com essa situação complicada, mas moralmente inequívoca?"
No final de semana, Musk buscou consertar o estrago, como
relata Edwin Chan na Bloomberg
Elon Musk criticou reportagens "falsas" da mídia
que o acusam de antissemitismo, emitindo sua resposta mais forte até agora após
endossar conteúdo antissemita em um post no X que provocou indignação e alienou
anunciantes como a Apple.
No domingo, o empresário tuitou que desejava "apenas o
melhor para a humanidade". Musk há muito é criticado por promover o discurso de ódio.
Vários executivos de publicidade pediram reservadamente à
CEO da X, Linda Yaccarino, no fim de semana, que renunciasse para salvar sua
reputação, informou o Financial Times, citando pessoas não
identificadas familiarizadas com o assunto. Mas ela se recusou a pedir
demissão, dizendo que acredita na missão da empresa, informou o FT.
Tenho escrito diversos posts sobre o controverso Elon Musk e
sempre enfatizei suas qualidades como empreendedor, mas fui cético quanto a seu
sucesso, principalmente na compra do Twitter. Especificamente, no post prova-real fiz os seguintes comentários: ... “Musk vem com ideias
pré-estabelecidas de como crê que o Twitter deve ser, mas sempre como usuário e
não como dono. Quer deixar livre para as pessoas publicarem o que bem
entenderem” ... ...” Projeto inúmeros
problemas legais e de anunciantes nesse novo ambiente” ...
Suas ações foram excluídas da bolsa, não sendo possível uma
comparação. Porém, os últimos cálculos feitos pelo mercado apontam que os U$ 44
bilhões pagos há um ano valem hoje U$ 19 bilhões, uma queda potencial de 56%,
enquanto nesse mesmo período a Meta – antiga Facebook, subiu 200%.
Existe uma regra básica que os políticos, empresários e pessoas expostas às mídias deveriam seguir: não confundir a pessoa física com a pessoa jurídica, pois opiniões da primeira podem influenciar fortemente a segunda. Quanto ao assunto do antissemitismo, isso ganhou muita atenção ultimamente em função da guerra de Israel contra o Hamas. Qualquer declaração que gere essa percepção tem sido fortemente repelida. Como exemplo, posso citar o caso Roger Walters que está numa turnê pela America do Sul e não foi aceito em hotéis no Uruguai, Argentina e agora no Chile, em função de diversas aparições com vestimentas de Nazistas.
Não sei se Musk é antissemita ou não, mas sem dúvida não é
um admirador dos judeus, pois caso contrário não se teria colocado da forma que
se colocou, embora sejam situações em distintas – não admirar ou ser
antissemita. O que ele deveria ter pensado antes era o que iria ganhar e perder,
e em 30 segundo teria chegado à conclusão de que a perda de anunciantes era
certa e o ganho de novos seria zero. Mas sua arrogância o leva a pensar que ele
está acima de tudo e de todos e tem 100% de liberdade.
Por essas e por
outras seu patrimônio vai decrescendo. Não sei se está alavancado, mas se
estiver corre o risco de um final triste.
No post inflação-causa-raiva fiz os seguintes
comentários sobre o dólar: ... “Vou partir da hipótese que a correção
da onda (B) azul terminou. O motivo não é extremamente
convincente, mas num intervalo de 1 hora se pode notar 5 ondas que ocorreu na
semana passada (destacada com a elipse). Em todo caso, vou aguardar o
rompimento do nível de R$ 4,9538, ou ainda melhor se houver uma retração que
levaria o dólar em algum ponto não inferior a R$ 4,8577” ...
Acabou acontecendo a opção que inviabiliza a opção de término da onda (B) azul, e agora contrariamente a alta a violação do nível de R$ 4,8358 expõe o dólar a novas quedas. Para que os leitores possam se posicionar nessa outra hipótese, o gráfico abaixo aponta para um objetivo entre R$ 4,6940 / R$ 4,6550, violando o primeiro stop loss de R$ 4,6940.
O que isso significaria para minha visão de alta de mais longo prazo? Primeiro, que a onda 2 laranja se deslocaria para esse novo patamar com rearranjos necessários; segundo que entraria numa região perigosa, pois abaixo de R$ 4,5790 eu teria que repensar na minha opção de alta do dólar.
Antes que meu amigo pergunte, não vou me envolver por
enquanto nesse sentido, pois do mesmo jeito que eu tinha uma visão de alta
levada por um gráfico de janela 1 hora, o mesmo é válido agora para queda.
O SP500 fechou a 4.547, com alta de 0,74%; o USDBRL a R$ 4,8548,
com queda de 1,04%; o EURUSD a € 1,0940, com alta de 0,30%; e o ouro a
U$ 1.980, com queda de 0,23%.
Fique ligado!
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