As sete maravilhas do mundo #IBOVESPA

 


As Sete Maravilhas do Mundo Moderno foram definidas por meio de uma enquete conduzida pela empresa New Open World Corporation, a saber: Coliseu, Taj Mahal, Machu Picchu, Chichen Itzá, Muralha da China, Cristo Redentor e Petra. Essa escolha foi feita em 2007, mas perdura desde a minha infância. O leitor não precisa se preocupar, não vou falar de turismo, porém no mercado acionário não se fala de outra coisa que não das Sete Magníficas, as ações que deixaram todas as outras a ver navios: Google, Apple, Amazon, Meta, Nvidia, Tesla e Micorsoft.

 John Authers se pergunta: quanto tempo irão durar?

Não se pode culpar quem esteja cansado de ouvir sobre as Sete Magníficas, as maiores ações que levaram os índices de ações dos EUA a máximas recordes e desafiaram quase todas as teorias econômicas básicas que normalmente estão associadas a um ciclo agressivo de aperto monetário e uma recessão iminente (reconhecidamente, há muito esperada).

Dê uma olhada rápida no Bloomberg Magnificent Seven Price Return Index - um benchmark de ações ponderado em igual dólar composto por Apple Inc., Amazon.com Inc., Alphabet Inc., Meta Platforms Inc., Microsoft Corp., Nvidia Corp. e Tesla Inc. (Esqueça a alta de 17% do S&P 500.)

Rali Imparável das Sete Magníficas | O ganho de 40% no acumulado do ano do Nasdaq 100 empalidece em contraste




O índice NYSE Fang+ - que inclui os high-flyers, incluindo todas as Magníficas, bem como Netflix Inc e Snowflake Inc - está a caminho de seu melhor novembro de todos os tempos, enquanto a divergência entre o Nasdaq 100 e o Russell 2000 de pequena capitalização está em sua maior margem desde a bolha pontocom na virada do século. Não importa como os investidores fatiem o rali da tecnologia, sua resistência é inegável.

 

Hora de brilhar das Big Techs

As ações de tecnologia superam as small caps pela maior margem desde 1990




É por isso que não é surpreendente que os gestores de fundos globais consultados pelo Bank of America Corp. estejam vendo as Big Tech como o investimento mais concorrido atualmente. Cerca de 38% são ações longas, seguidas por ações curtas da China e T-bills longas.

O otimismo é evidente. Os investidores consultados disseram que eles são os que estão mais acima do peso em relação aos bancos desde novembro de 2020, na época em que as vacinas contra a Covid-19 foram lançadas. Não só isso, eles também compraram ações de tecnologia no ritmo mais rápido desde maio de 2023 e agora são seus setores mais acima do peso desde novembro de 2021. Toda a atenção dada à estreiteza do mercado não atrapalhou seu ardor:




A visão otimista não é injustificada. Todos sabemos que as maiores empresas de tecnologia estão em uma forte posição competitiva e ainda crescendo. Isso continua no terceiro trimestre, em que a tecnologia entrou com a maior porcentagem de empresas vencedoras no lucro por ação dentro do índice, segundo dados da RBC Capital Markets. Quanto tempo esse brilho vai durar é uma incógnita.

As expectativas são tão otimistas para este momento que a tecnologia também se destacou por ter algumas das piores reações a insucessos, disseram estrategistas da empresa, incluindo Lori Calvasina. É claro que seus ganhos não foram muito decepcionantes. O problema era que as esperanças de seu crescimento potencial eram altas demais, então qualquer indício de decepção as deixa vulneráveis à ira de Wall Street, como o Points of Return discutiu há três semanas.

As Magníficas ainda são precificadas à perfeição, e negociadas com um enorme prêmio em relação às outras 493 ações no S&P 500. Este gráfico é de Sarah McCarthy, estrategista de ações da Alliance Bernstein, e mostra que a diferença está aumentando rapidamente:




Além disso, é possível questionar o quão grandes são essas sete empresas, apesar de toda a sua visibilidade na vida contemporânea. A Richard Bernstein Associates (uma empresa completamente separada da Alliance Bernstein) mostra que apenas uma entra em uma lista de ações cujo lucro por ação está crescendo mais de 25%:

Isso, no entanto, sugere uma oportunidade em comprar as 493 e vender as Magníficas (ou talvez apenas escolher algumas empresas saudáveis das 493 que estão crescendo e parecem subfaturadas). Se o pouso da economia realmente for suave, e o crescimento dos lucros continuar a se recuperar, então muitas ações não magníficas parecem realmente muito interessantes. Rich Bernstein chega a dizer que lucros e valuation, combinados com as visões "míopes" dos investidores sobre as Sete, poderiam criar uma "oportunidade de investimento geracional" nos mercados acionários globais mais amplos.

Ele traça um paralelo com a deflação da bolha tecnológica, após a qual os investidores sofreram uma "década perdida" em ações. De 2000 a 2009, o S&P 500 produziu retornos ligeiramente negativos e as ações de tecnologia definharam – mas a energia e os mercados emergentes tiveram um boom, enquanto o desempenho superior prolongado do valor permitiu que muitos fundos de hedge de seleção de ações registrassem resultados fortes e atraentes.

