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BCB behind the curve

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Ontem foi realizada a reunião do COPOM, e como já era esperado pelo mercado não houve alteração na taxa SELIC, mas houveram mudanças importantes no comunicado. A ideia de dar uma de FED, fixando os juros por um longo período foi abandonada, ao contrário deixou a porta aberta para eventuais elevações dos juros no futuro, sem dar nenhuma pista do quando. O nosso BC recuou! Mas quem não erra? É normal avaliar as ações tomadas e mudar caso necessário. Mas eu ainda não estou tão convencido assim, pois será que nossa autoridade recuperou sua autonomia se desvencilhando das pressões políticas? A razão de meu ceticismo é função dos motivos que motivaram a queda abrupta de juros nos últimos tempos, se vocês se lembram a nossa Presidenta preanunciou a queda, justificando-a por conta de uma economia que crescia pouco, e pegou uma carona no ambiente externo ruim daquele momento. Mas a elevação da inflação deve-se a uma situação de pleno emprego que vivemos, adicionada da melhora do consumo

Você confia no Bernanke?

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Sem dúvida que se pode confiar no Bernanke, ele transmite muita confiança, mas até aí dizer que os juros não vão subir até o final de 2015 é outra coisa, não depende só dele. Eu comentei no post  dissidência-no-fed  as divergências que afloraram na última reunião do FED, e daqui em diante uma certa disputa de egos é esperada, afinal economistas tem este perfil. Os dados publicados recentemente tem sido positivos, e parece que as áreas de construção de casas e investimentos em equipamentos tem melhorado, se vai se sustentar é outro caso. Por um instante vamos assumir que a economia consiga crescer algo em torno de 2% a 3%, o que isto pode mudar nos mercados? Muita coisa, o FED teria que iniciar um movimento de retirada dos estímulos, pois se nada for feito é só uma questão de tempo para a inflação ganhar força, e isto ninguém quer. Um analista do Banco Société Générale publicou um relatório cujo título é:  "O retorno do rendimento: Preparando para alta das taxas de long

SP500: Por enquanto só ameaças

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Ao ver o índice Dow Jones atingir sua máxima histórica hoje, uma série de relatórios mostrando preocupação são emitidos. Isto é normal acontecer, pois depois de decorridos aproximadamente seis anos muito difíceis, um certo receio vem a tona. Como em qualquer situação na vida, o desconhecido é sempre incerto e esta situação não foge à regra. Mas isto deve ser  motivo de preocupação? Não! Ele só tem um fator psicológico, e se os fundamentos e gráficos são sólidos, é só uma questão de tempo para passar ao esquecimento e novos pontos de máximo serão atingidos no futuro. Vamos avaliar alguns fundamentos, o mercado está preocupado com o excesso de estímulo dado pelos Governos à suas economias, no caso da americana, houveram uma serie de benefícios, além da liquidez, que impactaram em seus resultados. Porém uma avaliação da tendência destes lucros ao invés do nível, não se mostram tão sólidos. O gráfico a seguir mostra as vendas juntamente com os lucros operacionais. Nos dois últimos

China: Continua um quebra cabeças

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Todas as manhãs minha rotina passa por uma varredura nas bolsas da Ásia e Europa, e hoje levei um susto ao me deparar com uma queda da bolsa Chinesa de 4,61%. O motivo associado, foi que o Governo, ordenou mais medidas, para desaquecer o mercado Imobiliário. O gabinete Chinês disse que nas cidades com “ preços excessivos”, os lucros apurados nas vendas deste imóveis deverão pagar um imposto de 20%. Como as taxas de juros são baixas, uma parte destes recursos estão fluindo para construção de residências, mas mesmo aí existem disparidades enormes, pois dado a ação do Governo citada acima seria de se esperar que os preços dos imóveis estivessem subindo fortemente em todo país, porém não é o que acontece, pois neste final de semana um documentário exibido pelo programa 60 minutes,  sobre as cidades fantasmas. O executivo de uma construtora comentou que os incorporadores estão muito endividados e abandonaram os projetos no meio, por falta de crédito. Ele alertou que se a bolha estou

O euro não "veste" no Club Med

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Não faz nem 24 horas que eu disse, que não adianta analisar os dados da Europa, e o que  importa é acompanhar os gráficos. Do ponto de vista de lucros é a mais pura verdade, mas não com uma visão analítica.  Nos últimos meses uma "calmaria" se implantou na região, os bancos Espanhóis, Italianos e Franceses ficaram saudáveis do dia para noite, como num passe de mágica, as manifestações de ruas cessaram, sem a criação de milhares de empregos e os saques das praças mais fracas em direção a Alemanha estacaram. Tudo tranquilo.... Hoje foram publicados os dados mensais da pesquisa feita com os Gerentes de Indústrias, e basta bater os olhos para entender porque a União Europeia não pode dar certo. Os  resultados abaixo da Itália não demonstram o menor esboço de reação, estão praticamente estável desde 2.011. Este a seguir é ainda melhor, pois compara a França comanda por um Presidente que não disse a que veio e provavelmente não vai conseguir fazer nada a não s

Direto ao assunto

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Eu poderia continuar escrevendo muitos parágrafos descrevendo a situação na Europa, e já fiz isto em inúmeros posts. Neste caso, para se apurar a eficácia de uma opinião, nada mais justo que acompanhar a evolução do euro, lá deveria estar refletido a somatória das opiniões do mercado. Entretanto, como vocês visualizarão a seguir, absolutamente nada poderia ser concluído, muito barulho para pouquíssimo resultado! Eu venho enfatizando que a moeda única está num processo de correção complexa e neste ponto acho que acertei na mosca! Faz mais de 18 meses que ela ameaça ir para baixo e se arrepende, depois ameaça ir para cima e o mesmo acontece. Observando este caso, fico satisfeito de usar analise técnica, pois por este ponto de vista, o que vem acontecendo era esperado. Então, ao invés de julgar qual será a repercussão da eleição Italiana, o efeito da declaração de políticos Alemães dizendo que dois palhaços foram eleitos, o desemprego dos jovens, a indignação dos Gregos e assi

SP500: Acompanhamento no radar

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Nos últimos anos assistimos o crescimento da economia Chinesa, em detrimento do decréscimo de outros países, tudo que tinha mão de obra intensiva, e podia ser fabricado e entregue nos mercados consumidores, foi sendo canalizado para aquele país. Passadas três décadas, o tamanho da economia Chinesa é tão grande que as exportações de inúmeros países dependem deles. O gráfico abaixo mostra 35 países cujas exportações são dirigidas à China. Alguns pontos me chamam a atenção, primeiro os mais dependentes são os países Africanos, que provavelmente devem exportar algum tipo de commodities; em seguida aparece a Austrália e Coreia do Sul, com níveis acima de 30%; e por último vários países conhecidos por serem produtores de matérias-primas, onde nós nos incluímos. Agora vocês já sabem se a China balançar quem vai ser mais afetado. Hoje vou comentar um pouco sobre as bolsas, e em especial o SP500, esta semana, por conta da insegurança gerada pela eleição Italiana, as ações sofr