De forma mais ampla, a temporada de resultados tem sido geralmente "sólida", com as previsões de LPA de 2023 e 2024 não oscilando muito em termos reais de dólar, disseram estrategistas do RBC, e, na verdade, ainda acompanhando US$ 222 para 2023 e US$ 246 para 2024. Sem surpresa, os setores de crescimento geralmente forneceram algum apoio às previsões do S&P 500 para o segundo semestre do ano. Isso tende a apoiar o entusiasmo de Rich Bernstein pelo 493.

Faltando menos de 30 dias de negociação para o fim do ano, é difícil imaginar o que poderia derrubar as Sete Magníficas após um rali espetacular. Neste momento, a inércia que leva até 1º de janeiro é difícil de superar, já que os gestores de fundos estarão ansiosos para ter essas ações para exibir em sua carteira no final do ano. Mas, nesse ambiente, novidades podem agitar os mercados, como acabamos de testemunhar. No curtíssimo prazo, talvez seja mais seguro esperar que seu brilho continue, pelo menos nos EUA – mas também se prepare para oportunidades muito mais atraentes em outros lugares.

Authers não respondeu a sua pergunta e deixou subentendido que estão absurdamente caras, mas não sugeriu diretamente que não investiria nas Magnificas. E o Mosca, investiria nelas? Vejamos alguns dados. Incialmente é inegável a preferência do público pelas ações de tecnologia — basta ver o fluxo que continua crescendo em um horizonte de 12 meses.




Segundo um relatório publicado recentemente pela Goldman Sachs, as “Sete Magníficas” continuam crescendo á uma taxa muito superior as 493 outras restantes no SP500 e projetam um P/L estável no futuro em quase o dobro das outras: – PL= 21 contra PL= 10.




O critério de estar barato ou caro não é argumento para o Mosca sugerir algum trade ou mesmo posicionamento. Tudo pode ficar mais caro ou mais barato e não sou eu que vou definir o ponto de virada. Lógico que é bom pegar uma pechincha, mas garanto a vocês que só vai servir para contar aos amigos tomando um copo de vinho, no bolso o que interessa são outros critérios. A preferência pelas empresas Tech deve continuar, até quando? Até quando der!

Ontem o presidente do IBGE Marcio Ponchmann — declarações e medidas tomadas em feriados têm se tornado contante desse governo — disse “O IBGE produzia as informações e os dados, fazia uma entrevista coletiva e transferia a responsabilidade para o grande público através dos meios de comunicação tradicional. Isso ficou para trás”. Pior: comentou que vai se basear no modelo Chinês. Não podemos ficar surpresos, pois na indicação já sabíamos que o IBGE passaria as mãos de um economista de segunda categoria com más intenções. Quero lembrar aos leitores que é esse órgão que calcula o IPCA indexador largamente utilizado nos títulos de dívida pública e privada. Então, ficaremos tranquilo num papel de 5 anos?

Essa situação me fez lembrar de outro elevado risco que corremos daqui há 12 meses. É sabido que Roberto Campos, presidente do BCB vai terminar seu mandato e tudo indica que será substituído pelo atual diretor indicado Gabriel Galípolo. Vamos trocar o vinho por sei lá o quê, pois a carreira e formação de seu substituto não permitem otimismo. Duvido que aguentaria a pressão a que esteve sujeito Campos pelo Lula. Vamos perder o último bastião de competência no governo.

No post a-recessao-sumiu fiz so seguintes comentários sobre o IBOVESPA: ... “ O IBOVESPA ultrapassou a marca de 117 mil e está próximo de romper outro nível importante. Porém, mais importante é a configuração de 5 ondas num prazo mais curto. Fiz algumas modificações que parecem mais adequadas ao movimento que ocorreu, o que altera os objetivos não alterando a direção. Sendo assim, passamos a possibilidade de alta cujo objetivo inicial é de 124 mil” ...




Uma melhor adaptação do movimento leva o objetivo inicial para a onda 1 em verde para 129, 7 mil. Depois de completado esse movimento inicial, uma correção deveria levar de volta a bolsa para algo em torno de 117, 0 mil – a ser mais bem calculado. Notem também que ajustei o stop loss para 111,6 mil. Se meu cenário estiver correto, uma oportunidade poderia surgir na onda (IV) em laranja.




O IBOVESPA não tem um histórico que poderíamos chamar de friendly no tempo, tem se mostrado arredio e pregando sustos em quem decide se envolver. Quero lembrar que de 2008 a 2016 andou de lado numa extensa correção, o mesmo acontecendo desde 2020 até agora. Vamos dar mais à frente uma chance na compra. Fique atento ao Mosca.

O SP500 fechou a 4.508, com alta de 0,12%; o USDBRL a R$ 4,8672, com alta de 0,10%; o EURUSD a 1,0845, sem alteração; e o ouro a U$ 1.981, com alta de 1,14%.

Fique ligado!

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